quinta-feira, 9 de julho de 2015

Alemanha: a blitz contra a Europa agora é financeira

Ao fim da Primeira Guerra Mundial, a Alemanha estava falida e endividada. O Tratado de Versalhes obrigou o país a ressarcir pesadamente os vencedores. Mas, beneficiado pela Guerra Fria e pelo medo do avanço do comunismo - medo esse que quase fez Winston Churchil aliar-se à Alemanha nos anos 30 - os derrotados na Segunda Guerra receberam bilhões de dólares em ajuda para a reconstrução do país. A Alemanha sabe o quanto aquele dinheiro ajudou a diminuir o sofrimento do povo. Mas a "dama do chucrute", Angela Merkel, não quer saber disso e lidera a ofensiva arrasadora contra a Grécia. Pra quem não sabe; a Alemanha paga os mais baixos salários da Europa e, com isso, provoca desemprego em outros países do bloco ao exportar seus produtos em condições favoráveis utilizando as brechas nos tratados de comércio. Pagar salários extremamente baixos, especialmente às mulheres, é o motor principal, e não a "produtividade", do superávit em transações com os vizinhos. Por terem líderes fracos, França, Itália, Espanha e Portugal submetem-se às "botas" financeiras e estão perdendo essa nova e silenciosa guerra para a "bunduda incomível", como apelidou Berlusconi, ainda em 2011, e o comendador devia ter lá suas razões... Ao tentar quebrar esse paradigma, a Grécia irrita ainda mais a "marechal-de-campo" Merkel.

2 comentários:

Wilson disse...

A Alemanha acabou a grande vitoriosa da Segunda guerra. Milhões morreram a toa

J.A.Barros disse...

A Europa sempre viveu em guerra com seus vizinhos. São vários países e cada país tem a sua própria etnia e como etnias viviam se guerreando para conquistar mais terras e mais alimento e mulheres também. O sonho de Napoleão era transformar a Europa num só reino e ele o seu Rei. No mundo moderno os povos europeus entenderam que pelas armas não será mais possível e vieram os gênios da economia e criaram a unificação da Europa com uma só moeda. A Inglaterra não entrou nessa e manteve a sua moeda intacta. Ora, esse bloco de países reunidos por uma única moeda ficaram atrelados ao sistema e não demorou muito para que alguns entrassem em crise econômica e financeira; Portugal, Espanha, Irlanda e a mais grave de todas a Grécia, a mãe criadora intelectual da civilização Ocidental foi a mais atingida. A Alemanha foi entre eles o que mais cresceu economicamente e hoje é que dá as cartas nessa Europa unida em um só sistema econômico financeiro. Mas essa crise grega não vai parar aí e por mais que busquem soluções econômicas o caminho será mesmo a tudo voltar ao que era antes, cada país com sua própria moeda e soberano em suas decisões políticas, econômicas, financeiras irá encontrar por suas próprias escolhas os modelos que melhor atenderem às suas necessidades.