por Ed Sá
Nos Estados Unidos e Canadá, igrejas estão oferecendo aplicativos para os fieis acessarem cultos em streaming. Trata-se de um recurso de marketing digital para atrair as pessoas que acham "exaustivo" se deslocar até ao templos, enfrentar trânsito, mau tempo e aglomerações.
Na igreja via app há sermões, música e fóruns para compartilhamento de orações, sessões de "expulsão do diabo do corpo" via 4G e até "curas". Você pode desfrutar de tudo isso no sofá da sua casa.
A afiliação religiosa nos Estados Unidos está em baixa, segundo pesquisa de 2017 do Instituto Pew.
Como reação à queda de número de praticantes, é provável que essa tendência se expanda tal como aconteceu com inúmeras categorias de serviços na web. Lojas físicas de agências de turismo quase sumiram, foi reduzido o número de agências bancárias, livrarias são substituídas por equivalentes digitais, o home office avança, o comércio on line etc. As igrejas, evidentemente, já com tradicional presença em TV e rádio, não dispensarão o novo modelo.
Mesmo a utilização da internet não é novidade. Mas novas instituições religiosas, ainda em número reduzido, começam a abrir mão dos templos físicos e seus altos custos. Uma dessas novas corporações religiosas é a Churchome Global, inaugurada há um mês, sem prédio e sem CEP.
Os seguidores se conectam, tornam-se tornando assinantes e pagam uma taxa que equivale ao dízimo eletrônico. Se quiseram uma oração especial do pastor é só enviar um ícone via celular, um reverendo clicará em um "emoji divino", colocará na cesta de compras e o fiel o verá orando "olho no olho".
Alguns pastores e suas "ovelhas" ainda resistem aos templos virtuais. Há que cite o Evangelho de São Mateus onde Jesus diz que “onde dois ou três estão reunidos em meu nome, eu estou entre eles”.
Segundo esses teólogos, isso não inclui o crente que fica sozinho diante do computador, do tablet ou do smartphone. Outros religiosos defendem a adaptação ao novo estilo de vida e afirmam que Jesus se referia à formação de uma comunidade. E, para eles, comunidade virtual é comunidade.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário