terça-feira, 20 de outubro de 2015

A jovem que mata por controle remoto. Site The Daily Beast revela como trabalham os pilotos de drones de combate...

A guerra por controle remoto. (Foto e ilustração de Emil Lendof/The Daily Beast) link do site abaixo
O alvo e a sala de controle: 10 milkm de distância entre um e outro. Foto de Veronique de Viguerie/Getty Images/The Daily Beast, Link do site abaixo
Vai vendo isso. A matéria é do site The Daily Beast. Uma jovem americana, sargento da Força Aérea, acaba de jantar e vai para o jardim brincar com o cachorro enquanto ainda há luz solar. Ela mora em Las Vegas. Enquanto muitas pessoas estão saindo do trabalho e outras se preparam para cair na noite ou ir aos cassinos, ela segue para uma base militar onde assumirá seu turno noturno. Seu "local de trabalho" fica, na verdade, do outro lado do mundo, onde já é dia e sua ferramenta é um drone de combate. Seu alvo, terroristas a 10 ou 15 mil quilômetros de distância. Apenas seu nome de guerra é divulgado, Sparkle (Faísca). Ela passa a noite voando missões sobre o Iraque e o Afeganistão. Na maior parte do tempo, filma enterros, festas, pessoas andando em estradas, pequenas aldeias, movimentos de inimigos. Os analistas verificam as imagens, cruzam informações e tentam catalogar terroristas. Se identificados, recebem um crachá de pena de morte. Mas quando os sensores do drone localizam os suspeitos, cabe a ela puxar o gatilho de um devastador míssil Hellfire. Os veículos aéreos não-tripulados são projetados para operações de inteligência e vigilância ou para destruir veículos ou edificações do inimigo com bombas guiadas a laser e mísseis ar-terra. Podem voar durante 14 horas e dependem do trabalho de um piloto e de um operador de estações de controle.
Apesar da causa justa - matar terroristas - os drones são motivo de controvérsia ao fazer, em vários casos, vítimas civis inocentes. Drones americanos já mataram americanos, acidentalmente. Há relatórios do próprio governo americano que elogiam a atuação dos drones mas criticam o que chamam de "déficit crítico", a margem de erro. Segundo esse documentos, 200 pessoas já foram mortas por drones no Afeganistão, mas apenas 35 eram alvos comprovadamente terroristas.
Estudos recentes mostram que pilotos de drone sofrem de alto nível de estresse. Pilotos de aviões de combate convencionais bombardeiam alvos mas não assistem à cena. Os pilotos de drone vêem as imagens bem detalhadas (os drones têm câmeras poderosas e dispositivos em infravermelho) antes, durante e depois da ação.
Naquela noite, Sparkle pulverizou um líder talibã que vinha sendo observado havia mais de uma semana. Ele morreu sem nem saber o que o matou. "Muitos jihadistas radicais acreditam que ser morto por uma mulher significa que eles não entrarão no céu. Considerando a forma como eles tratam suas mulheres, para mim está tudo OK, eu até ajudo a esfregar sal na ferida", diz Sparkle, antes de voltar para casa com o dia já amanhecendo. Os vizinhos não fazem a menor ideia da sua rotina noturna. E nem imaginam que naquela noite ela impediu um terrorista de entrar no céu e ainda deu-lhe passagem e estadia grátis para o inferno.
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2 comentários:

Anônimo disse...

Não deve ser fácil esse tipo de trabalho. E são pessoas muito jovens que pilotam essas bombardeiros

Anônimo disse...

A morte asséptica mas a causa é justa