quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Você sabia: já era Natal antes do Natal existir

por Eli Halfoun
Pode parecer estranho, mas o Natal existe antes mesmo desse Natal cristão que se comemora anualmente. Quem conta é o especialista em vinhos e história Reinaldo Paes Barreto: “a festa remonta ao tempo do paganismo, quando se celebrava o ressurgimento do Sol no último dia da Saaturnália (14 a24 de dezembro). Era a festa mais antiga do Império Romano e, durante os três primeiros séculos da nossa era, os cristãos não celebraram o Natal, data que só começou a ser comemorada por nós após o início da construção política da Igreja Romana no século 4º quando o Imperador Constantino, convertido ao cristianismo, ordenou que o Natal fosse observado para sempre como uma festa cristã no mesmo dia da secular festividade ao renascimento do Sol, o Astro-Rei. Fazia frio naquela época (dezembro) no hemisfério norte e as fogueiras permaneciam acesas. Hoje as fogueiras são representadas pelas velas e pelas luzes que decoram as casas, os prédios, os pinheiros e as ruas”.
A bebida das festas era o vinho que, aliás, esteve presente nos principais rituais religiosos freqüentando todas as celebrações. O vinho está na Bíblia citado 450 vezes e há nele até uma metáfora: Jesus é representado pelo cacho de uvas e o esmagamento é um sacrifício voluntário e o sumo é seu sangue. Desse modo – conta a história - Jesus teria elevado a nossa natureza fraca como água até ele, tornando-nos participantes da natureza divina. Tudo muito bonito, mas quem será que inventou esse negócio (é literalmente um negócio) de gastar dinheiro que às vezes nem temos para dar presentes que na maioria das vezes não agradam e são esquecidos em um canto qualquer do armário.

Olé, terrinha!

por Gonça
A Espanha , que andou andou humilhando e impondo maus tratos a turistas brasileiros em repetidos casos,  anda com graves problemas econômicos, a situação do país degringolou, tudo bem, mas mesmo assim precisa fiscalizar melhor a saúde financeira das suas companhias aéreas. Amigos relatam por celular que a situação agora no aeroporto de Barajas, em Madri, é de completo caos. Cerca de 1.700 brasileiros que pretendiam viajar para o Brasil para passar o Natal e o Ano Novo estão retidos. A empresa espanhola Air Comet faliu de uma hora para outra. Além dos brasileiros, há 7.000 passageiros sem voos. O que é isso? Apenas incompetência das autoridades espanholas de aviação do país e desleixo com as normas internacionais.

Olha a cabeleira do Zezé. Será que é uma cadeira?

por Eli Halfoun
Homens e mulheres costumam admirar as vastas e bem cuidadas cabeleiras, mas será que se sentirão confortáveis em cadeiras, bancos e pufes feitos de cabelo? Por enquanto apenas de pelos de cavalo ou de ráfia (um gênero de palmeira cujas fibras produzem fios), mas não demora muito as cabeleiras humanas (não corro mais esse perigo) também poderão ser utilizadas pela designer austríaca Dejana Kabiljo, criadora da nova linha de móveis Pretty Pretty. A dela é “desenhar e produzir objetos para todos nós com pequenos fetiches, maus hábitos e ações compulsivas”. Dejana e sua equipe garantem que a intenção da nova linha de móveis é “inovar o comportamento humano”. Pode ser que mais tarde tenhamos que usar shampoo anti-caspa nas cadeiras, nos bancos e nos pufes e de vez em quando levá-los aos salões de beleza.

Está faltando fazer a fumaça da educação

por Eli Halfoun
Tem fumaça pra todo lado. Essa história de proibir o fumo em bares, restaurantes e outros ambientes fechados, está deixando as pessoas tão confusas que acabam tendo de acender um cigarrinho para relaxar. É um jogo de empurra (tira cinzeiro, bota cinzeiro) irritante: um dia pode, no outro não pode mais. Primeiro um decreto da Prefeitura proibiu, depois uma liminar permitiu, em seguida outra liminar liberou o cigarrinho amigo de uns e inimigo de outros. Agora a liminar caiu outra vez e, até segunda ordem, é proibido fumar. Sei não, mas esse apaga, acende, acende, apaga ainda vai longe. Isso só está acontecendo porque o que se pretende é uma imposição e sabemos todos desde criancinhas que tudo que é imposto não funciona porque incentiva a que se tente ser mais espertinho e burlar a imposição e escapar do autoritarismo desse tipo de lei. Estão fazendo tudo errado desde o começo: em lugar de uma lei autoritária com os fumantes e prejudicial para aos donos de bares e restaurantes, seria mais eficiente adotar um programa de educação com distribuição de cartilhas que mostrem não só os males que o cigarro traz para a saúde, mas também com regras de comportamento civilizado e respeitoso. Quem quiser fumar que fume mesmo consciente do grande risco que corre. O que não se pode é obrigar o não fumante a aturar a fumaça alheia. Portanto, a melhor saída é ensinar ao fumante que ele pode fumar sim desde que não prejudique quem está aí ao e de seu lado, o que significa aprender que não custa nada dar adotar um gesto simples: sair do bar, restaurante ou outro recinto fechado para dar sua tragadinha na rua e deixar que a fumaça de seu cigarro se misture ao “fumace” dos ônibus e outros mais que poluem a cidade a cada da mais. Fumar pode o que não pode é deixar de respeitar o próximo, o não fumante. Para isso não há necessidade de lei, mas sim de educação. E só.

Tucanos e Demos não querem a Copa no Brasil?

por Gonça
Já se sabe que, no Brasil, a baixa política impera. Mas na atual votação do orçamento para 2010, por motivos puramente eleitorais, a oposição (leia-se tucanos e demos) partiu para o raciocínio menor e pressionou para que fossem transferidos 800 milhões de reais de verbas destinadas aos preparativos para a Copa do Mundo de 2014 para as famosas e confortáveis emendas parlamentares, aquele dinheirinho que os deputados destinam às suas bases. Alô Fifa! Melhor pensar em um Plano B para a Copa. Futebol é mais honesto e importante. Com políticos desse nível, não sei não...

Diretor de arte ensandecido detona anatomia de modelo


por Gonça
A atriz Olga Kurylenko, que já foi bond girl, parece estar com sérios problemas nas pernas. Ao contrário do que costuma ser na anatomia dos mortais comuns, a pernoca direita da jovem nasce nas ancas, à altura dos rins ou puco abaixo das costelas. A pose foi para o calendário 2010 da Campari. Kurylenko é mais uma modelo desconjuntada vítima dos diretores de Arte e fotógrafos enlouquecidos pelos poderes do photo shop. No site Photo Shop Disasters você pode conferir esta e outras aberrações. Clique Aqui

Quer ver o trailer do filme Sex and the City 2?


O longa, protagonizado por Sarah Jessica Parker deve estrear aqui apenas em meados de 2010. As amigas se reencontram três anos após o primeiro filme. No elenco, Parker, Cynthia Nixon, Kristin Davis e Kim Cattrall. Direção de Michael Patrick King. Clique no link e assista ao trailer: Sex and the City 2

Cerveja também é cultura

por Eli Halfoun
Está redondamente enganado quem pensa que entender de cerveja é coisa de homem. É uma mulher, a biersommelier Káthia Zannata, quem experimenta e aprova todas as cervejas fabricadas pela Schincariol, inclusive as artesanais que pertenciam à Baden Baden e à Eisenbahn, pesquenas produtoras de Campos de Jordão adquiridas no ano passado pela Schin. A biersommelier ensina que a profusão de rótulos artesanais está fazendo com que, assim como aconteceu com os vinhos, se aprenda a harmonizar as cervejas com as comidas. Se quiser entrar para esse time de “conhecedores” anote aí essa dicas:
1) pratos de sabor leve devem combinar com cervejas também leves;
2) procure unir doce ao doce e ácido ao ácido;
3) de vez enquanto esqueça as regras e faça novas experiências testando o contraste de sabores;
4) escolha a cerveja de acordo com o prato, exatamente como acontece com os vinhos, ou seja, as escuras (Ale) são como o tinto e as claras (Lager) com o vinho branco;
5) se for organizar um “Beer Dinner” sirva primeiro as cervejas e os pratos mais leves;
6) saiba que o CO2 presente na cerveja age para limpar os sabores fortes e gordurosos deixando a boca pronta para outra garfada;
7) se pedir um prato apimentado evite cerveja muito alcoólica: o álcool intensifica a força da pimenta;
8) não consuma sabores iguais porque reduzem a percepção. Exemplo: cerveja defumada combinando com prato defumado diminui a percepção da defumação em ambos;
9) como acontece com os vinhos também existem cervejas para combinar com a sobremesa como, por exemplo, a Imperial stouts com chocolate meio amargo e a Kriek belga com sorvete de baunilha ou cheesecake;
10) cervejas com bastante açúcar residual combinam com pratos de molhos adocicados e molhos agridoces.
Se quiser ficar um craque em cerveja existem muitos livros para serem, digamos, “degustados”, entre os quais "O Livro da Cerveja” (Editora Nova Fronteira), “Larousse da Cerveja” (Editora Larousse), “Catecismo da Cerveja” (Editora Senac), e a “Revista Beerlife” (Editora Regenzza). É sempre mais saboroso e menos perigoso saber o que (e como) se está consumindo. Saiba ainda que as cervejas artesanais são mais cremosas porque consomem 45 dias para ser produzidas enquanto as chamadas comuns saem do “forno” em apenas seis ou sete dias. Como se vê, cerveja também é cultura.

Memórias da redação: Aconteceu na... Fatos & Fotos


Do livro Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou (Editora Desiderata)
Geladeira geme?
Há histórias que só os corredores da Bloch contam. Principalmente, depois das 6 horas da tarde, quando a maioria das Redações encerrava os trabalhos. Uns gatos e gatas pingados permaneciam fechando matérias, revisando páginas, e era na noite que morava o perigo. Sabe-se que jornalistas, classe explorada como burro de carga, passam mais tempo nas Redações convivendo com colegas do que em casa. Esse é um fato. O outro é que ninguém é de ferro. Daí, casos rolavam. Em um desses fim de noite, no sétimo andar, onde funcionava a Redação da Fatos & Fotos, um faxineiro que limpava o banheiro ouviu um ruido estranho vindo de uma pequena cozinha com geladeira instalada em cada andar. Primeiro, achou que era uma alma penada; depois, concluiu que o ruido era mais coisa de vivo, e muito vivo. Na dúvida, o homem se mandou para a Redação e, de olho arregalado, soltou uma pergunta que fez parar as máquinas de escrever. "Geladeira geme?" Silêncio geral, que o faxineiro interpretou como um não e tratou ele mesmo de responder: "Então tem gente fudendo na cozinha..."

Um negócio americano para Huck no Brasil

por Eli Halfoun
No meio artístico, Luciano Huck é conhecido também como a “galinha dos ovos de ouro”. É que ele tem faro para os negócios e acerta a mão e o narigão em tudo o que faz. Sua próxima aposta será tentar reinventar no Brasil o Planet Hollywood, bar temático que fez muito sucesso nos Estados Unidos e que tinha entre seus proprietários os atores Arnold Schwarzenegger, Sylvester Stallone e Bruce Willis. A idéia de Huck é ter por aqui sócios mais jovens como, por exemplo, os atores Rodrigo Santoro, Reynaldo Gianecchini e o modelo Jesus Madonna Pinto da Luz. No caso do Jesus modelo não se pode negar que Madonna tem sido uma mãe

Olha só, debarros, um flash back nas imediações do Russell...

por Gonça
Debarros comenta logo abaixo sobre a Rua do Catete. Pois aí vai um revival. O bar do Novo Mundo, Palácio do Catete, Rua Silveira Martins, o restaurante Amazônia, o botequim do Leo... eram uma espécie de extensão do Russell. De passagem, no intervalo do almoço ou no fim do dia, a turma da Bloch circulava por essa área. Os jardins do Catete há muito perderam o pesado muro-fortaleza, com guaritas, que isolava os presidentes e ganharam a leveza das grades que abrem o visual; o bar do Novo Mundo continua lá, com nova decoração, mas o portal do hotel perdeu um dos dois leões de bronze que guardavam a portaria; o restaurante Amazônia não mais existe. Virou um depósito. Até a escada que dava acesso ao primeiro andar, onde almoçamos, muitas vezes, durante três décadas, sumiu. (Fotos Gonça). Confira o revival logo abaixo, em fotos feitas ontem.

Os jardins do Palácio do Catete, trecho da Praia do Flamengo...

   ...estão bem cuidados, como se vê a partir da Rua Silveira Martins.

No começo da Silveira, o Novo Mundo, de antigos encontros e velhas histórias.

Na Rua do Catete...


...o local onde funcionava o restaurante Amazônia. Na fileira de janelas do primeiro andar, hoje um depósito, ficava o salão que recebeu dezenas de funcionários da Bloch, durante décadas.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

A história se repete: Thaíssa é a boa da vez


por Eli Halfoun
Lembra quando Juliana Paes estreou na televisão interpretando a empregada Ritinha da novela “Laços de Família”, de Manoel Carlos? Pois anote aí: a história está se repetindo e a boa da vez é a bonita atriz Thaissa Carvalho, a empregada Cida da novela “Viver a Vida”, também de Manoel Carlos. Como acontecia em “Laços de Família” agora em “Viver a Vida” a empregada Cida também é paquerada pelo patrão. Na Globo já há quem garanta que Thaissa Carvalho tem um caminho de sucesso garantido, exatamente como aconteceu com a talentosa e gente boa, além de “boazuda”, Juliana Paes. Não é nem preciso ter bola de cristal para saber que não demora muito Thaissa Carvalho estará mostrando mais do que talento nas páginas da revista Playboy. “Saúde” não lhe falta. (Foto: TV Globo/Divulgação)

Ruy Castro volta ao passado


por Eli Halfoun
O jornalista e escritor Ruy Castro decidiu resgatar em livro o seu passado: está reunindo os melhores textos que escreveu para a revista Senhor no final da década 50 e início de 60 para lançar mais uma obra. O problema maior tem sido justamente selecionar o que é o melhor, já que tudo é bom. Como era tudo na Senhor que reuniu em sua redação uma invejável equipe da qual, além de Ruy Castro, faziam parte, entre outros, Nahum Sirosksty (o diretor), Paulo Francis, Carlos Scliar (era o diretor de arte), Luís Lobo, Jaguar, Reinaldo Jardim e Glauco Rodrigues. Tempo tem que o jornalismo era mais romântico.

Um vestido campeão de vendas

por Eli Halfoun
Quem diria: os 15 minutos de fama da estudante Geysy Arruda (lembra dela?) chegaram ao fim, mas mesmo assim ela ditou moda nos presentes de Natal, especialmente os adquiridos em feiras populares. Exemplo: na famosa Feira da Madrugada que funciona no Brás, em São Paulo, e que atrai compradores de todo o país, a peça mais vendida do guarda-roupa feminino foi justamente o “vestido da Geysy” (era assim que as consumidoras o identificavam). O produto foi muito vendido não exatamente porque seja bonito, sensual ou famoso, mas sim porque é baratinho: cada peça (mais de 20 cores fabricadas com 80% de poliéster e 20% de algodão) custava R$15 no varejo e R$ 8 no atacado. Não seria atacada?

Cariocando...





O metrô nos levou hoje ao Catete. A convite da jornalista Regina d'Almeida, fomos parar em um novo restaurante, o Cariocando, na rua Silveira Martins. Uma ótima pedida. Além do clima que os painéis de fotos reforçam, o sabor carioca é o forte da casa. O detalhe é que o menu foi montado após um criterioso levantamento da gastronomia tradicional da cidade. Estão lá Picadinho, Isca de Fígado a Lisboeta, Filé a Cavalo e outros pratos que o Rio inspira. Tudo isso e o som ambiente, só bossa nova, fizeram valer esta tarde de quase Natal. A propósito, Bom Natal para todos. (Fotos: Jussara Razzé) 

Panis Cum Ovum, o blog que virou manchete, ultrapassa 10.000 acessos...


...desde o dia 06 de novembro de 2009. Vamos em frente!

Metrô de Ipanema: primeiro dia


Painel na entrada na estação Ipanema-General Osório homenageia o Carnaval. A pergunta que não quer calar: o que faz essa camisa do Botafogo aí?

Uma merecida homenagem à Banda de Ipanema...


...e ao nosso bloco, o Simpatia é Quase Amor.



A plataforma de embarque da nova estação e...


...o trem das onze, mais ou menos o horário em que embarquei rumo ao Catete.(Fotos: Gonça)

Beyoncé planta seu cheirinho no Brasil

por Eli Halfoun

A vinda em fevereiro de Beyoncé - a cantora de maior faturamento no mundo no momento - ao Brasil será mais lucrativa do que se pensa. Além do cachê de suas apresentações (fala-se em U$ 5 milhões por show), ela deixará plantada no Brasil a semente de lucros futuros: aproveita a viagem para divulgar por aqui seu novo e próprio perfume, o Heat, que terá lançamento oficial em janeiro nos Estados Unidos. O perfume vem em uma garrafa vermelha e dourada e nos Estados Unidos custará U$ 50 dólares. Por conta do lançamento do perfume, Beyoncé poderá ser vista também estrelando uma campanha publicitária na qual aparece com minivestido de cetim, cheia de fendas e decotes. Como se vê o perfume vai fazer apenas figuração. (Na reprodução, Beyoncé em campanha de sua marca de jeans Dereon)

Saiba aqui onde Beyoncé vai cantar no Brasil

por Eli Halfoun
Beyoncé não está fazendo “média” quando fala com entusiasmo das apresentações que fará no Brasil no início de 2010. A cantora texana está confirmando em seu site as datas dos shows, mas ainda não revela o preço de ingressos. A turnê começa em Florianópolis no dia 4 de fevereiro. No dia 6 será a vez de São Paulo onde se apresentará no Estádio do Pacaembu. Os cariocas curtirão Beyoncé no dia 7 e o site garante que o show será no Maracanã. Somente no dia 10 a cantora estará na Bahia e se apresenta no Parque de Exposições em Salvador. A confirmação da data baiana elimina como vinha sendo anunciado, uma dupla com Ivete Sangalo que nessa mesma noite também tem show confirmado. A turnê brasileira de Beyoncé é para divulgar o álbum “I am Sacha Flerce” lançado em 2008 e do qual fazem parte os sucessos “Single ladies”, "Halo,” “If were a boy” e ”Ego”. Depois do carnaval de Beyoncé só resta esperar o nosso.

Memórias da redação: Aconteceu... na Amiga



por Eli Halfoun
(Encarte de “Renascer” virou revistas)
Na história das novelas brasileiras (o Brasil faz sem dúvida as melhores novelas do mundo) “Renascer”, de Benedito Rui Barbosa, o melhor e mais brasileiro de nossos autores, merece um capítulo especial. Não só por conta do sucesso, mas também porque foi a maneira que a Globo encontrou para compensar sua falta de sensibilidade ao recusar a sinopse de Pantanal ( êxito maior da breve e atribulada história da Rede Manchete). “Renascer” foi exibida de 8 de março a 13 de novembro de 1993 e na época não se falava em outra coisa em termos de televisão. Às vésperas da exibição do tão esperado último capítulo, tínhamos reunido na redação um farto material sobre a novela. Surgiu então a idéia de fazer um encarte especial, mas em primeiro lugar era preciso convencer a direção da empresa a também entusiasmar-se com o projeto. Sabia que seria difícil, mas mesmo assim resolvi tentar. Primeiro falei com o Jaquito, o superintendente, que foi, como sempre, prático: “O problema será você convencer o Adolpho.Vai lá e fala com ele que eu te dou uma força”. Lá fui eu sem muita esperança (sabia que ele viria com aquela velha história de “gastar o meu papel”, mas eu acreditava tanto na idéia aprovada por toda a redação que tinha de arriscar). Adolpho não resistiu tanto quarto eu esperava (nesse dia devia estar de bom humor) e apenas respondeu sorrindo com aquele gostoso sorriso de avô: “Você é quem sabe.Vai vender mesmo? Jurei de pés juntos que era venda garantida lá fui eu tratar de editar o encarte). A turma da redação estava entusiasmada e bastou distribuir a pauta para que todo mundo entrasse em ação).

De saída, fizemos uma minuciosa busca no completo arquivo fotográfico da Bloch e selecionar o material em ordem cronológica não foi tarefa das mais fáceis. O resto foi o de sempre: novas entrevistas com o elenco, resumo do que aconteceu nos bastidores durante os nove meses da novela) e por aí vai, que nessas horas não tem muito que inventar e além do mais o que interessava mesmo eram as belas fotos). Trabalhamos a noite inteira ( a redação da Amiga era guerreira).
O encarte teria 24 páginas em formato tipo álbum. Era para ler e guardar. Somente na manhã seguinte iniciei, cercado de material por todo lado (estava me sentindo uma ilha), a editar a revista. Ao meio dia o trabalho estava pronto para ser encaminhado à gráfica, onde se iniciaria uma outra etapa. O encarte tinha que estar pronto para ganhar o entusiasmo do público. Não dava tempo de fazer nenhuma promoção e a revista (com o encarte, é claro) foi para as bancas contando apenas com a empolgação do público. A reação dos leitores foi das melhores e Amiga vendeu quase toda a tiragem, além de ter feito escola: nasceram aí, depois do nosso encarte as revistas, algumas circulam até hoje, especializadas somente em novelas. A Bloch até sugeriu quem também fizéssemos uma revista nova, mas não concordei argumentando que as novelas eram uma espécie de carro-chefe da própria Amiga e se as abandonássemos perderíamos leitores para a outra revista, mesmo que fosse da mesma editora. O encarte de “Renascer” era apenas um algo a mais, um brinde especial da Amiga pelo qual o público não pagaria um centavo a mais. E de graça, como se diz popularmente, até injeção na veia. “Renascer” entrou para a história das novelas e o encarte especial que fizemos com entusiasmo para a história da Amiga.

"Tenho cura, doutor? - "Não sei, meu filho. O hopital tá terceirizado, só falando com o gerente"

por Gonça
O governo do Estado do Rio pretendia entregar a saúde pública a fundações privadas. Conseguiu até aprovar uma lei nesse sentido. Como está em curso uma ação de inconstitucionalidadee do STF, a autoridade partiu para o "jeitinho" e resolveu contratar uma empresa para gerir as emergências dos hospitais. É um "remendo" para tentar resolver o problema criado com outra medida falida de governos anteriores: as "cooperativas de médicos" que prestam serviços para a Secretaria de Saúde. A Constituição diz que saúde é direito do cidadão e dever do Estado. O Estado parece, assim, estar tirando o time de campo.
O presidente do Sindicato dos Médico, Jorge Darzi, faz uma denúncia: no Rocha Faria, dirigido por uma empresa privada, os médicos estão sendo obrigados a abrir empresa para trabalhar. "Pessoa jurídica" é, nesses casos, o conhecido drible nos impostos e encargos trabalhistas. E, para Jorge Darzi, segundo O Globo de hoje, é a "quarterização" da saúde. É um tal de passar a bola em atendimento que vai ficar difícil saber que é o responsável por um eventual erro médico ou hospitalar.
Curiosamente, o mesmo Globo de hoje, na coluna do Ancelmo Gois, estampa a seguinte nota: "Wagner Victer, presidente da Cedae, a estatal fluminense da água, oficiou ontem à prefeitura do Rio para transferir todos os pacientes do Hospital Ronaldo Gazola, em Acari. É que vai cortar a água. Ali, o serviço foi privatizado e a empresa responsável, diz Victer, não paga a Cedae há meses".
Um último dado: a onda de terceirização acelerada no fim do anos 90 apenas fez aumentar os custos para o Estado. E, em muitos casos, "terceirizou" também a corrupção, como nos casos recentes do Senado, dos panetones brasilienses etc.
Não demora muito, vai-se embora a saúde pública e será comum o diálogo de corredor entre um atropelado e um médico:
"Tenho cura, doutor? - "Sim, meu filho, mas só pagando em dez vezes no cartão"   

O mau humor inglês está no jornal


por Eli Halfoun
Se não dá para ser criativo, o melhor é inverter a situação. Foi o que fez o jornal britânico The Guardian, que circula desde 1959. Enquanto todas as publicações, em todo o mundo, preferem as listas de melhores do ano e da década, o Guardian enumera as personalidades que “arruinaram a década”. Tem muita gente na lista. Só para citar alguns anote aí e veja se concorda: a cantora Jéssica Simpson é acusada de “ter transformado a estupidez em sensualidade”, mesmo caminho, ainda segundo o jornal, seguido por Ashlee Simpson, irmã de Jéssica, Britney Spears, Paris Hilton e Nicole Richie. O líder ambientalista Al Gore não escapou e foi considerado o “rei da inconveniência por suas campanhas ambientalistas apelativas e repetitivas”. Livros e filmes de sucesso entraram na lista: Dan Brown, autor de “O Código da Vinci” foi indicado justamente pelo sucesso do livro e por ter permitido que virasse filme. O livro é acusado de ter “uma história sem sentido”. Harry Potter, outro campeão da literatura e do cinema “também arruinou a década com sua interminável saga de histórias sem importância”. O meio virtual está entre os arruinadores: Steve Jobs “idealista das infinitas aparições de propagandas em pop-up na página do i-Tunes, como também aconteceu com o Facebook e Google Brind. Para o jornal a “a publicidade piscando na tela só tem o poder de irritar profundamente os internautas ao invés de incentivá-los a conhecer os produtos e serviços apresentados”. Nem Ron Hubbard,o criador da cientologia, ficou de fora: “é culpado pela lavagem cerebral das celebridades que se renderam a sua seita”. O jornal diz que “após se tornarem devotos Katie Holmes, Juliette Lewis, Beck e Tom Cruise nunca mais foram os mesmos”. Já os atores Jessé Eisenberg, Joseph Gordon-Levit e Michael Cera são acusados de “iludir os adolescentes do sexo masculino por interpretarem papeis de nerds que fazem qualquer garota de apaixonar por eles”. Nem o popular Disney Channel ficou. Entrou no rol de “por ter transformado Miley Cirus em estrela teen mundo afora”. O The Guardian estava mesmo revoltado e não livrou a cara nem de seus leitores : “uma vez que você escuta, assiste, consome e indica constantemente boa parte dos exemplos que apresentamos também ajudou a arruinar a década”.Coisa que provavelmente o jornal também deve ter feito. O The Guardian merece sem dúvida Merece a indicação de mau humor da década. (Na reprodução, Jessica Simpson em cena do filme The Dukes of Hazzard)

Na cama com o meio ambiente

por Eli Halfoun
Se no Brasil a prostituição não é crime - crime é explorar a prostituição - embora isso role solto por aí, em Copenhague, Dinamarca, é uma profissão legalizada. Mesmo assim a prefeitura local fez questão de distribuir entre os participantes da Conferência sobre as mudanças climáticas, um folheto alertando para não aderir ao sexo pago. Os folhetos foram distribuídos em hotéis, bares e restaurtantes e um deles dizia: “Pratique a sustentabilidade. Não pague pelo sexo”. As profissionais do sexo reagiram e via internet passaram a oferecer sexo grátis (sabe como é, uma conversinha pra cá, um agrado pra lá e sempre rola um presentinho) aos participantes da conferência que eram obrigados a apresentar o crachá para usufruir da “mordomia”. Há quem garanta que nunca se mostrou tanto crachá como aconteceu em Copenhague.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Metrô na Praça General Osório: manifestações e comemoração

por Gonça
A inauguração da Estação Ipanema-General Osório acabou em política. Protestos - havia uma senhora que pedia aos gritos ar condicionado para a estação do metrô na Pavuna, segundo ela, os políticos estavam inaugurando ali apenas "uma estação para gringos"; uma turma de aeroviários prejudicados pelo fundo privado Aerus trazia faixas em que pedia a Lula para ajudá-los a receber as aposentadorias a quem têm direito; trabalhadores do metrô panfletavam por melhores condições de trabalho e pediam que a empresa que opera os trens respeite a segurança e o conforto dos usuários - críticas aos políticos em geral, e alguns "populares", como falavam os jornais de antigamente, com camisetas da última campanha do Lula. Isso tudo na superfície, já que a inauguração propriamente dita foi no interior da estação. A multidão parecia apartidária mas ensaiou vaias e estava pronta para gritar nos ouvidos dos políticos em geral, Lula, Sergio Cabral, Eduardo Paes mas estes não foram vistos, apenas a comitiva e batedores. As vaias sobraram então para qualquer um que usasse paletó naquele calorão. A figura estava de terno e gravata? Naquele sufoco, só podia ser "autoridade", tome vaia. Lá dentro, a festa pode até ter sido eleitoral, mas em cima, sob uma temperatura de 35 graus, celsius, foi bem democrática. Veja algumas fotos (do Gonça).


   Na praça General Osório, o portal de um dos acessos à estação.

Um grupo de manifestantes pede liberdade para o italiano Cesare Batisti e é reprimido...

pela polícia que alegou que a turma pró-Batisti estava fechando a Visconde de Pirajá e atrapalhando o trânsito.


Os funcionários da operadora do Metrô denunciam demissões e falta de conforto e segurança para os usuários...


...já o cidadão de verde e com máscara de caveira intitulava-se "São Verdão" e convocava "todas as torcidas do Brasil". "Sem as florestas" - perguntava o panfleto que ele distribuia - "haverá futuras Copas do Mundo ou Olimpíadas?"

Metrô pode oferecer mais aos usuários

por Eli Halfoun
A inauguração da estação Ipanema-General Osório, do Metro-Rio, confirma que nosso sistema metroviário é um dos mais perfeitos do mundo. É verdade que, às vezes, apresenta alguns problemas, mas mesmo assim ainda é a melhor opção de locomoção dessa cidade engarrafada e extremamente mal educada no trânsito. As estações do Metro são amplas e limpas. Ninguém cospe no chão, todos utilizam as caixas coletoras de lixo pra se desfazer de papéis, copos e latas vazias, o que prova que o povo sabe ser civilizado e educado quando lhe mostram essa necessidade fundamental de convivência. Embora amplas, as estações do Metro ainda utilizam seus corredores apenas como locais de passagem quando poderiam e deveriam ser utilizados como corredores culturais com exposições, shows e todo tipo de atividade que ofereça ao cidadão mais do que somente o prazer de circular por um local confortável e limpo. Fica a impressão de que o Metro não aproveita seus espaços para eventos porque teme que se transformem em mais um curral de vândalos. Não se entende também porque as estações do Metro não oferecem banheiros aos passageiros. (Em tempo:
todas as estações do metrô deverão ter pelo menos um banheiro masculino e outro feminino, de acordo com decisão da Agência Reguladora de Transportes (Agetransp), publicada recetemente no Diário Oficial. A nova norma é, na verdade, baseada na Lei 4.131/2003, que obriga implantação de banheiros pelas concessionárias de trem, barcas e terminais rodoviários).

Lady Gaga também vem aí


por Eli Halfoun
O Brasil está virando uma espécie de parada obrigatória para atrações internacionais: empresários brasileiros negociam agora a possível vinda da cantora pop norte americana Lady Gaga. Ela foi a intérprete mais ouvida (18,5 milhões de execuções da rede social musical Last fm dos EUA com The Fame, seu disco de estréia, e é considerada pela revista People uma “estrela chocante”. As negociações já teriam sido concluidas com êxito, segundo o site oficial da cantora. Lady Gaga engrossará um verdadeiro festival de atrações internacionais que já têm confirmadas, logo no início de 2010, as presenças de Beyoncé, Metallica, Bon Jovi, U2, Shakira e provavelmente Paul McCartney. O Brasil é mesmo uma festa musical. De todos os gêneros. (Na reprodução, Lady Gaga na revista "V", foto de Sebastião Faena)

E o belo aterro do Burle Marx vai sendo ocupado


por Gonça
Dizem - eu não provo - que um grande jornal carioca defendeu nos anos 60 que o Aterro, na época em fase de conclusão, fosse área edificável. Ou seja, seriam construidos prédios na nova orla. Anos depois, quando a praia de Copacabana foi aterrada, o mesmo jornal teria defendido que o poder público vendesse terrenos é criasse uma nova linha de prédios na Avenida Atlântica duplicada para, com o dinheiro arrecadado, o governo recuperar os custos do alargamento da praia e da duplicação das pistas. Claro, tudo em nome da especulação imobiliária. Pode ser lenda urbana, mas o mesmo grupo, que possuia uma construtora, teria defendido a demolição do Parque Laje para construir no local... um cemitério vertical. Felizmente, essas propostas, se existiram, não foram adiante. Mesmo assim, o Aterro não está livre de ameaças. Hoje, além da sede original da Marina (veja a foto feita há pouco) em primeiro plano na ponta da enseada, imensas tendas provisórias ganharam status de definitivas. A ameaça de construção de uma garagem de barcos sobre o espelho d'água parece afastada depois de muitos protestos. Mas falta retirar as estacas que ainda estão lá plantadas. Ano que vem  o Aterro, que foi inaugurado em 12 de outubro de 1965, comemora 45 anos. É um patrimônio dos cariocas. Olho vivo! (Foto: Gonça)

Deixa solto, doutor! Baía vira estacionamento de navios...


por Gonça
Sem querer concorrer com a bela foto postada pela Jussara logo abaixo, aí vai um flagrante que fiz há pouco ao voltar de Campinas. E uma imagem menos poética da mesma Baía de Guanabara. A área depois da ponte na direção do fundo da baía virou um "estacionamento" de navios. Mais perto de Niterói, dá para ver que alguns barcos estão desativados e virando sucata. E há um exagero de plataformas de petróleo, balsas, guindastes flutuantes, pesqueiros espalhados pela baía. Esse navios deixam vazar óleo e, embora seja proibido lavar tanques e jogar a água suja no mar, a maioria faz isso. Perguntas de um leigo: algúem sabe como funcionam os esgotos desses navios, há estações de tratamento a bordo? E os navios de cruzeiros que carregam milhares de passageiros tratam seus dejetos ou não os tratam? Tratados ou não, são lançados ao mar? Imagino que, se assim for e considerando que cerca de 70% da superfície do planeta está ocupada por oceanos, o mundo, como diria apropriadamente o Lula, vive na merda. Literalmente.    

sábado, 19 de dezembro de 2009

Minha alma canta, vejo o Rio de Janeiro...

Foto: Jussara Razzé

Depois de passar a semana quase toda em São Paulo, com chuvas fortes, relâmpagos, trovoadas, enchentes, é sempre bom voltar para a cidade que escolhi para viver e que, para mim, sempre foi e sempre será a Cidade Maravilhosa. Mesmo que alguns teimem em tentar o contrário...
Aproveito para desejar um bom domingo a todos.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Que bom se fosse verdade


por Eli Halfoun
“Precisamos de peças no ataque. Se não chegarem, terei de pedir ao presidente Dinamite que faça um preparo físico e uma boa dieta para reforçar a nossa equipe na frente” – a declaração é de Vagner Mancini, o novo técnico do Vasco e, é claro, foi feita em tom de brincadeira. Mas pensando bem e como toda a brincadeira costuma ter um fundo de verdade, Mancini não está muito longe da verdade: com alguns quilos a menos e preparo físico parta correr pelo menos durante 25 minutos, Roberto Dinamite (apelido que lhe foi dado pelo locutor Waldyr Amaral na Rádio Globo), o ídolo maior da torcida vascaína, seria realmente melhor de quase tudo o que o Vasco já tem ou está procurando ter. Do jeito que é apaixonado pelo Vasco, Roberto pode até entusiasmar-se com a idéia e entrar em campo na hora do sufoco.Nem que seja só para assustar os adversários. Ainda mais agora que como deputado estadual ele tem imunidade.

Cerveja espacial não é conversa de bêbado

por Eli Halfoun
Pode parecer conversa de bêbado, mas não é: já é possível beber uma verdadeira cerveja espacial. A novidade vem do Japão onde a Sapporo, uma das maiores fabricantes de bebidas do mundo, desenvolveu a cerveja Sapporo especial e espacial com grãos de sementes de cevada cultivadas por cinco meses, em 2006, na Estação Espacial Internacional localizada a cerca de 400 km da Terra.. A nova cerveja é resultado de uma parceria da Sapporo com a Academia de Ciências da Rússia e a Universidade de Okayama, no Japão, e tem a finalidade de incentivar jovens cientistas a investirem em projetos espaciais voltados às indústrias de alimentos e bebidas. É claro que a Sapporo espacial não será encontrada em qualquer botequim nem aqui e nem no espaço. A produção inicial da Sappore Space Barley é de apenas 250 engradados com seis unidades. Cada engradado custa 10 mil yens, ou seja, R$ 230.
Como nem só de cerveja vive o bom bebedor outra excelente novidade vem da França, onde o tradicional restaurante La Tour d’Argent, localizado a beira do Sena, decidiu, depois de 427 anos, leiloar parte de seu estoque de vinhos tintos e brancos e também de destilados. A estimativa é arrecadar U$ 1,5 milhão leiloando 18 mil títulos de uma coleção de 450 mil garrafas. O dinheiro arrecadado será investido na compra de novas bebidas. Os amantes de um bom cognac poderão entrar na concorrência para ter ma garrafa do Clos du Grifffer, de 1788. O lance inicial para o leilão do conhaque é de U$ 4,5 mil, de onde se concluiu que para um bom bebedor um dólar só não basta.

Clima: a Conferência foi pro brejo... poluído


por Gonça
Com todo o respeito, só há uma expressão para definir os rumos da Conferência do Clima na Dinamarca: os líderes mundiais, especialmente os presidentes dos países ricos, ligaram o foda-se. Rejeitam metas de controle do aquecimenmto global e, na prática, deixam para as próximas gerações, pra lá de 2050, a responsabilidade e o ônus de cuidar do planeta. Na sua fazenda no Texas, Bush deve estar rindo. Nem ele, um fanático defensor de CO2, esperava tão pouco do festivo encontro de Copenhague. O desprezo com que os governantes lidam com a questão na Dinamarca - Shakespeare veria que nunca houve algo de tão podre naquele país - terá efeito cascata e determinará reações conservadoras em muitos países. O raciocínio de empresas e predadores ambientais será simples: por que preservar se a cúpula mundial manda um claro recado autorizando a destruição? Então, vamos às queimadas, às usinas a carvão, derrubada de matas, vamos transformar a Amazônia em pastagens, o Pantanal em curral e o Cerrado em uma imensa roça.
Nessa linha, aproveitando que a turma faz nada em Copenhague, os ruralistas da Câmara dos Deputados contrabandearam um artigo em projeto de lei aprovado ontem que pode esvaziar radicalmente as atribuições do Ibama e, na prática, jogar no lixo toda a legislação ambiental brasileira. O projeto abre uma brecha tão grande para interpretações legais que é praticamente um liberou geral para desmatamento, licenças para construções de usinas e para desmonte de áreas de preservação ambiental. Para os ambientalistas e a população que sabe soletrar a palavra v-i-d-a resta torcer para que o presidente Lula vete esse perigoso projeto. Na foto (de Ricardo Stuckert/Presidência da República), Lula e Sarkozy em Copenhague. Segundo os jornais de hoje, Lula, diante do fracasso da COP-15, diz que "está rindo para não chorar". Os dois presidentes ainda tentam articular uma reunião de emergência para tentar salvar um tipo de acordo. Outra remota esperança é o último e reservado encontro de Obama com Lula e o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, previsto para hoje. China e EUA são os dois países mais resistentes a um acordo e, não por acaso, os mais poluidores, disparados, do mundo. Pode ser que saia alguma coisa daí mas registre-se que Obama, em uma demonstração da importância que dá ao tema, deixou para chegar a Copenhague no último dia. Isso significa que o presidente americano passou muito mais tempo na Dinamarca quando foi tentar levar as Olimpíadas para Chicago. Perdeu, Terra!

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Jennifer Jones: take final





Jennifer Jones morreu hoje, aos 90 anos, em Los Angeles. A atriz ganhou um Oscar, em 1943, pelo filme "Canção de Bernadete". Mas dois do filmes em que atuou marcaram época: "Suplício de uma Saudade"  e "Suave é a Noite". Além do Oscar de 1943, Jennifer Jones foi indicada a outras estatuetas; como atriz coadjuvante, por  "Apenas um Coração Solitário"; como atriz principal, por "Um Amor a Cada Vida", de 1945; e ainda pelo filme "Duelo ao Sol". Ainda atuou em "Adeus às armas" e "A Sedutora Madame Bovary". (Nas reproduções, Jennifer Jones em uma cena de "Suave é a Noite", ao lado de Jason Robbards Jr. e na capa da Life)

Brasil: mais um prêmio no cinema

por Eli Halfoun

Não só em bilheteria, mas também em reconhecimento internacional o cinema brasileiro vai muito melhor do que se imagina e acaba de conquistar mais um premio: o documentário “Garapa’, de José Padilha, foi o grande vitorioso do 31º Festival Internacional do Novo Cinema Latino-Americano realizado semana passada em Cuba. O filme é um retrato do povo brasileiro: o documentário foi montado a partir de 45 horas de filmagem durante as quais uma pequena equipe acompanhou durante quatro semanas o cotidiano de três famílias cearenses que vivem abaixo da linha de pobreza, ou seja, “na merda”, como diria com toda razão o presidente Lula. Embora o prêmio conquistado em Cuba não tenha repercutido como merecia por aqui “Garapa” fará carreira internacional e já em fevereiro será exibido em première mundial no Festival de Berlim, de onde provavelmente seguirá viagem por muitos outros países. Talvez a gente até consiga vê-lo por aqui. (No foto, cena do filme Garapa)

Pimenta no drinque dos outros é refresco

por Eli Halfoun
Para quem gosta de molhar a goela com bebidas mais “quentes” a mistura da moda é explosiva. Chama-se Força Estranha (título da música que Roberto Carlos fez em 1978, mas não é tão suave quanto a voz do Rei. O Força Estranha é,como o nome sugere, uma estranha e forte mistura de uma generosa dose de vodca, suco de tangerina e pimenta dedo de moça. Mesmo com a boa aceitação o Força Estranha ainda não conseguiu desbancar a liderança de outros drinques famosos entre os quais o imbatível Dry Martini, o Bellini e o Cosmopolitan. Quem já provou garante que a nova mistura é uma delícia. Principalmente para a gastrite.

Começou (quase) a circular o expresso General Osório


A Estação Ipanema-General Osório ainda não foi inaugurada, mas hoje à noite, na Estação Botafogo, já estavam em testes as placas de sinalização da direção dos trens. (Foto: Gonça)

Futebol também é uma piada

por Eil Halfoun
O Brasil é um país de humoristas e não só os profissionais: olha só o que prevê o novo Código de Justiça Desportiva, aprovado recentemente. Segundo o novo código o jogador de futebol que for expulso por causa jogada violenta poderá reduzir sua pena se fizer um acordo e se dispuser a prestar qualquer tipo de trabalho social, inclusive o de ministrar aulas de futebol em escolinhas para menores carentes. Para ensinar o que? Violência ou futebol?

Presentes eletrônicos na cabeça

por Eli Halfoun
Os aparelhos eletrônicos lideram a lista de presentes desse Natal. Quem garante isso é a GKF que foi criada há 75 anos na Alemanha e é hoje a quarta maior empresa de pesquisas do mundo. Os dados recolhidos pela GKF revelam que os celulares encabeçam a lista de presentes com 31% de intenções dos compradores. Como o Brasil já tem 160 milhões de celulares a telefonia pode virar um caos, mais do que já é. Os outros presentes preferidos dos compradores são os aparelhos de televisão LCD, com 23% das preferências, seguidos de e notebooks e câmeras digitais com 17% das intenções de compra. Como se vê o ano promete começar com um “festival de suaves prestações”. Nem tão suaves assim.

Brasil pode ser o ponto G das misses

por Eli Halfoun

O Brasil está com a corda toda: depois de ter conquistado a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016 está prestes a ganhar também o direito de realizar aqui a final do concurso Miss Universo 2010. A negociação pode ter um final feliz nos próximos dias quando acontecerá aquela que poderá ser a reunião decisiva entre o poderoso empresário americano Donald Trump e o vice-presidente da Rede TV Marcelo Carvalho. Trump é detentor dos direitos do concurso Miss Universo e vê com entusiasmo a realização da etapa final no Brasil, mas a Rede TV só ficará com os direitos se puder realizá-la em seu recém inaugurado Estúdio G, que é o maior da América Latina. A conquista da Copa do Mundo, da Olimpíada, e provavelmente do Miss Universo, pode colocar o Brasil no Guiness Book, o livro de recordes, como o primeiro país a conquistar ao mesmo tempo três grandes eventos. Pelo menos isso. (Na reprodução, misses na capa da Fatos & Fotos, na época em que o concurso era prestigiado e mobilizava o Brasil)

Um bom começo em busca da paz

por Eli Halfoun
Criticar é fácil e necessário, mas também é preciso reconhecer as atitudes acertadas. Não se pode, por exemplo, negar que a ação da polícia na guerra contra o tráfico têm sido eficiente, assim como é preciso saber reconhecer que a polícia pacificadora implantada (ainda falta muito) pelo governo do estado têm sido uma boa solução contra a violência. Se a paz reina no morro, o reflexo será total, como às vezes tem sido, no asfalto. A prisão de oito traficantes na Cidade de Deus sem que houvesse necessidade de um criminoso fogo cruzado que sempre atinge cidadãos inocentes é sinal de que com educação, civilidade e acima de tudo respeito pelo contribuinte ao fica muito mais fácil e eficiente combater os traficantes ou qualquer outro tipo de bandido. Evidente que ainda é cedo, muito cedo, para sair por aí cantando vitória, mas não se pode deixar de reconhecer que o episódio da Cidade de Deus é um bom começo. Tomara que não fique só nisso. Ainda precisamos de mais. Muito mais.