Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
sábado, 25 de agosto de 2018
As mensagens cifradas e difusas da capa da Veja sob Recuperação Judicial e o recado mais claro do New York Times sobre o capitão dos "dark days"
A capa da Veja dessa semana está gerando as mais variadas interpretações. A revista tem uma antiga tradição de apelar para o terror jornalístico em campanhas eleitorais, mas o recado dessa semana é simbólico e de múltiplas telas. Para internautas a imagem apavorada pode servir para a selfie dos Civita atolados em dívidas; pode também retratar o drama dos funcionários da Abril, vários deles da própria Veja, que foram demitidos e tiveram suas indenizações atreladas aos demais credores no processo de Recuperação Judicial da empresa; retrata, quem sabe a angústia da velha brigada colunista de ódio, alguns já afastados; pode ser a imagem apreensiva dos credores do grupo encalacrado; e há até quem peça a Freud para explicar porque na recriação do quadro O Grito, de Munch, a boca do indigitado parece clonada de uma boneca inflável. Chupa essa!
A agenda de Bolsonaro não se choca tanto assim com a pregação da Veja, o que ficará claro na hipótese de um confronto entre o capitão e Haddad. Dai, a revista amplia seu leque de "terror", lamenta a paralisia de Alckmin, se assusta por enquanto com Bolsonaro e definitivamente com Lula. O New York Times, em matéria no seu site, identifica com maior foco a ameaça de retorno aos dark days.
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3 comentários:
o caso mídia e bolsonaro lembra um casamento: poderão ser felizes para sempre. Vão acabar juntinhos
A Abril começou a se suicidar ao transformar revistas em panfletos políticos e arma de destruição de reputações
Não vejo por aí a queda da Editora Abril. Outras grandes Editoras como a da revista O Cruzeiro que chegou a botar nas bancas de todo o pais, na década de 54 por ocasião da morte do presidente Getúlio Vargas, 1 milhão de exemplares, fechou não por problemas políticos e a Editora Bloch com a sua revista Manchete, com alta tiragem, também acabou fechando porque essas duas grandes empresas não conseguiram competir com a Internet. Assim como jornais fecharam no Rio de Janeiro, não por problemas políticos abordados em suas páginas, mas pela velocidade com que as estações de TV entravam no ar com as últimas notícias que ocorriam em todos o mundo. Com as vendas caindo vertiginosamene em bancas, trazendo a queda de anunciantes, não restou caminho a essas Empresas Editoriais senão em fechar as suas portas. Quantos jornais fecharam no Ri de Janeiro?
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