quinta-feira, 14 de julho de 2016

De joelhos? A selfie do atraso...



por Jean-Paul Lagarride
A cena é mais ridícula do que histórica.
A primeira-ministra da Brexit e líder do Partido Conservador, Theresa May, dobra os joelhos, subserviente, diante de Elizabeth II. Sinal de tradição ou não, a foto é um logotipo da mentalidade "nobre", ou pobre, que retirou a Grã-Bretanha da União Europeia.
The Independent projeta para até 2030 o fim da monarquia no Reino Unido. Diz-se que a instituição sobrevive por causa dos turistas - como uma espécie de Disneylândia -, pelo apoio das gerações mais velhas e pela figura carismática da rainha. Findo o seu prazo de validade, o sucessor pode não ter condições de manter aberto o parquinho.
Elizabeth II foi a favor do rompimento. A nova primeira-ministra inicialmente também apoiava o bota-fora. Depois, a pedido de David Cameron, deu declarações a favor do "remain". Apesar dos problemas econômicos que afetam os trabalhadores - e por isso muitos votaram pela Brexit - a intolerância racial e o medo da onda de imigração deram ainda maior suporte à direita para alcançar a apertada mas problemática vitória.
Para os analistas, já está claro que os prejuízos serão grandes. A mídia inglesa nunca publicou tantas análises de "especialistas" como nas últimas semanas. Muitos acreditam que há duas opções após a debandada da UE: aproximar-se dos Estados Unidos e aumentar o grau de dependência econômica e política como Tio Sam; e pedir à UE que mantenha a Grâ-Bretanha em um status especial, com acesso ao mercado europeu e alguns privilégios. Mas a alemã Angela Merkel já avisou que não vai permitir que os ingleses tirem só a cabecinha, ficando com a parte boa e livrando-se das obrigações com a Comunidade.
Até agora a Brexit não foi formalmente notificado à Comissão Europeia. As negociações vão demorar porque todas as decisões terão que ser submetidas aos Parlamentos nacionais. Mas a partir do momento em que Theresa May desdobrar os joelhos e oficializar a Brexit, o Reino Unido não terá mais opinião na UE, será ouvido como qualquer outro país, e novos acordos e contrapartidas serão negociados, como acontece com qualquer nação fora da Comunidade.
Uma possibilidade que não pode ser descartada é que o Reino Unido se aproxime de países como a Grécia ou nações do Leste Europeu em crise, com alguma insatisfação com a UE, e com o poder da Alemanha no bloco, para tentar incentivar outros rompimentos que enfraqueçam a Comunidade e facilitem relações bilaterais especiais.
Muito milho ainda vai rolar sob os joelhos de dona Thereza.
Dizem dela que pode ser a nova "dama de ferro".
Pela foto, parece estar mais para dama de companhia diarista..., sem ofensas.

ENQUANTO ISSO, HERDEIRO DO TRONO DA ITÁLIA PILOTA UM FOOD TRUCK DE MASSA EM LOS ANGELES...

No futuro, famílias reais poderão ser mais úteis à sociedade. Emanuele Filiberto, herdeiro do que já foi o trono da Itália (ele é neto do rei Umberto II, que foi despachado para o exílio quando a Itália se tornou uma república depois da Segunda Guerra), trocou o nobre ócio pelo trabalho honesto: ele ganha a vida vendendo pasta em um caminhão nas ruas de L.A. Veja a foto, abaixo, que Filiberto publicou no Facebook.
Reprodução Facebook

5 comentários:

J.A.Barros disse...

De joelhos ou não, há de pesar sempre a tradição que na Inglaterra é obedecida e nunca esquecida. É uma nação rica exatamente porque segue as suas tradições e a sua história. Um povo sem história e sem tradição estará condenado não a 100 anos, mas a 200 anos de escravidão.

Rian disse...

Me parece que ela quer ser a Thatcher. Fez um discurso falando em fim da pobreza na Inglaterra. Thatcher dizia que queria um pais sem classes e detonou trabalhadoes e fez os ricos mais ricos

Jana disse...

A bolsa da rainha parece de sacoleira do Paraguai. É o vestido é de dona Zezé da barraca de frutas kkkkkkkkkkkkkk

Wedner disse...

Essa mulher nomeou um racista para monstro de exterior. É o cara que disse que Obama foi contra o Brexit por que tem origem no Quênia e ressentimentos dos brancos.

Isabela disse...

É um mico esse negócio de rainha em pleno século 21. Só vale com atração de circo, quero dizer, de turismo.os ingleses mais jovens também acham uma inutilidade