quinta-feira, 16 de março de 2017

Brasil diz não às reformas que o governo ilegítimo quer impor ao país...

Mais de 1 milhão de pessoas fora às ruas ontem em todo o Brasil. O Dia Nacional de Paralisação foi um marco na luta contra a supressão de direitos previdenciários e trabalhistas, a meta odiosa do governo golpista do "presidente" Temer. 
Brasília. Foto Mídia Ninja

Sáo Paulo. Foto de Ricardo Stuckert/Instituto Lula
Foto de Paulo Pinto. Agência PT
Foto de Paulo Pinto/Agência PT
Rio. Foto AG.Brasil
São Paulo. Foto AG.Brasil
Rio.Foto AG.Brasil
São Paulo.Foto AG.Brasil
São Paulo. Foto Ag.Brasil
Brasília. Foto Lula Marques
Recife. Foto Frente Brasil Popular
Brasília. Foto AG Brasil

quarta-feira, 15 de março de 2017

Viu isso? Kombi adaptada vira truck beer com console para games Atari e Mega Drive...


Fotos: Divulgação
por Niko Bolontrin
O empresário paulista Thiago Batista adaptou uma Kombi 1975 como choperia móvel e acrescentou um detalhe que está fazendo sucesso: um monitor e console para Atari e Mega Drive. O truck beer tem atraído gerações de saudosos dos famosos games e pode ser contratado para eventos particulares. Chope gelado à mão e a reencontro com jogos clássicos como River Raid, H.E.R.O., Pitfall, do Atari, ou Street Fighter, Comic Zone e outros do Mega Drive.


Revista Veja é condenada a indenizar os deputados Carlos Minc e Marcelo Freixo. Ambos foram difamados por colunista


LEIA A SENTENÇA COMPLETA, CLIQUE AQUI

Deu na revista Piauí: O que há por trás da volta do Jornal do Brasil...



por Consuelo Dieguez (para a revista Piauí) 

O empresário Omar Resende Peres, conhecido pelo apodo de Catito, ganhou espaço na imprensa por recentes aquisições que ampliaram o espectro de seus negócios. Dono dos restaurantes La Fiorentina e Bar Lagoa, no Rio, ele também arrematou o combalido e folclórico Piantella, em Brasília, que reúne há décadas a nata da política nacional. Do ramo das panelas e fogões, Catito migrou para o do jornalismo. Ele está finalizando os termos do contrato de arrendamento da marca Jornal do Brasil, cujos direitos de uso pertencem, desde 2001, ao empresário baiano Nelson Tanure, dono da Companhia Docas do Rio de Janeiro, entre outros negócios. Em 2001, Tanure arrematou a marca da família Nascimento Brito, dona do jornal e da rádio JB, por um período de noventa anos. Catito disse acreditar que o negócio estará concluído dentro de três semanas. Seus planos para o Jornal do Brasil são ambiciosos. Na contramão da ordem mundial, ele quer ressuscitar a versão impressa do jornal, que deixou de circular em 2010. Desde então, o JB só existe na internet.

Durante uma conversa no Bar Lagoa, Catito me disse ter consciência de que os jornais em papel tendem a desaparecer e, por isso mesmo, ele não está criando uma nova marca. “O negócio só é viável porque se trata de uma marca tradicional, da qual os leitores cariocas ficaram órfãos em 2010. Jamais ousaria abrir um jornal impresso que não tivesse o peso do nome Jornal do Brasil”. Será lançado em papel com data para acabar. Ele estima que dentro de três anos o JB voltará a circular apenas na versão digital,. Então por que investir nesse negócio? “Acredito que não há forma de dar credibilidade a um meio online sem que tenha a sustentação de um jornal impresso.” Assim que a transação com Tanure for concretizada, o impresso, de acordo com suas estimativas, pode começar a circular em noventa dias, o que ocorreria entre julho e agosto.

A viabilidade da empreitada, segundo ele, será garantida pelo baixo custo da operação. O jornal terá apenas duas seções físicas: a de política e a de cidade, para as quais serão contratados cinquenta jornalistas que vão produzir conteúdo exclusivo para o JB.

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terça-feira, 14 de março de 2017

Fotomemória da redação: nos anos 60, fotógrafos da Manchete posam a rigor no estúdio da Frei Caneca



A Bloch ainda não estava no prédio da Rua do Russel quando alguns fotógrafos da Manchete fizeram a rara pose acima para uma edição especial. Pena que a foto foi publicada sem legenda e não foi possível identificar todos.

A cena - todos vestidos a rigor - foi registrada aí pela metade dos anos 1960.

Em nome da Fotomemória, vale tentar identificar os possíveis protagonistas da foto.

O primeiro à esquerda é o Paulo Scheunstuhl (veja, abaixo, a correção). Na sequência, sobre a escada,  fila de trás, Antonio  Trindade. À frente dele, Juvenil de Souza. À esquerda de Trindade, Sebastião Barbosa. À esquerda da modelo, Nicolau Drei. Acima dele, flash na mão esquerda e câmera encobrindo o rosto, Orlando Abrunhosa. O fotógrafo que aparece ao lado do Drei, erguendo o flash, é o Domingos Cavalcanti. Faltam duas identificações: a do fotógrafo que está agachado; e o que aparece, apenas o rosto, atrás da modelo.

Esta Fotomemória fica em aberto caso alguém de melhor memória conclua as identificações.

ATUALIZAÇÃO: Nélio Barbosa Horta, brilhante diretor de Arte que atuou no Jornal do Brasil e em várias revistas da Bloch, entre as quais a Fatos & Fotos, EleEla e Pais & Filhos, corrige e amplia (abaixo) as identificações da foto. O blog agradece.   
"Espetacular Fotomemória: lembro de quase todos eles, grandes amigos, grandes profissionais. O primeiro, à esquerda é o Antônio Rudge, depois o Trindade, o Souza, o Orlandinho, o Nicolau Drey e o Domingos Cavalcanti. Os outros, não consegui identificar. Estúdio da Frei Caneca, onde tudo começou. Velhos tempos, belos dias..."

domingo, 12 de março de 2017

UMA AVENTURA EM CURITIBA: Baixando na Arena 59 anos depois

A foto do fato: eu na Arena da Baixada

Por Roberto Muggiati

Na segunda-feira, 6 de março, fui a Curitiba para a posse do meu querido amigo Ernani Buchmann na presidência da Academia Paranaense de Letras. Foi uma bela cerimônia solene na sede da OAB do Paraná, não muito longe da Polícia Federal, o “palácio” da Lavajato.

  
No Bar Stuart, os acadêmicos Dante Mendonça (atleticano), Ernani
Buchmann (o novo presidente da APL, já foi presidente do
Paraná Clube), Ney José de Freitas e este que vos fala.
No dia seguinte, Ernani combinou um encontro de fim de tarde mais descontraído no Bar Stuart, o mais antigo de Curitiba, fundado em 1904.

Com o dia inteiro praticamente livre, fui flanar por minha cidade natal em busca de vestígios do passado, tarefa que me exige, a cada nova viagem, mais memória, imaginação e alma de arqueólogo.

Na Avenida, passei pela Boca Maldita (longe de ser aquela que foi o ponto de partida da campanha nacional Diretas Já! em 1984). Depois, flashes da Rua Quinze: o Bar Triângulo, o rei do cachorro quente curitibano (ainda ostentando o au-au de néon na fachada); a lendária Confeitaria das Famílias; a sacada do antigo escritório de meu pai, da qual assistíamos aos desfiles do Sete de Setembro; em frente, o sobrado onde tive minhas primeiras aulas de inglês, aos dez anos, com Robert Charles Fulton; na Barão do Rio Branco espiei pela porta de entrada do prédio do Clube Curitibano (hoje sede da COHAB), com a chapelaria onde as madames e as debutantes guardavam seus casacos de pele; no subsolo também não havia mais a Caverna Curitibana, a antípoda das virginais debutantes; para dançar com as taxi girls, você comprava uma ficha e passava pela roleta até a pista de dança.

Do outro lado da rua, fui ver a vitrine dos instrumentos musicais da Casa Sartori, os saxofones de hoje fabricados no Vietnã ou na China. Não havia mais a Casa da Manteiga, nem o Grande Hotel Moderno, de portas fechadas, sua fachada art déco coberta por grafitos. Não achei a vitrina onde o faquir Silkh bateu um recorde mundial de jejum, deitado num colchão de pregos, vestindo apenas um fraldão e um turbante (diziam que na madrugada ele devorava cachorros do Triângulo e baurus e beirutes da Cometa). O Correio velho, onde em 1955 recebi pelo reembolso postal meu primeiro saxofone, um Ubaldo T. Abreu, de fabricação paulista; revi o belo prédio neo-helênico da Universidade do Paraná e os degraus de pedra da Faculdade de Engenharia, onde gazeteava vendo a passagem das normalistas. Fugi do Colégio Santa Maria, uma bela construção retangular que ocupava todo um quarteirão e foi estupidamente arrasada. No Passeio Público, encontrei os restos da Boate Tropical, à beira do velho lago, onde Raul de Souza singrava a madrugada num pedalinho com seu trombone para fazer serenata a um búfalo d’água. Vi o velho Île de France ainda de pé, cinco décadas depois, com a melhor “cuisine traditionelle  française”. Subi a Riachuelo degradada, por onde passava o bonde rumo ao Juvevê e Bacacheri.

Em frente à antiga Prefeitura, existe agora um magazine de roupas no lugar do Facilitário Muggiati do tio Aquiles, a primeira loja de vendas a prestação em Curitiba. Aonde eu ia religiosamente (heresia!) toda sexta-feira de Carnaval recolher minha caixinha de madeira com as três lança-perfumes gorduchinhas, as Rodo Metálicas.

Fiz uma pausa para o recolhimento na Catedral da Praça Tiradentes, para mim, por muito tempo, um templo gótico mais majestoso que a Notre Dâme de Paris ou a Abadia de Westminster. Na basílica da Nossa Senhora da Luz e Bom Jesus dos Pinhais acendi uma vela votiva para o horrendo Cristo crucificado logo à direita da entrada, sempre oculto na escuridão contra um vitral colorido. Lembro que meu pai madrugava na Catedral com os companheiros da opa, aquela capa roxa que vestiam na Semana Santa – as imagens da catedral todas cobertas de roxo também – antes de partirem em procissão com o Cristo na cruz, um dos mais sofredores que conheci em minhas andanças pelo mundo.

Tinha mais pela frente. A Biblioteca Pública do Paraná comemorava seus 160 anos. Fui lá ouvir um trio de jazz e bossa nova, o Helinho Brandão (estudou sax com o Mauro Senise, como eu) e o guitarrista Mário Conde, acompanhante do Raul de Souza, que conheci em Curitiba em 1958.

Conheci em pessoa meus colegas virtuais do jornal literário da Biblioteca, Cândido, Rogério Pereira e Luiz Rebinski. E dei um abraço-surpresa no Ruy Castro, que seria o entrevistado de Um Escritor na Biblioteca, para o Cândido, formando uma ponte Caratinga-Curitiba.

Ernani Buchmann já estava no Stuart às sete. Conversamos sobre canetas-tinteiro até chegarem os companheiros Dante Mendonça e Ney José de Freitas. Chope e Steinhager, como convém, o papo vai rolando, alguém menciona o jogo do Atlético na Baixada pela Libertadores. Comento que a última vez que fui à Baixada foi em 1958 para assistir à big band de Woody Hermann. Os EUA tinham sacado que o jazz era uma eficiente arma de propaganda na Guerra Fria e patrocinaram várias turnês. A banda de Dizzy Gillespie visitou o Brasil em 1956.

A banda de Woody Herman, em 1958, em apresentação na quadra de basquete do
Atlético.


Eu com Woody Herman, em Curitiba, no mesmo ano. 

Em 1958 foi a vez de Woody Herman. (De quem Allan Stewart Königsberg, Woody Allen, tirou seu nome artístico.) A banda de Herman hospedou-se em Curitiba no Mariluz Hotel, onde o entrevistei, e tocou no Guairinha, numa noite de sábado. No domingo, houve uma apresentação grátis na quadra de basquete do Atlético, no Joaquim Américo, um tremendo erro, porque o time da casa jogava no campo ao lado e os minguados espectadores da banda de Woody a toda hora acorriam às janelas laterais da quadra para espiar o futebol.

No embalo da lembrança, o Dante Mendonça me pergunta: “Quer ir à Baixada? Tenho uma cadeira lá." Não hesitei. Chegar ao estádio em cima da hora, no meio daquela confusão toda, foi um risco para um cidadão que vai comemorar os oitenta este ano. Mas a emoção do espetáculo valeu a pena. A torcida atleticana toda uniformizada, muitos jovens, garotas bonitas, mães com bebês, pais com filhos pequenos – e a adrenalina correndo a mil. A Arena da Baixada é também um dos estádios mais bonitos que já conheci, iluminadíssima, o telhado retrátil fechado por ameaça de chuva. Tudo organizado e limpíssimo, as novas instalações do Joaquim Américo impressionaram este veterano frequentador do Maracanã. O jogo também foi vibrante. O Atlético marcou logo aos cinco minutos, fez 2x0 aos 30 do segundo tempo.
Aos 40 minutos sofreu um apagão e o Universidad Católica de Chile fez dois e chegou ao empate. Um empate sofrido em casa, com gosto de derrota. Saí meio ressabiado, temendo que alguém da torcida apontasse um dedo acusador para mim: “É ele o pé frio!” Da Dublin de Joyce, onde está morando, meu filho escreveu: “Tem de sair cinco minutos antes do fim do jogo, Mick Jagger do Batel!”

Pé frio? Deixa pra lá. Na noite seguinte, já de volta ao Rio, a televisão me transportou para o Durival Britto e Silva, o estádio em Vila Capanema, para torcer pelo Paraná na Copa do Brasil contra o Bahia. O Paraná é um quinto da camisa do meu amado Ferroviário – time para o qual eu torcia até 1962, quando saí definitivamente de Curitiba. (O Ferroviário fundiu-se em 1971 com o Britânia e o Palestra para formar o Colorado; em 1989, o Colorado fundiu-se com o Pinheiros e formou o Paraná Clube.)

Foi no Durival Britto, que fiz aulas de ginástica no primeiro ano do ginásio, assisti aos dois jogos da Copa do Mundo de 50 em Curitiba e vi ainda na concha acústica um show inesquecível da orquestra de Xavier Cugat.  Voltando à Copa do Brasil de 2017: um prócer (belo palavrão) da CBF falou que o Bahia começaria mais tarde a terceira fase da Copa do Brasil, dando como favas contadas que o time da Boa Terra eliminaria o esquadrão das Araucárias. O Bahia protelou o jogo e catimbou o que pôde, mas o tricolor paranista foi lá e despachou o adversário com indiscutíveis dois a zero. Coisa que o Vasco não conseguiu contra o outro baiano, o Vitória. Mas isso já é outra história...

Atualização bqvMANCHETE: (Comentários postados no Facebook)



sábado, 11 de março de 2017

Indigestão política? Conheça um remédio para tomar de hora em hora...

Reprodução. Inteligência, 1940.

por Ed Sá 
Em 1940, circulava em São Paulo a revista Inteligência. Era uma publicação política, mensal, que reunia artigos de autores brasileiros e reproduzia conteúdo dos principais jornais internacionais.

São Paulo nem sonhava com João Doria, o Brasil não tinha pesadelos com Michel Temer, mas um dos anúncios da Inteligência antecipava cólicas e azias administrativas ligadas aos dois sobrenomes.

Curiosamente, uma ilustração quase surrealista listava os males representados por uma cabeça de cabrito e, entre os chifres, destacava um Não Temer, dito que hoje pode ser lido com um hipotético acento agudo na primeira sílaba.

O Não Temer era, aliás, o slogan que o elixir usava - muito antes do Fora Temer - em todas as suas propagandas. O remédio, como diziam as mensagens, era indicado para quem tivesse engolido uma indigesta cabeça de cabrito. Simbolicamente, claro. Assim como o Brasil e São Paulo, hoje.


sexta-feira, 10 de março de 2017

Memórias da redação: Acervo JK digitalizou edições da Manchete da época do Presidente Bossa Nova, do governo à ditadura e ao exílio...




Manchete: uma das primeiras matérias sobre  João Gilberto e a turma da Bossa Nova. 

VEJA EDIÇÕES DA MANCHETE DIGITALIZADAS NO ACERVO JK, CLIQUE AQUI

Alô, jornalista. Conhece esse site?


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No dia em que o "presidente" Temer diz que mulher tem que ser do lar e do supermercado, a atriz Anne Hathaway discursa na ONU contra a divisão desigual de tarefas no ambiente doméstico

Anne Hathaway discursa na ONU. UN Photo/Rick Bajornas

Como parte das comemorações do Dia Internacional da Mulher, a atriz Anne Hathaway fez sua primeira aparição como Embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres. Em discurso na sede da organização, na última quarta-feira, ela falou sobre a importância da licença trabalhista concedida tanto para mães quanto para pais de recém-nascidos. Hathaway também criticou a divisão desigual de tarefas no ambiente doméstico, que pode acabar sobrecarregando mulheres com uma forma de trabalho não remunerada.

Como se sabe, no Dia Internacional da Mulher, o "presidente" Michel Temer exaltou a função "doméstica" da mulher brasileira.

A imprensa internacional repercutiu a opinião medieval do "presidente" do Brasil.









Deputado quer acabar com a Justiça do Trabalho

A lista de empresas que usam trabalho escravo não é mais divulgada, há projetos no Congresso para "flexibilizar" a restrição aos novos "capitães-do-mato" e o deputado Rodrigo Maia, presidente da Câmara no governo ilegítimo, deflagra uma campanha contra a Justiça do Trabalho e anuncia que a instância  - aquela que ainda protege o trabalho e não permite que a lei da selva se torne rotina "tem que acabar". A mídia de direita gostou. Seria mais um passo na meta de precarizar o trabalho.
Não se pode negar coerência no sujeito. Para o grupo que se apossou do poder, Previdência, saúde pública, universidades e escolas públicas também só atrapalham...

Em vídeo, deputado Chico Alencar admite que errou ao comparecer a boca-livre da direita brasileira...

O deputado do PSOL, Chico Alencar, que tem um histórico de ética e de lutas políticas do lado certo, compareceu a evento político-soçaite em Brasília que reuniu praticamente um arrastão da direita brasileira. Aos seus eleitores, Chico passou a imagem de confraternização com adversários - vários deles na mira da Justiça. Figuras que, além de levarem ao poder um governo golpista e ilegítimo, estão hoje empenhadas em demolir conquistas sociais, trabalhistas, previdenciárias e ambientais, educacionais e de saúde do povo brasileiro. Após a péssima repercussão do convescote, que teve cenas lamentáveis de polêmico beija-mão, Chico Alencar divulgou um vídeo no qual admite que recebeu muitas críticas através da rede social, refletiu e entendeu que vacilou. Acontece.
VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 9 de março de 2017

Fazemos qualquer negócio: Merchandising obriga Nicole Kidman bater palmas como uma foca...


por Clara S. Britto 

O recente Oscar não repercutiu apenas pelo espetacular erro do anúncio do vencedor. As redes sociais fizeram circular um vídeo que mostra a atriz Nicole Kidman batendo palmas de um jeito bizarro. "Parece uma foca", descreveu um internauta.

Pois só agora a Kidman explicou o motivo do seu estranho gestual. A atriz estava usando um anel de diamantes emprestado pela grife Harry Winston e ficou com medo de danificar a caríssima joia.

É comum, e também acontece com frequência em premiações brasileiras, empréstimos de joias, bolsas e vestidos por parte de grifes que, em troca, esperam ser citadas e aparecer em revistas, colunas e sites. Às vezes é apenas uma permuta, às vezes rola um cachê. Muito do que sai em redes sociais e eventos é merchandising e são raras as celebridades que botam o pé fora de casa sem compensações.


Nem Nicole Kidman que já é muitas vezes milionária.

Por uns trocados as mais vale até bater palmas como foca. VEJA A CENA, CLIQUE AQUI

Popular Photography: o fim de uma revista fundada há 80 anos




Popular Photography revista tradicional do segmento, fundada em maio de 1937 (acima, a capa do primeiro número), em Nova York, encerra suas atividades após 80 anos.
A edição de março/abril de 2017 será a última disponível. A versão digital, no site PopPhoto, também será extinta. A Popular Photography já havia reduzido a periodicidade no ano passado, mas a medida não foi suficiente para conter os prejuízos. Em comunicado interno, os editores justificaram a decisão: avanços digitais e tecnológicos irresistíveis, que desafiam a indústria da foto, e perdas insuperáveis em publicidade.
LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO SITE PETAPIXEL, CLIQUE AQUI

O arraiá do beija-mão... #éironiaentendeu?

Parece que foi ontem: fila do beija-mão na corte de D. João  VI.  Reprodução
Na foto histórica, Otávio Mangabeira dá uma lambidinha "irônica" na mão de Eisenhower.
A imagem virou logotipo de submissão. Foto de Ibrahim Sued.


No filme "O Poderoso Chefão", cenas de beija-mão se repetem.
No caso, respeito e esperteza, que ninguém era bobo da corte.
Quem teria coragem para dizer a Don Corleone que o beijo era "ironia"?

por O.V.Pochê

Palavras e expressões e gestos são forças vivas e se reinventam ao longo dos tempos e eventos. Por exemplo, acabo de perceber que ironia não tem mais a acepção antes conhecida; festa de aniversário também não; e beijo na mão virou "questionamento".

Na política, ironia, agora, mais lembra um comentário que Leonel Brizola dirigia a correligionários que demonstravam incontido desejo de aderir ao adversário. "Fulano está costeando o alambrado". A intuição do gaúcho era tão aguda que, muitas vezes, nem mesmo o político que olhava para o alambrado com olho rútilo de cobiça, como diria Nelson Rodrigues, sabia que estava prestes a pular o muro rumo a novas conexões. As previsões de Brizola sobre a instabilidade existencial de certos companheiros geralmente se confirmavam.

De tão dissimuladas, as novas ironias deveriam vir com bula elucidativa. Ou com um aviso em hashtag: #éironiaentendeu?

A definição de ironia enquadra a frase ou expressão por meio da qual se diz o contrário do que se quer dar a entender. Ou seja, se você der um respeitoso beijo na mão em um elemento que tem ideias opostas às suas, na verdade você pode estar querendo passar ao público ou à mídia não um sinal de submissão mas um monte de ironia. O gesto não mostrará mas você quis destemidamente aproveitar uma reunião sócio-marqueteira para fazer graves cobranças e questionamentos através do tal beijaço. Só não entende isso quem tira o beija-mão do contexto, como se diz, ironicamente.

Beija-mão já rendeu foto histórica. Em 1946, Dwight Eisenhower visitou o Brasil. Atento, o então fotógrafo Ibrahim Sued registrou a reverência profundamente submissa do deputado baiano Otávio Mangabeira à mão do general que a Segunda Guerra Mundial tornou famoso e que governaria os Estados Unidos de 1953 a 1961. O vexame foi ainda maior porque Eisenhower ia apenas cumprimentar Mangabeira mas este, sôfrego, abocanhou a mão do visitante. Anos depois, entrevistado pelo jornalista Murilo Melo Filho, um dos diretores da extinta Manchete, Mangabeira confessou: "Me deixei trair pela emoção. Quando vi aquele homem estendendo a mão para mim, pensei que ele não queria apertar a minha mão, queria que eu beijasse…

Já as festas de aniversário dos ricos, famosos e poderosos há muito não são apenas para cantar inocentes "parabéns", são eventos de pessoas jurídicas ou ação de marketing para lustrar imagens e proporcionar selfies da realidade nacional. Ninguém está ali a passeio. Quando o mailing list de tais eventos é político, na atual fase, aí o bicho pega. São tantos os citados em delações reunidos em uma mesma sala que não demora muito os convites para tais festas serão tornozeleiras eletrônicas customizadas. E isso não é ironia.

quarta-feira, 8 de março de 2017

Hackers e nerds estão fazendo com que as belas espiãs percam os empregos



Presa em 2010, a russa Anna Chapman pode ter sido a última musa da espionagem 
antes da substituição de belas agentes por hackers e nerds. 
Um caso que rendeu até fotos vazadas que ajudaram
a divulgar a sensualidade da espiã.
Já hackers e nerds jamais vão ilustrar a primeira página

Violet Szabo tinha 23 anos quando trabalhou
para a Resistência Francesa. Sua valentia virou lenda e sua fama chegou
aos dias de hoje: ela é a figura inspiradora do famoso videogame
Velvet Assasin. Foi fuzilada pelos alemães em 1945. 
Krystyna Skarbek boicotou operações
da Alemanha no Leste Europeu. Foi assassinada por
um amante em 1952.

Nancy Wake foi a espiã mais  caçada pela Gestapo. Foi acusada de matar um
soldado alemão com as próprias mãos. Ao fim da guerra foi condecorada por vários países. 


Mata Hari foi amante de generais e altos funcionários
de vários governos. Foi presa e executada em 1917.
por Jean-Paul Lagarride

O site Wikileaks está divulgando um pacotaço de documentos confidenciais sobre as megaoperações de espionagem da CIA no mundo. Segundo Julian Assange, o jornalista e ciberativista que faz parte do conselho do portal, as armas cibernéticas dos americanos incluem softwares maliciosos que invadem sistemas Windows, Android, iOS, OSX e Linux, além de roteadores de internet. Nem TVs inteligentes escapam às operações policiais dos Estados Unidos. São milhares de documentos que serão publicados gradativamente de acordo com o projeto "Vault 7".
Praticamente tudo que contém informações e que se conecte a redes de dados ou de telefonia pode ser hackeado. Os vírus criam até um modo "falso desligado" nos aparelhos para enganar os usuários.

A espionagem ganha, assim, mais eficiência, mas vamos admitir que perde em romantismo. Nesse ponto, as Guerras Mundiais e a Guerra Fria vão deixar saudades. Uma Mata Hari, hoje, dependeria menos do seu poder de sedução e da sua coragem do que da sua capacidade de invadir softwares e injetar códigos virulentos em smartphones, notebooks, tablets ou supercomputadores.

Christine Keller: musa de escândalo
de espionagem
Como nerds sebentos e hackers de olheiras vão tornar possível um escândalo de espionagem que dê fama a uma modelo como Christine Keller que, ao mesmo tempo, era amante do ministro da Guerra inglês, John Profumo e do adido militar soviético Yevgeny Ivanov?  Isso aconteceu em 1963, quando os computadores eram geringonças que ocupavam andares inteiros e o único telefone móvel do mundo estava no sapato do Agente 83.

Uma Krystyna Skarbek, das mais sedutoras e bem-sucedidas da Segunda Guerra Mundial, quando atuou no Special Operations Executive, da Inglaterra, não sairia de um centro de controle refrigerado e impessoal. Ou a jornalista Nancy Wake, que se infiltrou entre os alemães para abastecer a Resistência de informações vitais. Elas arriscavam e não raro perdiam as vidas.

Talvez a última musa da espionagem, antes que as redes cibernéticas tomassem o lugar, foi a russa Anna Chapman presa nos Estados Unidos em 2010. Como parte do seu disfarce, ela se casou com um inglês que nunca desconfiou que dividia a cama com uma espiã.

A literatura policial e o cinema também saem perdendo. A Segunda Guerra Mundial e a Guerra Fria renderam incontáveis clássicos.
Mesmo a literatura popular de consumo rápido bateu recordes de tiragens como no caso da coleção de livros de bolso de "Gisele, a espiã nua que abalou Paris", escrita por David Nasser, sob pseudônimo.
Mas em tempos de vazamentos de dados, como transformar uma nerd com cara de diretora de ensino médio do Meio Oeste em bond girl? Difícil.
Escritores e diretores fazem um apelo aos serviços de espionagem: mesmo que a tecnologia seja agora a estrela da bisbilhotagem, não abandonem o trabalho patriótico das espiãs.