segunda-feira, 13 de abril de 2015

Temporada de manifestações avança. Dessa vez, com menos gente mas com mais agressões.


por Omelete
Não tem data marcada ainda mas logo virão outras manifestações pedindo o impeachment, a renúncia de Dilma Rousseff e o golpe militar, como estampado ontem, mais uma vez, em faixas e cartazes. Em relação aos protestos de março, havia menos adesão, segundo contagens oficiais e extraoficiais nos jornais de hoje. O que não tem importância, já que são expressivas mesmo assim. Mas aumentaram os incidentes entre manifestantes e pessoas contrárias ao afastamento da presidente eleita. A agressividade subiu um tom.
Porrada
No Rio, em Copacabana, em pleno dia de sol, com praia lotada, havia pouco mais de dez mil pessoas protestando e muitos milhares a mais na areia, na ciclovia ou passeando com os filhos. Um ciclista foi agredido e salvo por PMs simplesmente por estar de camisa vermelha. Os manifestantes consideram, com isso, que ele era um perigoso comunista ou petista. Uma senhora a caminho da praia contestou as razões do protesto e foi agredida por dois jovens. A PM passou a retirar do local as pessoas que apenas tentavam aproveitar o domingo e se manifestavam contra o protesto ao ver passar a marcha dos descontentes.
Fotógrafo agredido
Em Minas, o fotógrafo Beto Novaes, do jornal Estado de Minas, pagou o pato apenas por ter uma certa semelhança com o ex-presidente Lula. Ele foi insultado por quatro rapazes e levou chutes e recebeu ameaças. Em São Paulo, um manifestante que apoiava a passeata foi agredido porque falou em um megafone que era contra o impeachment. O linha-dura Bolsonaro, que foi vaiado no Rio quando tentou participar da manifestação de março, foi aplaudido em São Paulo e aclamado como "presidente".
Uma faixa isolada contra a terceirização
Havia uma incompreensível faixa contra a terceirização. Incompreensível porque esse projeto que detona direitos trabalhistas e pode acabar, na prática, com a exigência de concursos públicos, não está na conta de Dilma, que perdeu a votação no Congresso mas foi projeto do interesse da oposição e dos deputados-empresários dissidentes da base governista. Muitos daqueles jovens que protestavam não sabem mas serão prejudicados com esse projeto.
Ponta-pé no vereador tucano e lutadores de artes marciais em São Paulo
Em Curitiba, um vereador do PSDB tentou subir em um palanque e foi impedido por um manifestante que gritou que o protesto era "apartidário".  Quando se afastava, levou um chute por trás. Em Porto Alegre, uma menina teve sua camiseta rasgada por um manifestante. Em São Paulo, uma mulher também teve a camiseta rasgada ao discutir com um rapaz. Houve atritos entre quem era a favor do golpe militar e quem era contra. Os organizadores avisaram no palaque que havia 130 lutadores de artes marciais protos para imobilizar quem fizesse confusão.
Que o povo morra por opressão militar...
O site Cafezinho publica uma foto que circula no Face de uma manifestante que literalmente diz: "eu prefiro ver meu povo morrer por opressão militar do que nos hospitais públicos". Vai ver queela acha que povo morrendo na tortura vai acabar abrindo vaga nos hospitais públicos.
Integralistas na pista
O Cafezinho também publica uma foto de um grupo do "Movimento Integralista e Linearista Brasileiro", que segue o pensamento de Plínio Salgado e, por sua vez, se inspirou nos movimentos fascistas e nazistas, até com direito a bigodinho de Hitler e saudação copiada do famoso "heil' alemão. Leia no Cafezinho, clique AQUI

Deu no DCM: qualquer horas dessas...
O presidenciável Aécio Neves, embora seja diretamente interessado no afastamento de Dilma e em uma convocação de nova eleição, chama para o protesto mas até agora não apareceu nas ruas.
Falta pouco pro CCC
Em Belo Horizonto, cartazes foram pregados por manifestantes em instituição religiosa. Parece faltar pouco para o CCC (Comando de Caça aos Comunistas,organização terrorista dos anos 60/70) dar as caras nas ruas. A foto foi publicada no Viomundo.
Cerca de 7 bilhões protestaram contra Dilma... 

Deu no Sensacionalista: para não ser acusada de errar no número, a PM paulista designou um soldado para cada manifestante. Clique AQUI

Um comentário:

Guedes disse...

Tirando os ricos, grande parte dos que estavam lá será prejudicada por governo que não vão fazer nada pelo social, são esse que estão fazendo a terceirização que vai tirar emprego e fazer baixar salário. Muitos entram de bobo nessa história de protesto badalada pela mídia