quinta-feira, 16 de março de 2017

Não é reforma, é desmonte da Seguridade Social...


(do site da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj)


"A Federação Nacional dos Jornalistas – FENAJ – vem a público repudiar veementemente a Proposta de Emenda Constitucional (PEC 287), apresentada pelo governo ilegítimo de Michel Temer. A PEC altera regras referentes aos benefícios da Previdência e da Assistência Social para prejudicar o(a) trabalhador(a) brasileiro(a).

A reforma proposta promove, na verdade, o desmonte da Seguridade Social, especialmente dos regimes de Previdências Públicas (Regime Geral da Previdência Social e Regimes Próprios de Previdência Social), que passarão a não garantir condições de aposentadoria para a maioria da classe trabalhadora.

Apoiada em um postulado neoliberal e antipopular, a PEC 287 estabelece a idade mínima para aposentadoria em 65 anos, para homens e mulheres, prejudicando especialmente as mulheres e categorias como professores e trabalhadores rurais.

A PEC também estabelece o período mínimo de 25 anos de contribuição e modifica a forma de cálculo de todas as aposentadorias, promovendo uma real redução dos valores a serem pagos. Para ter direito à aposentadoria integral, os(as) trabalhadores(as) terão de contribuir durante 49 anos.

Para os(as) jornalistas, o aumento no tempo de contribuição será desastroso. A precariedade das relações de trabalho empurra profissionais para a informalidade do “pejotismo”. O baixo número de vagas no mercado e alta rotatividade no emprego trazem períodos de descontinuidade no recolhimento, o que prejudicará a aposentadoria, ainda que proporcional.

As mulheres jornalistas – que são maioria na categoria – serão ainda mais prejudicadas. Ao igualar a idade de homens e mulheres para obter o benefício, o governo brasileiro ignora as condições reais que diferenciam os sexos na sociedade contemporânea.

Se implantadas, as novas regras previdenciárias obrigarão grande parte dos trabalhadores e trabalhadoras a buscar alternativas na iniciativa privada, reforçando a ideia de um Estado Mínimo e privilegiando o poder do capital.

Esse é o grande objetivo da reforma em curso, pois, com o congelamento dos investimentos sociais por 20 anos e a diminuição da conta da previdência, o governo ilegítimo garante o superávit necessário para remunerar o rentismo financeiro do capital especulativo, aumentando a concentração de renda e privilegiando o capital que fomentou o golpe político no Brasil.

Diante dessa grande ameaça, a FENAJ se une ao movimento social e ao conjunto da classe trabalhadora para resistir e impedir o avanço desse ataque violento aos direitos previdenciários e sociais conquistados pelo povo brasileiro.

Não queremos um país de miseráveis! Queremos vida digna para o(a) trabalhador(a) em atividade e para o(a) aposentado(a). Por isso, a Federação Nacional dos Jornalistas apoia a paralisação e mobilização nacional contra a reforma da previdência, na quarta-feira, 15, e conclama seus Sindicatos Filiados e a categoria à participação nas diversas atividades que serão realizadas para mostrar a contrariedade do povo brasileiro."

Nenhum direito a menos!

Brasília, 13 de março de 2017.

Diretoria da FENAJ.

2 comentários:

J.A.Barros disse...

Se há uma divida de mais 400 bilhões de reais de empresas privadas e instituições publicas com a Previdência porque elas não são cobradas? Só esse valor – se for pago – acabaria com o "famosos deficit " previdênciário. Acho que precisa haver uma reforma previdenciária sim como por exemplo: O empregado se aposenta depois de mais de 30 anos de trabalho com o valor correspondente a 9 salários mínimos que após 10 anos de aposentaria esse valor que corresponderia a 9 salários nos dias atuais para a uns 4 salários. Porque essa queda nos valores? Essa seria um dos ítens da reforma e esse ítem consta na proposta da reforma do governo ? Claro que não. Quer dizer que o plano atual e plano da reforma não nenhum benefício ao aposentado. Ele tem que perder sempre. E mais, essa reforma pretende desvincular o o benefício do aposentado salário mínimo. Então em que base de cálculos vão se apoiar para pagar os trabalhadores ao se aposentarem? É, nós trabalhadores de empresas privadas serão sempre os grandes perdedores. É triste o aposentado ver e receber os seu benefício diminuindo a cada ano que passa. Fica velho e ele se pergunta: Afinal, porque e para que dei os meus melhores anos de minha vida ajudando a enriquecer os patrões para quem trabalhei?

J.A.Barros disse...

E depois, na minha opinião, não basta apenas desfilar com bandeiras e cartazes de protestos nos braços, acho que a manifestação terá de ser mais contundente: primeiro deveria arrancar esse ex-governador da prisão em Bangu e traze-lo arrastado pelos pés até a praça pública e faze-lo pagar pelo que roubou deste Estado deixando milhares e milhares de servidores públicos sem feijão e carne para comer. São muitas famílias passando fome e humilhação– até agora são três meses de salários atrasados e mais o 13º –enquanto esse canalha na prisão já goza benefício de receber almoço e janta de restaurantes de luxo além de pagar presos para limpar a sua cela de prisão e sem contar os passeios de automóvel pela ruas da cidade. Quer dizer que a sua prisão passou a ser na verdade um "Spa". É muita coisa junta, minha gente, e não podemos esquecer que esse políticos bandidos sempre terão amigos poderosos que irão de uma forma ou de outra protege-los, afinal são amigos na corrupção e ainda tem muito dinheiro escondido.