segunda-feira, 24 de junho de 2019
FENAJ exige apuração dos assassinatos de jornalistas ocorridos em Maricá (RJ)
A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ) expressa seu mais veemente repúdio ao assassinato do jornalista Romário da Silva Barros, do site de notícias Lei Seca Maricá, ocorrido na noite de terça-feira, 18. Ele foi executado com três tiros na cabeça, no bairro de Araçatuba, ao voltar ao seu carro, depois de caminhar na orla do bairro.
Romário foi o segundo jornalista assassinado em Maricá, em menos de um mês. Na noite do dia 25 de maio, Robson Giorno, do jornal O Maricá, foi morto a tiros, disparados por um homem encapuzado, na porta de sua residência, Assim como o assassinato de Robson Giorno, é evidente que Romário também foi vítima de um crime premeditado, configurando uma execução.
A investigação de ambos os assassinatos deve ter como ponto de partida o exercício profissional e é preciso empenho para que os culpados sejam identificados e punidos. Exigimos das autoridades competentes celeridade na apuração dos casos, para que a população de Maricá e, em especial, os familiares dos jornalistas e a categoria possam ter uma resposta do Estado.
A FENAJ lembra que a maior parte dos assassinatos de jornalistas fica impune e que a impunidade é o combustível da violência contra os profissionais.
A entidade máxima de representação dos jornalistas lembra ainda que toda violência contra os profissionais caracteriza-se como atentado à liberdade de imprensa e, consequentemente, como cerceamento ao direito do cidadão e da cidadã brasileiros de ter acesso à informação jornalística.
Fonte: Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
FENAJ volta à direção da Federação Internacional dos Jornalistas
A Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ, por sua sigla em português) elegeu sua nova diretoria para o período de 2019-2022, em congresso mundial, realizado em Túnis (Tunísia), de 11 a 14 de junho. O jornalista marroquino Younes M´Jahed foi eleito presidente. Também foram eleitos para o Comitê Administrativo a jornalista peruana Zuliana Lainez (vice-presidente Sênior), Sabina Inderjit (Índia) e Timur Shaffir (Rússia), para as duas vices-presidências regulares, e o inglês Jim Boumelha, para o cargo de tesoureiro.
A FENAJ voltou a direção da FIJ, após um mandato ausente. A presidenta Maria José Braga foi eleita para integrar o Comitê Executivo, composto por 16 membros, de todas as regiões do planeta. Além da presidenta da FENAJ, integram o Comitê Executivo: Nasser Abubaker (Palestina), Moauad Allami (Iraque), Paco Audie (Espanha), Sofia Branco (Portugal), Ian Chen (Taiwan), Maria Luisa de Carvalho (Angola), Zied Dabbar (Tunisia), Larry Goldbetter (USA), Adriana Hurtado (Colômbia), Raffaele Lorusso (Itália), Filemon Medina (Panamá), Jennifer Moreau (Canadá), Paul Murphy (Austrália), Dominique Pradalié (França) e Omar Faruk Osman (Somália).
Maria José disse que a presença FENAJ na direção da FIJ é importante para o Brasil e para a América Latina. "Nas últimas décadas, participamos ativamente do movimento sindical internacional dos jornalistas e estivemos nas direções da FIJ, da Federação de Jornalistas da América Latina e do Caribe (Fepalc, por sua sigla em espanhol), e da Federação Latino-Americana de Jornalistas (Felap, também por sua sigla em espanhol). Temos contribuído para o debate e para as ações", avalia.
Resoluções
Além de eleger a nova diretoria da FIJ, o congresso internacional aprovou um novo Código Mundial de Ética dos Jornalistas e dezenas de moções (resoluções), contendo propostas de trabalho para a FIJ e suas entidades filiadas. Entre as resoluções, destaca-se o apoio à Convenção Internacional sobre a Segurança e Independência dos Jornalistas de outros Profissionais da Comunicação, em discussão no âmbito da ONU.
Outras diversas moções aprovadas trataram do tema da segurança dos jornalistas, inclusive uma moção apresentada pela FENAJ, que propôs a criação de um observatório internacional para a denúncia permanente dos casos de violência contra jornalistas. Foram aprovadas também moções que trataram do fortalecimento do trabalho sindical, com sugestões de medidas para o combate à precarização das relações de trabalho e para a valorização dos jornalistas.
A FENAJ apresentou ainda uma moção de urgência (apresentada diretamente ao congresso internacional), pedindo a solidariedade internacional para a defesa da democracia e do estado democrático de direito no Brasil. A moção, que denunciou a condenação sem provas do ex-presidente Lula e pediu sua imediata libertação, foi aprovada.
A delegação Brasileira ao Congresso de Túnis foi composta pelos dirigentes Ayoub Hanna Ayoub, Beth Costa, Celso Augusto Schröder, Paulo Zocchi e Maria José Braga.
Fonte; Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
A FENAJ voltou a direção da FIJ, após um mandato ausente. A presidenta Maria José Braga foi eleita para integrar o Comitê Executivo, composto por 16 membros, de todas as regiões do planeta. Além da presidenta da FENAJ, integram o Comitê Executivo: Nasser Abubaker (Palestina), Moauad Allami (Iraque), Paco Audie (Espanha), Sofia Branco (Portugal), Ian Chen (Taiwan), Maria Luisa de Carvalho (Angola), Zied Dabbar (Tunisia), Larry Goldbetter (USA), Adriana Hurtado (Colômbia), Raffaele Lorusso (Itália), Filemon Medina (Panamá), Jennifer Moreau (Canadá), Paul Murphy (Austrália), Dominique Pradalié (França) e Omar Faruk Osman (Somália).
Maria José disse que a presença FENAJ na direção da FIJ é importante para o Brasil e para a América Latina. "Nas últimas décadas, participamos ativamente do movimento sindical internacional dos jornalistas e estivemos nas direções da FIJ, da Federação de Jornalistas da América Latina e do Caribe (Fepalc, por sua sigla em espanhol), e da Federação Latino-Americana de Jornalistas (Felap, também por sua sigla em espanhol). Temos contribuído para o debate e para as ações", avalia.
Resoluções
Além de eleger a nova diretoria da FIJ, o congresso internacional aprovou um novo Código Mundial de Ética dos Jornalistas e dezenas de moções (resoluções), contendo propostas de trabalho para a FIJ e suas entidades filiadas. Entre as resoluções, destaca-se o apoio à Convenção Internacional sobre a Segurança e Independência dos Jornalistas de outros Profissionais da Comunicação, em discussão no âmbito da ONU.
Outras diversas moções aprovadas trataram do tema da segurança dos jornalistas, inclusive uma moção apresentada pela FENAJ, que propôs a criação de um observatório internacional para a denúncia permanente dos casos de violência contra jornalistas. Foram aprovadas também moções que trataram do fortalecimento do trabalho sindical, com sugestões de medidas para o combate à precarização das relações de trabalho e para a valorização dos jornalistas.
A FENAJ apresentou ainda uma moção de urgência (apresentada diretamente ao congresso internacional), pedindo a solidariedade internacional para a defesa da democracia e do estado democrático de direito no Brasil. A moção, que denunciou a condenação sem provas do ex-presidente Lula e pediu sua imediata libertação, foi aprovada.
A delegação Brasileira ao Congresso de Túnis foi composta pelos dirigentes Ayoub Hanna Ayoub, Beth Costa, Celso Augusto Schröder, Paulo Zocchi e Maria José Braga.
Fonte; Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro
domingo, 23 de junho de 2019
Já viu a Noviça Reaça? Tweet de Ultrajano (@ultrajano)
Ultrajano (@ultrajano) tweetou: A noviça reaça. Sensacional!
https://t.co/Ui4XHozE1k https://twitter.com/ultrajano/status/1142789783040745478?s=17
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Fotomemória: uma lente sobre os caminhos de Chico Buarque. Por Guina Araújo Ramos
por Guina Araújo Ramos (do blog Bonecos da História)
No dia 19 de Junho de 2019, um dos assuntos mais comentados nas redes sociais no Brasil foi o aniversário de 75 anos de Chico Buarque. Parece que a grande maioria dos brasileiros se sente um pouco amigo de infância de Chico Buarque, até porque há muita História nisso... Eu, por exemplo, comecei a me interessar por Chico Buarque de Hollanda por volta dos meus 15 anos de idade, meados da década de 1960. O primeiro motivo foi, certamente, o espanto que me causou a música “Pedro Pedreiro”, com a sua estranha letra, meio minimalista na forma e meio absoluta no conteúdo.

Chico Buarque, Canecão, Rio - Foto: Guina Araújo Ramos, 1993
Pouco depois, lá estava ele nos “festivais da canção”, com praças e sabiás, quase sempre ganhando, sempre se destacando, aparecendo de forma brilhante naquele belo momento da cultura musical brasileira, já na defesa de uma produção musical independente em relação à poderosa indústria cultural americana, este poder que vinha de longe no país e que, nas décadas seguintes, o dominaria completamente.
Chico Buarque - Rio, 1978 - Foto Guina Araújo Ramos
Chico Buarque, Canecão, Rio - Foto: Guina Araújo Ramos, 1993
Pouco depois, lá estava ele nos “festivais da canção”, com praças e sabiás, quase sempre ganhando, sempre se destacando, aparecendo de forma brilhante naquele belo momento da cultura musical brasileira, já na defesa de uma produção musical independente em relação à poderosa indústria cultural americana, este poder que vinha de longe no país e que, nas décadas seguintes, o dominaria completamente.
Chico Buarque - Rio, 1978 - Foto Guina Araújo Ramos
Ainda nesse tempo, no conturbado ano de 1968, me envolvi com um dos seus belos produtos musicais, embora sobre texto alheio: participei da montagem de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, realizada pelo grupo de jovens da igreja de São Geraldo, no subúrbio carioca de Olaria, com Perfeito Fortuna no papel principal, e desde logo me ficou evidente que a música de Chico Buarque dava trabalho...
Envolvido com a sua obra, de certo modo o acompanhei (e a Marieta Severo) em seus tempos de exílio romano, vítimas todos nós da imbecilizante violência social imposta pela ditadura civil-militar do Golpe de 1964, ancorada, a partir de 1968, no AI-5, o maior asfixiador cultural que o Brasil já sofreu.
No final da década de 1970, então, é que minha trajetória profissional ganha, pretensiosamente, um ponto de contato tangencial à dele. No que entrei para a Bloch Editores, em 1977, e passei a fotografar para suas coloridas revistas, eis que, um dia (digo, uma noite) lá fui eu fotografar um show de Chico Buarque. Não tenho mais nenhum registro de quando e onde, mas tenho quase certeza de foi em 1978 e no Canecão. Nos meus sofridos arquivos, restou apenas uma foto, um slide, que recuperei até onde foi possível. Ainda neste período, em aproximação indireta, fotografei, em 1978, a primeira montagem da Ópera do Malandro, no Teatro Ginástico, no Centro do Rio, mas disso não tenho fotos.
Chico Buarque chega ao Ato - Lapa, Rio - Foto Guina Araújo Ramos, 2018
Chico Buarque chega ao Ato - Lapa, Rio - Foto Guina Araújo Ramos, 2018
Só voltamos a nos encontrar pessoalmente quando Chico Buarque, retornando aos palcos, iniciou a temporada do show com as músicas do disco Paratodos, em 1993, de acordo com as parcas anotações nas minhas fotos. De novo, a convicção é de que este encontro aconteceu (embora não garanta e nem consegui confirmar) no Canecão, à época o mais importante palco musical do Rio de Janeiro, ele no palco, eu no “gargarejo”, entre as mesas da plateia e beira do palco... Destas fotos (para também não sei mais qual empresa jornalística) ficaram algumas sobras, também muito desgastadas pelo tempo.
Chico Buarque e Marieta Severo - Lapa, RioFoto Guina Araújo Ramos, 2018
Longas parábolas mútuas nos separaram no tempo. Apenas fotograficamente, é óbvio, que sempre diziam que jogava futebol (nisso, nunca achei que fosse tão bom assim) e que cada vez ficava melhor a sua impressionante obra, ampliada da Música e do Teatro para a Literatura, e logo para o Cinema. Nesse período, creio que o melhor exemplo do grau de criatividade que atingiu e que reconheci ficou marcada na preciosidade do livro e filme “Budapeste”.
Chico Buarque no Ato da Virada - Lapa, RioFoto Guina Araújo Ramos, 2018
Chico Buarque e Marieta Severo - Lapa, RioFoto Guina Araújo Ramos, 2018
Longas parábolas mútuas nos separaram no tempo. Apenas fotograficamente, é óbvio, que sempre diziam que jogava futebol (nisso, nunca achei que fosse tão bom assim) e que cada vez ficava melhor a sua impressionante obra, ampliada da Música e do Teatro para a Literatura, e logo para o Cinema. Nesse período, creio que o melhor exemplo do grau de criatividade que atingiu e que reconheci ficou marcada na preciosidade do livro e filme “Budapeste”.
Chico Buarque no Ato da Virada - Lapa, RioFoto Guina Araújo Ramos, 2018
Este reencontro, porém, ocorreu em outro tipo de espaço, não mais no palco da música, mas no da política. Entre tantas presenças marcantes na Lapa, Rio de Janeiro, em 23/10/2018, no chamado “Ato da Virada, Brasil pela Democracia”, na prática o derradeiro comício da campanha de Fernando Haddad à Presidência da República, lá estávamos nós, 25 anos depois: o mesmo Chico Buarque, agora mais curtido, mais grave, sempre lúcido, sempre combativo, exemplo de cidadão na defesa da democracia brasileira, e eu, já aposentado como fotojornalista, mas sempre disposto a registrar em fotos as minhas vivências.
Além da admiração pela sua postura política justa e serena,aumenta cada vez mais uma profunda admiração pela obra musical e literária, acima da média do panorama cultural brasileiro, em quantidade e qualidade. Não por acaso, Chico Buarque volta às mídias neste ano de 2019, ao ganhar, merecidamente, o Prêmio Camões de Literatura, para alegria de portugueses e brasileiros.
Não sei comparar, mas, se vamos por aí e se o Prêmio Nobel de Literatura de 2016 levou em consideração apenas as letras das canções do cantor e compositor Bob Dylan, estou desconfiado que Chico Buarque de Hollanda tem boas chances, embora se fale nas possibilidades de Lula, de ganhar neste ano mesmo o nosso primeiro e tão demorado Prêmio Nobel...
Não sei comparar, mas, se vamos por aí e se o Prêmio Nobel de Literatura de 2016 levou em consideração apenas as letras das canções do cantor e compositor Bob Dylan, estou desconfiado que Chico Buarque de Hollanda tem boas chances, embora se fale nas possibilidades de Lula, de ganhar neste ano mesmo o nosso primeiro e tão demorado Prêmio Nobel...
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sábado, 22 de junho de 2019
Capa de jornal e certos closes da TV incomodam jogadoras da Copa de Futebol Feminino
por Jean-Paul Lagarride
A recente capa do jornal satírico Charlie Hebdo continua repercutindo mal entre as jogadoras que participam da Copa do Mundo de Futebol Feminino, na França. Sexismo e preconceito são os rótulos mínimos que algumas atletas atribuem à ilustração escolhida, inspirada no famoso quadro "A Origem do Mundo", de Gustavo Courbet. Na chamada, algo como "nós vamos comer por um mês". Há reclamações por parte de feministas sobre determinados ângulos e closes da TV considerados inadequados.
Celulares estão sumindo. UFOS abduzem aparelhos...
por O.V. Pochê
Ao ler o noticiário das últimas semanas sou obrigado a concluir que o Brasil vive uma estranha epidemia de sumiço de celulares. É preciso providências urgentes de Agência Brasileira de Inteligência para desvendar o fenômeno.
Estariam os celulares sendo abduzidos? Uma potência estrangeira tem sequestrado os aparelhos? Os adeptos da Terra Plana quem eliminar o GPS e o Google Maps do acessório? Seriam "coisa do diabo" para religiosos fundamentalistas e daí o exorcismo tecnológico?
Seja lá o que for, o problema pode se tornar de segurança nacional.
Najila Trindade, que acusa Neymar de estupro, perdeu um celular e um tablet.
A família do pastor Anderson do Carmo, casado com a deputada evangélica Flodelis e assassinado em São Gonçalo (RJ), não encontra o celular de um dos filhos do casal, precisamente o que confessou ter matado o pai. Também estaria desaparecido o celular do próprio pastor.
Por último, os celulares dos protagonistas do escândalo da VazaJato também em se encontram locais incertos e não sabidos. Os aparelhos que deveriam guardar os conteúdos das conversas por meio do aplicativo Telegram dão sinais de mistério. Entre os envolvidos, há quem diga que os arquivos foram apagados, outro diz que o seu aparelho era rudimentar, com pouco memória. Os participantes dos polêmicos diálogos revelados pelo site Intercept Brasil negam as conversas mas não apresentam os celulares que poderiam confirmar suas defesas. Ou seja; também estão virtualmente sumidos.
Um conselho: se você não tiver nada a esconder, ative o localizados do seu celular. Fica mais fácil encontrá-lo em caso de abdução, desaparecimento e evaporação.
Ao ler o noticiário das últimas semanas sou obrigado a concluir que o Brasil vive uma estranha epidemia de sumiço de celulares. É preciso providências urgentes de Agência Brasileira de Inteligência para desvendar o fenômeno.
Estariam os celulares sendo abduzidos? Uma potência estrangeira tem sequestrado os aparelhos? Os adeptos da Terra Plana quem eliminar o GPS e o Google Maps do acessório? Seriam "coisa do diabo" para religiosos fundamentalistas e daí o exorcismo tecnológico?
Seja lá o que for, o problema pode se tornar de segurança nacional.
Najila Trindade, que acusa Neymar de estupro, perdeu um celular e um tablet.
A família do pastor Anderson do Carmo, casado com a deputada evangélica Flodelis e assassinado em São Gonçalo (RJ), não encontra o celular de um dos filhos do casal, precisamente o que confessou ter matado o pai. Também estaria desaparecido o celular do próprio pastor.
Por último, os celulares dos protagonistas do escândalo da VazaJato também em se encontram locais incertos e não sabidos. Os aparelhos que deveriam guardar os conteúdos das conversas por meio do aplicativo Telegram dão sinais de mistério. Entre os envolvidos, há quem diga que os arquivos foram apagados, outro diz que o seu aparelho era rudimentar, com pouco memória. Os participantes dos polêmicos diálogos revelados pelo site Intercept Brasil negam as conversas mas não apresentam os celulares que poderiam confirmar suas defesas. Ou seja; também estão virtualmente sumidos.
Um conselho: se você não tiver nada a esconder, ative o localizados do seu celular. Fica mais fácil encontrá-lo em caso de abdução, desaparecimento e evaporação.
Porteiro não voa mais. Cabine de avião volta a ser área vip e deixa elite feliz
Em 2012, uma colunista comentou que viajar de avião tornara-se atividade "perigosa". E não por medo de acidentes. Segundo ela escreveu, ir a Paris e Nova York perdera a graça diante do perigo de dar de cara com o porteiro do próprio prédio.
Com melhor poder aquisitivo, mais empregos, construção civil em alta, salário ainda mínimo mas corrigido acima da inflação, aposentadorias igualmente irrisórias mas reajustadas com pequena margem, e obras de infraestrutura em andamento em várias regiões com abertura de milhares de postos de trabalho, parcela expressiva da população brasileira fazia check in. Em consequência aviões e aeroportos lotados incomodaram a elite viajante.
Para os abonados, os bons tempos voltaram. Os porteiros não voam mais.
A crise e os preços cartelizados em níveis absurdos (a depender do momento da compra uma passagem da ponte-aérea Rio-São Paulo alcança tarifas intercontinentais) levam milhares de passageiros dos percursos de média e longa distância de volta aos ônibus.
O Globo de hoje publica matéria sobre o assunto, admite a crise, tenta relativizá-la com a derrocada da Avianca, comenta o preço das passagens mas obviamente evita críticas às empresas aéreas e à ausência de concorrência.
Os porteiros perderam as asas.
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Le Monde: Chico Buarque fala sobre a cultura de ódio no Brasil de hoje
Algo como "Uma cultura de ódio se espalhou pelo Brasil" é o título que Le Monde dá a uma entrevista com Chico Buarque publicada hoje.
O cantor fala sobre a situação do Brasil sob o regime Bolsonaro. Segundo o jornal francês, "com uma sinceridade muitas vezes tingida de tristeza".
Le Monde pergunta ao brasileiro porque solicitou à França um visto de longa duração e se esse é um "novo exílio".
Chico explica:
- "Minha situação atual é muito diferente da de 1969. Não estou no exílio hoje. Estou aqui escrevendo, trabalhando em Paris, como faço quando escrevo normalmente. Simplesmente aqui, em Paris, estou mais quieto. Eu tenho mais tempo, por exemplo, para me concentrar em escrever um livro que comecei no início deste ano.
Sobre o desprezo do governo pela cultura, ele comenta:
- "Hoje, artistas e atores culturais no Brasil não são bem-vindos nem bem vistos pelo governo, mas não há perseguição policial como em 1969. No entanto, existem ameaças, não necessariamente contra os artistas. mas contra a esquerda em geral, gays, minorias, mulheres. Uma cultura de ódio se espalhou para o Brasil de uma maneira impressionante. Este ódio é alimentado pelo novo poder, o presidente, sua comitiva, seus filhos, seus ministros ... Eles desacreditam os artistas, a quem eles consideram ser bom para nada. Cultura não tem valor em seus olhos. Dito isso, quero continuar morando no Brasil, não quero morar longe do meu país".
O cantor fala sobre a situação do Brasil sob o regime Bolsonaro. Segundo o jornal francês, "com uma sinceridade muitas vezes tingida de tristeza".
Le Monde pergunta ao brasileiro porque solicitou à França um visto de longa duração e se esse é um "novo exílio".
Chico explica:
- "Minha situação atual é muito diferente da de 1969. Não estou no exílio hoje. Estou aqui escrevendo, trabalhando em Paris, como faço quando escrevo normalmente. Simplesmente aqui, em Paris, estou mais quieto. Eu tenho mais tempo, por exemplo, para me concentrar em escrever um livro que comecei no início deste ano.
Sobre o desprezo do governo pela cultura, ele comenta:
- "Hoje, artistas e atores culturais no Brasil não são bem-vindos nem bem vistos pelo governo, mas não há perseguição policial como em 1969. No entanto, existem ameaças, não necessariamente contra os artistas. mas contra a esquerda em geral, gays, minorias, mulheres. Uma cultura de ódio se espalhou para o Brasil de uma maneira impressionante. Este ódio é alimentado pelo novo poder, o presidente, sua comitiva, seus filhos, seus ministros ... Eles desacreditam os artistas, a quem eles consideram ser bom para nada. Cultura não tem valor em seus olhos. Dito isso, quero continuar morando no Brasil, não quero morar longe do meu país".
Colunista conta como foi estuprada por Donald Trump
A colunista E. Jean Carroll, especializada em dicas de estilo, etiqueta e comportamento, conta à revista New York como Donald Trump a estuprou com violência em meados dos anos 1990.
O ataque aconteceu em um vestiário da loja Bergdorf Goodman.
Carrol é a 16ª mulher a acusar de assédio sexual o atual presidente dos Estados Unidos
Segundo ela, Trump a reconheceu como colunista, alegou que estava comprando lingerie para uma mulher e precisava de conselhos. Carroll, então com 56 anos, o acompanhou, mas ao chegar ao departamento ele a trancou em um camarim e partiu para o ataque.
E.Jean Carroll lança o livro “What Do We Need Men For? A Modest Proposal,” onde revela os detalhes: Trump forçou beijos e prendeu a colunista contra a parede. Apesar de lutar muito, ela conta que foi penetrada antes de conseguir abrir a porta e escapar.
A Casa Branca declarou à New York que a história é falsa. À mesma revista, dois amigos de Carrol confirmaram lembrar do incidente.
A colunista afirma que não denunciou o estupro na época porque teve medo.
quinta-feira, 20 de junho de 2019
segunda-feira, 17 de junho de 2019
domingo, 16 de junho de 2019
Franco Zefirelli foi personagem da ópera da Rua do Russell
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| Zefirelli em 1987, com Bambina: passageiros da Kombi de reportagem da Manchete. Foto de Rauf Tauile. Reprodução |
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| Em 1978, Manchete levou Zefirelli ao Theatro Municipal. Foto de José Moure. Reprodução |
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| O diretor ficou fascinado pelo Municipal onde, um ano depois, encenou A Traviata. Foto de José Moure. Reprodução |
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| Zefirelli na mesa de luz da redação, ao lado Roberto Mugiatti e Carlos Heitor Cony. O diretor era figurinha fácil na Manchete onde ganhou um apelido irreverente e para consumo interno: "Tia Zefa". |
por Ed Sá
Durante alguns anos, Franco Zefirelli foi figurinha fácil nos corredores do prédio da Manchete, no Russell.
Essa aproximação se deu a partir de 1978, quando Adolpho Bloch foi presidente da Funterj e convidou o diretor o italiano para montar A Traviata no Theatro Municipal. Desde então, sempre que vinha ao Rio, Zefirelli visitava a Manchete.
No livro Aconteceu na Manchete - as histórias que ninguém contou, a coletânea lançada por jornalistas e fotógrafos que trabalharam na Bloch, Roberto Muggiati conta que uma das vindas do cineasta provocou um pequeno incidente no Russell. "A nova mulher de um grande empresário do ramo editorial italiano tinha pretensões de tornar-se diva e veio ao Rio para assediar Zefirelli, que rodava pela cidade com sua cadelinha Bambina na Kombi da reportagem da Manchete. A aspirante a Callas conseguiu finalmente um teste, mas precisava de um piano para ensaiar. Adolpho, que se encantou menos pela voz da moça do que pelo "conjunto da obra", pôs à sua disposição o piano do décimo andar, um Steinway de cauda. Era um pretexto para encontrá-la a sós, ao redor do piano, onde havia uma profusão de almofadas e sofás. Deu instruções precisas para que o avisassem quando a jovem chegasse ao prédio. O chefe da portaria na época era um português baixote, seu Álvaro, um dos muitos enjeitados da Revolução dos Cravos que Adolpho adotou. Apelidado de Topo Giggio, Álvaro, metido a conhecer mil e uma línguas, não teve dúvidas quando chegou uma gringa falando arrevesado: mandou-a subir e avisou Adolpho. Ao chegar ao décimo andar, ele teve um choque: a estrangeira era uma professora sessentona de Milwaukee que queria conhecer a Pinacoteca de Arte Brasileira da Manchete no segundo andar. A gafe valeu ao Topo Giggio a destituição do posto", escreveu o ex-diretor da revista Manchete.
Voltando a Zefirelli, ele não frequentava apenas os corredores do prédio, como era personagem recorrente de muitas matérias na revista, especialmente entre 1978 e 1987.
Para os redatores da Manchete, em tempos nada politicamente corretos, o diretor de "Romeu e Julieta", "Jesus de Nazaré", "Amor sem Fim", entre outros filmes, era a Tia Zefa, Claro que esse apelido era pronunciado apenas nas "internas" - "lá vem Tia Zefa", "cadê o texto da Tia Zefa", "Adolpho que ver as fotos da Tia Zefa"...
O florentino Franco Zefirelli morreu ontem, em Roma, aos 96 anos, sem desconfiar da alcunha caroca e muito menos de que os loucos bastidores da Manchete que frequentou teriam rendido a ópera que ele não fez.
Copa América: Brasil sonolento, Messi triste, ingressos caros e a repórter-musa
por Niko Bolontrin
É possível extrair alguns destaques dos primeiros momentos da Copa América.
* O alto preço dos ingressos afasta dos estádios o povão.
* O calvário da seleção argentina e do seu maior craque, o Messi. Uma rotina nas últimas competições.
* O medíocre primeiro tempo da seleção brasileira contra a fraca Bolívia.
* O vídeo do torcedor que dormia profundamente enquanto a seleção de Tite andava em campo. No primeiro tempo, o único acordado em Richarlison.
* A declaração de Filipe Luís em coletiva: "Infelizmente não podemos disputar a Eurocopa, um torneio que tem muito mais glamour". A frase mostra que a Copa América é um peso. Filipe Luís, pelo menos, gostaria de estar jogando as Eliminatórias da Eurocopa. Vai ficar ainda mais difícil. Nem se fosse naturalizado. O jogador encerrou seu contrato com o Atlético de Madri e viria para o Flamengo, são os rumores.
* A consistência do time colombiano. Vai dar trabalho.
* E, por falar em Colômbia, chamou atenção no Morumbi, no jogo de abertura, a movimentação da repórter Melissa Martinez, da Fox colombiana. Durante o monótono primeiro tempo de Brasil X Bolívia, ela dividiu as atenções com o que rolava em campo. Inevitável, apesar de politicamente incorreto: é a primeira musa da Copa América
É possível extrair alguns destaques dos primeiros momentos da Copa América.
* O alto preço dos ingressos afasta dos estádios o povão.
* O calvário da seleção argentina e do seu maior craque, o Messi. Uma rotina nas últimas competições.
* O medíocre primeiro tempo da seleção brasileira contra a fraca Bolívia.
* O vídeo do torcedor que dormia profundamente enquanto a seleção de Tite andava em campo. No primeiro tempo, o único acordado em Richarlison.
* A declaração de Filipe Luís em coletiva: "Infelizmente não podemos disputar a Eurocopa, um torneio que tem muito mais glamour". A frase mostra que a Copa América é um peso. Filipe Luís, pelo menos, gostaria de estar jogando as Eliminatórias da Eurocopa. Vai ficar ainda mais difícil. Nem se fosse naturalizado. O jogador encerrou seu contrato com o Atlético de Madri e viria para o Flamengo, são os rumores.
* A consistência do time colombiano. Vai dar trabalho.
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| Melissa Martinez - Reprodução Instagram |
* E, por falar em Colômbia, chamou atenção no Morumbi, no jogo de abertura, a movimentação da repórter Melissa Martinez, da Fox colombiana. Durante o monótono primeiro tempo de Brasil X Bolívia, ela dividiu as atenções com o que rolava em campo. Inevitável, apesar de politicamente incorreto: é a primeira musa da Copa América
quinta-feira, 13 de junho de 2019
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