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terça-feira, 23 de julho de 2024

Mídia: o Brasil inventou o meme patrocinado?

O esforço do ministro da Fazenda Fernando Haddad para tentar taxar milionários e privilegiados que não pagam impostos provocou uma onda de memes que viralizaram na internet. E é essa ação coordenada viral que levanta a suspeita de que os memes foram financiados e impulsionadas por setores acostumados a sonegar impostos ou, no mínimo, praticar a chamada "contabilidade criativa" que dribla a legislação.

Se comprovado que os memes são conteúdo publicitário e foram viraluzados por robôs contratados, o Brasil pode reivindicar o pioneirismo de utilizar uma prática das redes sociais - geralmente espontânea e bem-humorada - como conteúdo publicitário, a chamada matéria paga. 

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2021

Jornalista entra em surto e promete se atirar do décimo quinto andar. Ouça três músicas que podem ser a trilha sonora do tresloucado gesto

 por José Esmeraldo Gonçalves 

O programa Manhattan Connection foi uma  trincheira da Lava-Jato.   

Agora que o uso político da investigação está sob o cerco de um novo lote de conversas dos integrantes da força-tarefa, jornalistas que em algum momento prestaram serviço a Sergio Moro tendem a ficar nervosos. 

Circulam nas redes sociais trechos de conversas do Diogo Mainardi, um dos integrantes do MC, com o notório Deltan Dallagnol. São diálogos que vão além da relação entre repórter-fonte e envolvem um tipo de "consultoria" informal de comunicação como parte dos objetivos políticos da investigação.

O MC, agora hospedado na TV Cultura, entrevistou ontem o ex-prefeito da capital, ex-ministro da Educação e presidenciável Fernando Haddad. Apesar de repetidamente ofendido por Mainardi, que se comportou como um "hater" em surto ou acometido de algum distúrbio, Haddad não desceu ao nível proposto pelo entrevistador. Manteve a educação. A certa altura, classificou Mainardi como "problemático". 

Sobre a eleição de 2022, Mainardi chegou a prometer que vai se atirar do décimo quinto andar caso os candidatos sejam Bolsonaro X Lula. Haddad disse esperar que ele se equilibre até lá.

Antigamente, os problemáticos surtados eram chamados de neurastênicos. A palavra rendeu até uma canção de sucesso do grupo Os Cariocas. "Mas que nervoso estou/Sou neurastênico/Preciso me tratar, senão/Eu vou pra Jacarepaguá...

Já a palavra problemático não parece muito musical. Mas o MC Neguinho do Kaxeta conseguiu incluí-la na letra de um funk.  "Olha os problemáticos, ladrões de cena/As vezes sarcástico, ficou pra trás? Que pena!/Sabichão, postura e pras louca nós dá problema"...

E Kid Vinil gravou "É que eu fiquei com tic tic nervoso/Tic tic nervoso, tic tic nervoso"...

OUÇA "NEURASTÊNICO" AQUI

OUÇA PROBLEMÁTICO AQUI

OUÇA TIC TICA NERVOSO AQUI

domingo, 23 de junho de 2019

Fotomemória: uma lente sobre os caminhos de Chico Buarque. Por Guina Araújo Ramos

por Guina Araújo Ramos (do blog Bonecos da História)

No dia 19 de Junho de 2019, um dos assuntos mais comentados nas redes sociais no Brasil foi o aniversário de 75 anos de Chico Buarque. Parece que a grande maioria dos brasileiros se sente um pouco amigo de infância de Chico Buarque, até porque há muita História nisso... Eu, por exemplo, comecei a me interessar por Chico Buarque de Hollanda por volta dos meus 15 anos de idade, meados da década de 1960. O primeiro motivo foi, certamente, o espanto que me causou a música “Pedro Pedreiro”, com a sua estranha letra, meio minimalista na forma e meio absoluta no conteúdo.


Chico Buarque, Canecão, Rio - Foto: Guina Araújo Ramos, 1993

Pouco depois, lá estava ele nos “festivais da canção”, com praças e sabiás, quase sempre ganhando, sempre se destacando, aparecendo de forma brilhante naquele belo momento da cultura musical brasileira, já na defesa de uma produção musical independente em relação à poderosa indústria cultural americana, este poder que vinha de longe no país e que, nas décadas seguintes, o dominaria completamente.


Chico Buarque - Rio, 1978 - Foto Guina Araújo Ramos
Ainda nesse tempo, no conturbado ano de 1968, me envolvi com um dos seus belos produtos musicais, embora sobre texto alheio: participei da montagem de Morte e Vida Severina, de João Cabral de Mello Neto, realizada pelo grupo de jovens da igreja de São Geraldo, no subúrbio carioca de Olaria, com Perfeito Fortuna no papel principal, e desde logo me ficou evidente que a música de Chico Buarque dava trabalho...
Envolvido com a sua obra, de certo modo o acompanhei (e a Marieta Severo) em seus tempos de exílio romano, vítimas todos nós da imbecilizante violência social imposta pela ditadura civil-militar do Golpe de 1964, ancorada, a partir de 1968, no AI-5, o maior asfixiador cultural que o Brasil já sofreu.
No final da década de 1970, então, é que minha trajetória profissional ganha, pretensiosamente, um ponto de contato tangencial à dele. No que entrei para a Bloch Editores, em 1977, e passei a fotografar para suas coloridas revistas, eis que, um dia (digo, uma noite) lá fui eu fotografar um show de Chico Buarque. Não tenho mais nenhum registro de quando e onde, mas tenho quase certeza de foi em 1978 e no Canecão. Nos meus sofridos arquivos, restou apenas uma foto, um slide, que recuperei até onde foi possível. Ainda neste período, em aproximação indireta, fotografei, em 1978, a primeira montagem da Ópera do Malandro, no Teatro Ginástico, no Centro do Rio, mas disso não tenho fotos.


Chico Buarque chega ao Ato - Lapa, Rio - Foto Guina Araújo Ramos, 2018

Só voltamos a nos encontrar pessoalmente quando Chico Buarque, retornando aos palcos, iniciou a temporada do show com as músicas do disco Paratodos, em 1993, de acordo com as parcas anotações nas minhas fotos. De novo, a convicção é de que este encontro aconteceu (embora não garanta e nem consegui confirmar) no Canecão, à época o mais importante palco musical do Rio de Janeiro, ele no palco, eu no “gargarejo”, entre as mesas da plateia e beira do palco... Destas fotos (para também não sei mais qual empresa jornalística) ficaram algumas sobras, também muito desgastadas pelo tempo.



Chico Buarque e Marieta Severo - Lapa, RioFoto Guina Araújo Ramos, 2018

Longas parábolas mútuas nos separaram no tempo. Apenas fotograficamente, é óbvio, que sempre diziam que jogava futebol (nisso, nunca achei que fosse tão bom assim) e que cada vez ficava melhor a sua impressionante obra, ampliada da Música e do Teatro para a Literatura, e logo para o Cinema. Nesse período, creio que o melhor exemplo do grau de criatividade que atingiu e que reconheci ficou marcada na preciosidade do livro e filme “Budapeste”.



Chico Buarque no Ato da Virada - Lapa, RioFoto Guina Araújo Ramos, 2018
Este reencontro, porém, ocorreu em outro tipo de espaço, não mais no palco da música, mas no da política. Entre tantas presenças marcantes na Lapa, Rio de Janeiro, em 23/10/2018, no chamado “Ato da Virada, Brasil pela Democracia”, na prática o derradeiro comício da campanha de Fernando Haddad à Presidência da República, lá estávamos nós, 25 anos depois: o mesmo Chico Buarque, agora mais curtido, mais grave, sempre lúcido, sempre combativo, exemplo de cidadão na defesa da democracia brasileira, e eu, já aposentado como fotojornalista, mas sempre disposto a registrar em fotos as minhas vivências.
Além da admiração pela sua postura política justa e serena,aumenta cada vez mais uma profunda admiração pela obra musical e literária, acima da média do panorama cultural brasileiro, em quantidade e qualidade. Não por acaso, Chico Buarque volta às mídias neste ano de 2019, ao ganhar, merecidamente, o Prêmio Camões de Literatura, para alegria de portugueses e brasileiros.
Não sei comparar, mas, se vamos por aí e se o Prêmio Nobel de Literatura de 2016 levou em consideração apenas as letras das canções do cantor e compositor Bob Dylan, estou desconfiado que Chico Buarque de Hollanda tem boas chances, embora se fale nas possibilidades de Lula, de ganhar neste ano mesmo o nosso primeiro e tão demorado Prêmio Nobel...

    quinta-feira, 16 de agosto de 2018

    2018: o drama, a tragédia e a comédia eleitoral em números...



    Em dados divulgados ontem e levantados entre 9 e 13 de agosto, o Instituto Paraná Pesquisas aponta o candidato do PSL à Presidência da República, Jair Bolsonaro, como líder das intenções de voto para as eleições de outubro. Sem Lula na sondagem, o capitão aposentado alcança 23,9 por cento de preferência do eleitorado (em julho, ele tinha 23,6). Fernando Haddad figura como nome no PT. com 3,8%, embora ainda não seja o candidato oficial do partido (em julho, tinha 2,8%). Marina Silva (Rede) apresenta 13,2 %, (em julho, estava com 14,4%). Ciro (PDT) fica com 10,2% (em julho, tinha 10,7%). Alckmin vem com 8,5% (em julho atingiu 7,8%.).

    Cabo Daciolo (do Patriota), no momento recolhido a um "monte" onde afirma fazer jejum contra supostas ameaças de morte por parte "dos illuminati" e outras sociedade secretas, está com 1,2% na nova pesquisa.

    Quando incluído na sondagem de agosto, Lula lidera com 30,8%. O adversário mais próximo é Bolsonaro com 22,0%.

    Quando indagados se a candidatura de Lula será impugnada pelo TSE, 64,1 por cento dos entrevistados acham que sim.

    A grande expectativa, agora, é para o desenrolar dos acontecimentos a partir do registro das candidaturas feito ontem, o início da campanha eleitoral nas ruas e internet, desde hoje, a prevista impugnação de Lula e a propaganda eleitoral no rádio e na Tv a partir de 31 de agosto.

    Especialista em pesquisas e diretor do Instituto Vox Populi, Marcos Coimbra avaliou em entrevista à TV247,  que, ao sair do páreo, Lula transferirá votos para Fernando Haddad "em horas". E ressalta que Bolsonaro representa uma parte do Brasil e não é, ao contrário do que se imagina, "um adversário fácil".