Foto: Reprodução do relatório do Instituto de Criminalística/PF |
Na ditadura, o general João Figueiredo ficou conhecido pela grossura. Mas não recorria a palavrões, pelo menos quando falava em público. "Prefiro cheiro de cavalo ao cheiro do povo"; "Quem for contra a abertura, eu prendo e arrebento"; "Se eu ganhasse salário mínimo, eu dava um tiro no coco"; "Me envaideço de ser grosso"; "Durante muito tempo o gaúcho foi gigolô de vaca". São frases que estão entre as suas máximas.
Diante do que se falou na reunião de ministros comandada por Bolsonaro, Figueiredo seria considerado uma dama vitoriana.
Ao longo da reunião foram ouvidos quase 40 palavrões. A maioria pronunciados por Bolsonaro, mas tendo ministros como Paulo Guedes na cola, além do presidente da Caixa Pedro Guimarães.
Considerando que a reunião era para discutir planos de desenvolvimento para a pós-pandemia, imagina-se que as expressões abaixo façam parte da estratégia presidencial e do plano de ação dos ministérios. "Vamos fazer a porra do dólar cair"; "A merda dos juros; "a bosta do PIB está mal"; "Vamos foder com o STF".
Por tudo isso, familiarize-se com o glossário do Planalto.
* Merda - foi usada como "deu merda", "uns merdas", "falou merda".
* Bosta - "um bosta de um prefeito fez a bosta de um decreto", esses bosta,"esse bosta de governador".
* Porra ou porrada - "tira a cabeça da toca porra", também refere-se a ministros e poderes como "porra".
* Foder - usada por Bolsonaro como "se foder", "foder minha família". Já Paulo Guedes ampliou o xingamento para "deixa cada um se foder".
* Putaria - Bolsonaro referindo-se ao Inmetro
* Puta que o pariu - quando alguém diz que um ministro está indo bem apesar do presidente
* Filho da puta - "um filho da puta ser posto em liberdade", sobre presos que foram liberados por causa da Covid-19.
* Cacete - "péssimo exemplo é o cacete", sobre romper o isolamento
* Caralho - Braga Neto dirigindo-se ao ministro Tarcísio, "você também, caralho?".
* Hemorroída - sobre essa palavra usada por Bolsonaro, há um discussão. Não fez muito sentido. Filólogos podem achar que ele quis se referir ao popular cu, o hospedeiro da hemorroida, quando disse "que os caras querem é a nossa hemorroida. É a nossa liberdade".
Um comentário:
Nunca assisti um espetáculo tão nojento e deprimente
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