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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Fotomemória: no dia de hoje, há nove anos...

Os autores na Travessa, do Leblon: Jussara, Muggiati, Cony, Esmeraldo, Angela, Maria Alice e Barros. Sentados: Lincoln, Renato Sérgio, José Rodolpho e Daisy Prétola. 

O grupo revê o hall do antigo prédio da Manchete, então fechado após a falência. Foto. J.Egberto


Alberto, Lenira, Jussara, Bia, Daisy, Alice, Cony, Muggiati, Esmeraldo, José Rodolpho e, à frente, Barros. Foto: J.Egberto

No dia 3 de novembro de 2008, um grupo de ex-funcionários da Bloch lançou a coletânea "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou" (Desiderata), ao qual este blog dá uma sequência virtual.

O livro ainda pode ser encontrado em sites e sebos virtuais na Internet.

As fotos abaixo, recuperadas do baú do Panis, relembram os co-autores e uma visita que a turma fez no dia seguinte ao prédio da Manchete, então fechado, oito anos após a falência da empresa. A curiosidade se justificava.

A maioria voltava pela primeira vez ao local onde viveu parte da vida profissional.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Roberto Muggiati: entrevista ao blog Radar Jornalístico

O blog Agência Radar Jornalístico publica entrevista com o jornalista, escritor (é um dos autores do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou"- Editora Desiderata) e músico Roberto Muggiati, que dirigiu a revista Manchete por mais de duas décadas.

ARJ: Sabemos que a censura não se deu somente no período compreendido entre 1964 e 1985, atualmente esse tipo de prática ainda ocorre só que por ‘debaixo dos panos’, qual a sua opinião sobre a falta de liberdade de expressão nos meios de comunicação?
Muggiati: O jornalista precisa sobreviver como assalariado de uma grande empresa capitalista; que por sua vez, precisa sobreviver obtendo lucros no mercado. A ameaça dos meios virtuais de comunicação só acirra o problema. Tudo isso explica a nuvem de conformismo que baixou na mídia em geral. O debate político autêntico escapou da grande imprensa e tenta preencher as frestas dos blogs e das ONGs. A web, de certa forma, veio preencher os espaços ocupados nos anos 60/70 pela imprensa alternativa e underground.
ARJ: Você se recorda de como foi o fechamento da revista Manchete? Se a revista ainda fosse publicada, como seria o seu segmento e as suas publicações?
Muggiati: Sim, fiquei lá até o último dia, quando a justiça lacrou as portas do prédio da Rua do Russell, aquele portento arquitetônico de Oscar Niemeyer, de mármore e vidros negros, que ficou plantado na praia do Flamengo como um Titanic ou como o enigmático monolito de Stanley Kubrick em 2001. A Manchete foi uma revista de qualidade que fez época no jornalismo brasileiro. Acabou falindo como avalista de uma dívida da TV Manchete. Quando a Bloch ganhou a concessão da Rede Manchete e a colocou no ar, em 1983, as revistas foram abandonadas e definharam. O fim das revistas da Bloch foi muito mais um naufrágio empresarial do que jornalístico.
ARJ: Você foi um dos escritores do livro “Aconteceu na Manchete”. Como foi escrever um livro sobre a revista?
Muggiati: Foi um trabalho solidário de equipe e uma empreitada feliz por nos permitir registrar num livro a riqueza jornalística e humana daqueles 48 anos de Manchete.
Leia mais no blog Agência Radar Jornalístico. Clique AQUI

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Memórias da redação: Aconteceu na... Fatos & Fotos


Do livro Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou (Editora Desiderata)
Geladeira geme?
Há histórias que só os corredores da Bloch contam. Principalmente, depois das 6 horas da tarde, quando a maioria das Redações encerrava os trabalhos. Uns gatos e gatas pingados permaneciam fechando matérias, revisando páginas, e era na noite que morava o perigo. Sabe-se que jornalistas, classe explorada como burro de carga, passam mais tempo nas Redações convivendo com colegas do que em casa. Esse é um fato. O outro é que ninguém é de ferro. Daí, casos rolavam. Em um desses fim de noite, no sétimo andar, onde funcionava a Redação da Fatos & Fotos, um faxineiro que limpava o banheiro ouviu um ruido estranho vindo de uma pequena cozinha com geladeira instalada em cada andar. Primeiro, achou que era uma alma penada; depois, concluiu que o ruido era mais coisa de vivo, e muito vivo. Na dúvida, o homem se mandou para a Redação e, de olho arregalado, soltou uma pergunta que fez parar as máquinas de escrever. "Geladeira geme?" Silêncio geral, que o faxineiro interpretou como um não e tratou ele mesmo de responder: "Então tem gente fudendo na cozinha..."