Lavillenie no Le Monde: "licença literária" |
Quando o brasileiro Thiago Braz surpreendeu Renaud Lavillenie e cravou 6.3m no salto com vara, o francês, campeão olímpico, se posicionou, já no desespero, para tentar superar a marca. Antes mesmo de ecoarem vaias no Estádio Olímpico, a expressão dele era de derrota. A reação da plateia em apoio ao brasileiro desestabilizou de vez o assustado Lavillenie. E não deu outra. Falhou na tentativa e viu Thiago Braz comemorar sua merecida medalha de ouro.
O francês criticou as vaias e se recusou a cumprimentar o brasileiro. Depois, aparentemente desnorteado, comparou a torcida aos alemães que vaiaram o negro Jesse Owens, campeão nos Jogos Olímpicos de Munique, em 1936, sob o olhar de Hitler.
Uma comparação que não fez sentido. Lavillenie deve saber que os brasileiros que foram ao estádio ver esporte com paixão têm, com certeza, muito menos a ver com o nazismo do que os apoiadores do marechal Pétain e os colaboracionistas franceses que, em plena ocupação alemã, subordinaram a França aos nazistas tentando dar uma aparência "legal" à sangrenta invasão. E muitos não os vaiaram
Mas o besteirol pós-Thiago Braz não parou aí. O repórter Anthony Hernandez, do Le Monde, descreveu a derrota de Lavillenie depois de supostamente ouvir o treinador do francês, Philippe d'Encausse, dizer que o Brasil é um país " bizarro" e que Thiago vencera "com ajuda do candomblé".
O repórter admitiu depois que o treinador jamais disse essa frase e que talvez nem conheça o candomblé. Hernandez confessou que a polêmica declaração foi inserida no texto por ele como uma "licença literária".
Isso sim é jornalismo bizarro.
The New York Times: culinária carioca é o fim da picada. |
A crítica de Segal irritou os cariocas que usaram as redes sociais para responder ao americano. Um citou a mania dos gringos por hamburger feito de "minhoca" e de sobras de carne de quinta categoria. Outro lembrou a fixação dos americanos por pasta de amendoim, ingrediente que eles usam até no sexo oral.
Repórter prepara armadilha para gays e é expulso dos Jogos |
Hines publicou dados dos usuários do aplicativo revelando nacionalidades, altura, peso, idioma etc. Atletas que vieram de países onde o homossexualismo é crime e, em alguns caso, punido com pena de morte, relataram que suas vidas podem correr perigo.
O COI baniu o jornalista, cassou sua credencial, e o Daily Beast retirou a reportagem do ar.
Polícia investiga suposto assalto sofrido por atletas americanos. |
Logo no começo da Olimpíada houve outra trapalhada. Essa, com a ajuda da mídia brasileira que divulgou, sem mínima apuração, o caso de um "diplomata russo", um "vice-cônsul", que teria sofrido um assalto na Barra da Tijuca, reagido, e eliminado o assaltante a tiro. A notícia correu o mundo.
O assalto aconteceu, segundo a polícia, o ladrão foi mesmo morto pelo homem que não era russo, muito menos diplomata, não se chamava Komarov e nem morava em Moscou. O sujeito era mineiro e, na carteira de identidade, estava lá o nome da figura: Marcus Cezar. O consulado russo desmentiu, mas aí a "notícia" já estava correndo o mundo.
Coisa do folclore jornalístico em ação na cobertura da Rio 2016.
Os cariocas agradecem a atenção dispensada, mas dizem que já têm muito problemas reais e não precisam de reportagens incrementadas por "licenças literárias".
ATUALIZAÇÃO em 18/8/2016:
MENTIROSOS
Vídeo e depoimentos de testemunhas divulgados ontem desmoralizaram de vez a versão mentirosa dos atletas norte-americanos.
Um dos atletas confessou que não houve roubo.
Representantes da comitiva dos Estados Unidos apresentaram desculpas oficiais à Rio 2016.
Os americanos mentiram com o objetivo de ocultar a prática de vandalismo em um posto de gasolina e, por motivos pessoais, minimizar eventuais consequências da animada noitada e da bebedeira.
6 comentários:
A maioria faz isso por desprezo e preoconceito por um país de raças misturadas. fodam-se
Mal contada essa história do assalto que a mídia comprou sem duvidar e agora está caindo na real. Já estão dizendo que o problema foi mulher e quisweram escondera noitada das namoradas. Daí, em uma cidade que tem tantos assaltos, porque não inventar mais um? Será?
Os americanos do falso assalto acabam de ganhar a medalha de bosta da ,entira
Achavam que estavam em um país de merda e podiam inventar mentira para encobrir encrenca. Manés
Estou torcendo pra olimpíada acabar e ver se a imprensa internacional dá um tempo e esquece um pouco do Rio. Estão enchendo o saco. Quem sabe podem se preocupar com a mania de americano dá tiro em escola e matar um monte.ou a zika da Flórida, ou o bsbsca do Trump, assunto não falta ora eles.
O biscoito Globo, além de ter um paladar agradável, serve também para distrair e relaxar o motorista preso em um engarrafamento muito comum no Rio de Janeiro. Quantos engarrafamento peguei na Ponte Rio–Niterói saboreando o biscoito Globo.
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