Ao assumir o "vício" por dinheiro como motivador da sua apropriação de verbas públicas, Sérgio Cabral deu detalhes do esquema de corrupção e apontou a Arquidiocese do Rio de Janeiro como suspeita de desvio de recursos através de uma organização social, a Pró-Saúde, que administra um hospital estadual. Na reportagem de capa da Época, o ex-padre Wagner Portugal delata a Igreja Católica na Lava-Jato. O cardeal Dom Orani nega qualquer irregularidade.
À margem do caso que a revista aborda, a atuação de muitas Ongs e Organizações Sociais na terceirização do setor público é uma tremenda caixa-preta que um dia será aberta, espera-se. Instrumento do neoliberalismo, tais instituições foram absorvidas por prefeituras, governo estaduais e federal a partir do anos 1990. Hospitais, escolas, creches, postos de saúde, alimentação, segurança e muitos outros setores foram terceirizados para OS em contratos que não raro significam aumento de custos para os governos. Frequentemente, por trás dessas organizações estão políticos, empresários e religiosos.
Um comentário:
É lamentável, mas tudo indica que a Santa Sé está voltando a era dos Borgias, quando o seu Papa Alexandre, espanhol de origem, dominou uma igreja corrupta e obscena. Além de casado mantinha amantes no castelo episcopal. Imperava a homossexualidade entre os bispos, padres e cardeais. Mas, a pena para o crime da prática da homosexualidade era terrível: o homossexual era julgado em público, em praça pública, sobre um cadafalso e torturado até confessar o crime dessa prática e o pior da tortura, exigida pelo público, era o da aplicação da Pera, que era um objeto de laminas de aço cortante em forma de Pera que se abriam dentro do reto do condenado, que acabava morrendo de hemorragia interna. Não havia limites para inflingir dores aos réus.
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