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sábado, 15 de dezembro de 2018

Mídia: quando uma notícia tiver origem em "fontes próximas" duvide. É grande a chance de ser fake...

Reprodução Instagram


No Instagram, Fernanda Lima Fernanda Lima, do programa “Amor e Sexo”, da Globo, esclareceu dois assuntos que circularam na web nessa semana.

Uma nota de Ricardo Feltrin, do UOL, reproduzida em dezenas de sites, usa o manjado "fontes próximas" para afirmar que a apresentadora "deu chilique" ao ver que o cantor Eduardo Costa, a quem processa na Justiça, apareceu na Globo.

Outro assunto foi a ação por calúnia, injúria e difamação que Fernanda Lima move contra o cantor, que a chamou de "imbecil" e, certamente em alusão aos novos governos de direita, acrescentou que "a mamata vai acabar". Eduardo perdeu a linha nas redes sociais ao ouvir Fernanda falar contra machismo e conservadorismo. A apresentadora pede na Justiça indenização por danos morais e também move processo na área criminal. Ela não aceitou acordo proposto nem pedido de desculpas. Está certíssima.

Ao colunista Ricardo Feltrin, do UOL, a apresentadora mandou a seguinte mensagem;

“Colega, sua fonte sequer me conhece e muito menos é próxima. Quando tudo isso se deu, eu estava em um retiro de meditação, incomunicável por dois dias, e só fiquei sabendo dos acontecimentos quando cheguei em casa e minha assessoria me mandou a sua coluna”, escreveu a apresentadora. E prosseguiu: “Ricardo, essa é outra forma que o machismo estrutural usa para desqualificar uma mulher quando ela é vítima. É simples dizer que ela é louca, descompensada, dá chiliques, logo não tem razão nenhuma sobre os fatos. Inclusive, Ricardo, esse era o tema principal do Programa Amor e Sexo que gerou tanta polêmica”.

"Meu caro colega, me desculpe a intimidade, mas como também sou jornalista tomei a liberdade. Diante dos fatos relatados acima e depois de uma entrevista que o Sr. Eduardo Costa concedeu ao nosso colega Pedro Bial, o senhor publicou (e muitos veículos, sem checar a veracidade de sua nota, replicaram) que “fontes” muito próximas relataram que eu teria dado um “chilique” e que eu teria ficado “possessa” e até teria pegado “ranço” do Pedro Bial por ter entrevistado o cantor.
Colega, sua fonte sequer me conhece e muito menos é próxima. Quando tudo isso se deu, eu estava em um retiro de meditação, incomunicável por dois dias, e só fiquei sabendo dos acontecimentos quando cheguei em casa e minha assessoria me mandou a sua coluna. Outra inverdade da sua última nota sobre mim é que eu fracassei ao tentar fazer com que o Sr. Eduardo Costa não fosse mais convidado por outros programas da TV Globo.
Pois, para seu conhecimento, não tenho ingerência sobre a escolha de convidados da emissora (com exceção do Amor e Sexo).
Ricardo, essa é outra forma que o machismo estrutural usa para desqualificar uma mulher quando ela é vítima. É simples dizer que ela é louca, descompensada, dá chiliques, logo não tem razão nenhuma sobre os fatos. Inclusive, Ricardo, esse era o tema principal do Programa Amor e Sexo que gerou tanta polêmica.
– Viu como é importante falarmos e sabotarmos essa engrenagem machista? Conto contigo..."

Sobre Eduardo Costa:

“Em tempos de fake news é melhor esclarecer os fatos".
"Depois de ser difamada, agredida e ameaçada por ele através de um post indignado, procurei orientação jurídica a fim de proteger a mim e a minha família. Fui orientada a processá-lo, pois dessa forma inibiria agressões futuras. E assim o fiz.
Após eu autorizar o processo, o Sr. Eduardo Costa pediu desculpas através de outros programas a que foi convidado, deixando claro que não se arrepende do que disse e sim da forma como disse. Tendo em vista que ele me agrediu moralmente, me ameaçou, incitou o ódio de seus fãs contra mim (ontem mesmo minha assessoria recebeu telefonema de um fã dele me ameaçando) e atacou o meu trabalho, não entendo que pedido de desculpas é esse. Além disso, um pedido de desculpa verdadeiro pode até ser louvável, mas ele não repara o mal que fez a vítima.
Faz parte do machismo estrutural transformar a vítima em ré. Era justamente esse o assunto do programa Amor e Sexo que tanto indignou o meu agressor."

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Donald Trump ameaça, se eleito, criar leis mais duras contra a mídia

Donald Trump tem dito nos seus comícios para apoiadores que, se eleito, vai criar leis mais duras contra o que chama de "difamação". No palaque, em Fort Wort, neste fim de semana, ele chegou a dizer que o jornal Washington Post "teria problemas" em sua eventual administração. "Uma das coisas que vou fazer é tornar mais efetivas as leis contra difamação para que possamos processar e ganhar muito dinheiro quando eles escreverem artigos negativos, horríveis", bradou o pré-candidato.
Fotojornalistas e câmeras se queixam que Trump joga a platéia contra a mídia em seus comícios. The New York Times, Washington Post e o Huff Post estão entre seus alvos favoritos.