Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
quinta-feira, 30 de março de 2017
Tem jornal de hoje? Não, mas chegou um vinho maneiro, quer fazer uma assinatura?
por Ed Sá
Parece um anúncio de supermercado, mas não é. É o jornal Estadão vendendo vinho por assinatura.
Pensa que está fácil a vida dos jornalões apesar da generosa grana de publicidade que recebem do governo Temer?
Executivos dos principais impressos buscam alternativas para sobreviver. E haja ideia importada de branded, big data, intelligence business etc. Nada contra. Mas na emergência da crise do mercado os tiros de marketing são como balas perdidas e estão visando qualquer alvo que reforce o caixa.
A Abril lançou há pouco tempo um serviço de assinatura de meias. O sujeito se inscreve e todo mês recebe em casa um par de meias. Beleza. Mas as meias são apenas um item entre os muitos que a editora oferece. Cervejas, café, fraldas, energéticos, salgadinhos, tudo você pode assinar.
Não quer mais ler a Veja? Tranquilo, pode trocar por uma assinatura de cerveja ou energético.
Agora o Estadão tenta ser mais sofisticado e lança o Clube Paladar. Você paga de 100 a 300 reais por mês e recebe em casa de duas a três garrafas, de acordo com o plano que assinar.
No novo modelo de negócios, as empresas de comunicação estão enxugando as redações e, principalmente, unificando e integrando funções. São as centrais multimídias. onde todos produzem para todas as plataformas, o impresso, tablet, celular, computador, canais de TV digitais, podcast.
Daí, com tanta diversificação dos negócios, jornalistas já temem os chefes peçam para que alternem saídas para matérias com uma entrega rápida de uma caixa de vinhos. Ou façam uma entrevista com o prefeito e, no caminho, e deixem um pacote de fraldas na casa de uma assinante. Exagero?
A barra está pesada, não duvide.
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Um comentário:
Com o dinheiro que o governo repassa pros donos da mídia, eles estão de rabo cheio de grana
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