Líder de Maio de 68 participa com Alfredo Sirkis do relançamento de Os Carbonários
Na foto de Luisa
Albuquerque/Divulgação:
No debate, Sirkis à esquerda e
Cohn-Bendit à direita.
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Alfredo Sirkis na sessão de autógrafos. Foto de Luisa Albuquerque/Divulgação
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por Roberto Muggiati (Especial para a Gazeta do Povo)
Ambos são filhos de 68. Daniel Marc Cohn-Bendit completou 23 anos em 4
de abril daquele ano. Um mês depois, tornava-se mundialmente conhecido como
Danny-le-Rouge, o grande líder do movimento estudantil de maio em Paris.
Alfredo Hélio Sirkis completou 18 anos cinco dias antes da decretação do AI-5,
em 13 de dezembro de 1968. Como a maioria dos militantes estudantis, caiu na
clandestinidade durante os Anos de Chumbo.
Passados 48 anos, Cohn-Bendit e Sirkis conversam sobre aqueles tempos no
auditório lotado da Livraria da Travessa, no Shopping Leblon, antes dos
autógrafos de relançamento de Os Carbonários em edição de bolso. Sirkis
escreveu o livro em Paris e em Portugal no final de seus nove anos de exílio,
em 1979. Suas memórias cobrem um período crucial da resistência armada à
ditadura militar: os 43 meses entre outubro de 1967 e maio de 1971 e mostram a
transformação de um jovem secundarista em guerrilheiro urbano (na capa do
livro, Sirkis, aos 19 anos, empunha um revólver na prática de tiro ao alvo).
Prêmio Jabuti de biografia em 1981, o livro tem uma prosa leve e ágil apesar do
peso do tema, uma história de terror, com clandestinidade, perseguições,
prisões e torturas. O título do momento em que Sirkis, prestes a partir para o
exílio, vê no Metro Copacabana o filme italiano, L’ano del Signore, com o título
português de Os Carbonários, por tratar daquelas sociedades secretas
libertárias do século 19 que combatiam a tirania e o imperialismo. “As
aventuras desses conspiradores e guerrilheiros derrotados no século passado
evocaram ao autor umas tantas analogias com contextos distantes e muito
posteriores,” escreve Sirkis em 1980.
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4 comentários:
O engraçado ou o imprevisível ocorreu que quase todos, senão todos, insurgentes contra o regime militar da época se deram bem e até faltaram ser condecorados com honras militares pois muitos até receberam gordas indenizações e alguns passaram a receber pelo resto da vida " n " salários mínimos. Os que sobreviveram, é claro, porque muitos ainda não acharam os seus corpos.
Não é uma crítica apenas uma constatação de fatos.
Os revolucionários de 68, na França, foram, também,
indenizados?
As barricadas francesas contra Napoleão III, também foram indenizados os rebeldes épicos que muitos morreram sob a metralha da guarda nacional francesa? Ou depois de anistiados e livres foram fartamente indenizados e ingressaram na política se tornando congresistas e pasmem presidentes da república francesa?
Cohn-Bendit, o Danny-le-Rouge, de 68, se tornou, sim, político e deputado da república frnacesa.
Agora, tenho dúvidas sobre a nacionalidade de origem do Cohn Bendit. Não sei se ele era francês ou de origem germânica.
As barricadas francesas contra Napoleão III, também foram indenizados os rebeldes épicos que muitos morreram sob a metralha da guarda nacional francesa? Ou depois de anistiados e livres foram fartamente indenizados e ingressaram na política se tornando congresistas e pasmem presidentes da república francesa?
Cohn-Bendit, o Danny-le-Rouge, de 68, se tornou, sim, político e deputado da república frnacesa.
Agora, tenho dúvidas sobre a nacionalidade de origem do Cohn Bendit. Não sei se ele era francês ou de origem germânica.
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