segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Pegando carona na nova Guerra Fria... Aston Martin relança o carro que James Bond usou em 007 Contra Goldfinger

Sean Connery e o Aston Martin do filme Goldfinger. Reprodução

Aston Martin relança o carro que James Bond usou em Goldfinger. É o marketing da nova Guerra Fria.
Foto:Aston Martin/Divulgação
por Jean-Paul Lagarride

No embalo da Guerra Fria contra a Rússia e a China revitalizada por Donald Trump e, em segundo plano, pela paranoia britânica, as mais diversas marcas descobrem um jeito de faturar. Que a corrida armamentista revigorada e a fabricação de conflitos enchem cofres é jogo antigo. A venda de abrigos antinucleares nos Estados Unidos também está em alta. A novidade é que a cultura pop não fica atrás. Sites de memorabilia soviética que oferecem relógios, pôsteres, mostradores do cockpit de Migs, peças de uniforme, viseiras, bandeiras e insígnias etc se espalham na internet. Em Moscou, um museu de videogames e fliperamas dos tempos de Nikita Kruschev e Leonid Brezhnev é um dos mais procurados por turistas.

Nessa onda de nostalgia da Bomba H, está de volta para venda ao público o Aston Martin DB5. Se não liga o carro a pessoa, foi o famoso modelo que o agente criado por Ian Fleming usou em 007 Contra Goldfinger, de 1964, e 007 Contra Chantagem Atômica, de 1965, dotado de metralhadoras embutidas nos faróis, assento ejetor e outros gadgets. A versão civil 2018 agora à venda não traz equipamentos mortais, mas, entre outros, o dispositivo giratório que trocava placas está mantido. O revival do DB5 é iniciativa da Aston Martin em parceria com a EON Productions, que realiza os filmes de Bond.

O preço só está ao alcance dos serviços secretos dos países ricos ou dos vilões milionários ou, ainda, dos ricos delatores premiados da Lava Jato: 3,5 milhões de dólares para entrega em 2020.

Um comentário:

J.A.Barros disse...

Não só ricos delatores mas também ricos políticos que se enriqueceram com os golpes nas licitações da Petrobras, que através de propinas se aproveitaram das comissões criadas pelos diretores da Empresa – dita pela esquerda "a Petrobras é do povo brasileiro" – mas na verdade a empresa era dos seus diretores e mais tarde do PT, do PP, diretores que também se enriqueceram às custas da Petrobras e das propinas que dividiam com os políticos dos partidos.