A Espanha está há quatro anos seguindo a mesma e dura receita de ajustes entubada pela Grécia e não saiu do atoleiro. Ao contrário, ganhou mais desemprego e estagnação. Portugal idem e permanece patinando. Mesmo Itália e França não têm o que festejar. O tema aqui é a Grécia mas vale o alerta: a dupla Dilma-Levy quer esse mesmo arrocho e está afinada com o mercado e seus porta-vozes da mídia sob aplausos dos especuladores. A meta é oferecer sangue e ranger de dentes, de um lado, e multiplicar lucros devidamente turbinados pela disparada da taxa de juros, de outro.
Na Europa, instituições que atuam segundo a lógica do mercado financeiro especulativo, como o FMI, o Conselho europeu, o Banco Central, a chamada troika, apertam o cerco sob o comando autoritário da Alemanha (quem diria, 70 anos depois do fim da Segunda Guerra, a Europa se rende à então derrotada Alemanha).
Pouco mais de meia-dúzia de especuladores presentearam o mundo com uma crise financeira que vem de 2008. Bancos, fundos, agências de risco, unidos, criaram o caos e a conta que até hoje é imposta a vários países e a mais de 1 bilhão de pessoas. Na época, houve um indignação e pressões para que uma legislação internacional impusesse mecanismos de controle ao mercado financeiro. Deu em nada. Os especuladores controlam instituições e facilmente condicionam governos. O ciclo não foi quebrado. O mercado permanece livre para lucrar, manipular e burlar. Nenhum grande banco privado terá prejuízos com o agravamento da crise grega. A conta já foi passada para instituições públicas e, por tabela, para os contribuintes. A Grécia é apenas a bola da vez.
Um comentário:
Na Segunda Guerra, a Grécia foi invadida por alemães e por um país europeu que participava do Eixo, a Itália. Depois, americanos invadiram o país e na guerra fria derrubaram um governo legítimo e patrocinaram uma cruel ditadura que matou e torturou. Agora, alemães, europeus e americanos (esses através do FMI que eles controlam, aquela francesa diretora é apenas uma marionete) querem levar e desemprego e sofrimento à Grécia. São instituições financeiras piores do que as mais criminosas como a máfia a a yakuza.
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