terça-feira, 3 de setembro de 2019

Mídia: atestado de bons antecedentes para acesso de repórteres a coletiva de ministro? Bizarro. Se a mesma exigência for feita a autoridades as coletivas serão praticamente extintas...



O credenciamento para uma entrevista coletiva do ministro Paulo Guedes, marcada  para a próxima quinta-feira, 4, em Fortaleza, fez uma exigência bizarra. Se quisessem ouvir o que o "Posto Ipiranga" de Bolsonaro tem a dizer, repórteres e fotógrafos eram obrigados a apresentar atestado policial de antecedentes criminais.

Ora, se a mesma exigência fosse feita às autoridades de todos os níveis que os jornalistas são obrigados a entrevistar em todo o país, praticamente seriam extintas as coletivas.

O  Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado do Ceará (Sindjorce) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiaram imediatamente a exigência. "Uma obrigatoriedade completamente inédita e absurda. Como reportou nesta tarde o jornal O Povo, uma cobrança “nunca antes apresentada para o acompanhamento de autoridades durante suas passagens pelo Ceará”, diz trecho da nota das entidades de classe.

Após a repercussão negativa da exigência descabida, o tal atestado deixou de ser condição para acesso à coletiva. A empresa AD2M Engenharia de Comunicação, responsável pela assessoria de imprensa de evento com o Ministro Paulo Guedes, afirmou que tudo não passou de um "equívoco".

Deve ter sobrado para o estagiário.

Começou mal a primeira apresentação de Paulo Guedes no Nordeste após oito meses de governo.

3 comentários:

Leandro disse...

Turma saudosa da ditadura.

J.A.Barros disse...

É!!!.alguma coisa não vai bem na "Casa de Noca". Exigir atestado de bons antecedentes de jornalistas que irão entrevistar Ministros de Estado é coisa de louco. Parece que tá faltando maturidade neste governo, porque são tantas as idiotas e pueris resoluções administrativas que surpreendem e pasmam os observadores. Enfim, este governo está montado e vamos ver até onde vão as idiotices dele.

J.A.Barros disse...

Acho não,tenho certeza de que ninguém tem saudades da "ditadura".