quinta-feira, 5 de setembro de 2019

"Vou de preto" - Manifestação em defesa da Amazônia, contra cortes de verbas de educação e pesquisa


Encurralado por acusações de corrupção, um Collor de Mello descontrolado convocou os brasileiros para irem às ruas no dia 16 de agosto de 1992 vestidos de verde e amarelo. Naquele momento, sob o argumento de que "a minoria atrapalha, a maioria trabalha", ele imaginou ser apoiado por multidões.

Deu ruim.

O povo foi às ruas, mas vestindo preto e pedindo 'fora Collor".

Na semana passada, Bolsonaro pediu que a população vista verde e amarelo no próximo sábado, 7 de setembro. "É para mostrar ao mundo que aqui é o Brasil. Que a Amazônia é nossa". Em baixa nas pesquisas, batendo recordes de desaprovação em comparação com vários outros presidentes no mesmo tempo de governo, o inquilino do Planalto cria "inimigos". Nenhum país está dizendo que "aqui não é Brasil", muito menos as potências estão a beira de mandar tropas ocupar a Amazônia. Ao contrário, quem está botando fogo na Amazônia são brasileiros incentivados pela política governamental exposta em declarações públicas do próprio Bolsonaro e dos seus ministros.


Em resposta, a UNE convoca manifestação para o mesmo sábado e pede aos estudantes e à população que se vistam de preto e pintem os rostos de verde e amarelo para protestar contra corte de verba de educação e pesquisa e pela defesa do meio ambiente.

Um comentário:

J.A.Barros disse...

Gente, em todos os países do mundo a forma de um povo de protestar e reivindicar direitos e através da manifestação popular, Haja visto nos dias de hoje, a gigantesca manifestação pública em Hong Cong, que acredito deve ter ultrapassado o milhão de jovens, que enfrentaram na mão a polícia que tentou impedir a manifestação. Os governos precisam entender que eles não estão sozinhos, que eles governam um país de milhões de pessoas e a essa pessoas é que deve governar dando–lhes uma vida digna e saudável. Para isso foi escolhido no voto para esse trabalho e não para criar problemas com a honestidade alimentando atos de corrupção e indignidades. Principalmente, governar para o povo de seu país e deve acima de tudo respeitar esse mesmo povo.