por Eli Halfoun
A novelista e também uma
espécie de guia turístico visual, revelou para a colunista Carla Bittencourt,
do jornal Extra, Rio, que não pretende mais escrever novelas que tenham ações
desenvolvidas e gravadas em outros países, como fez com “Caminho das Índias” e
agora com “Salve Jorge”. É coerente a decisão da autora já que o Brasil tem
muito para mostrar e não há dúvida de que o telespectador sempre se identifica
mais com o que lhe diz respeito. A questão é saber se a novelista conseguirá
realmente fazer o que se propõe e não porque não queira, mas sim porque dependendo
do tema é inevitável situar ações da trama em outro país. Foi o que aconteceu
em “Salve Jorge: Glória Perez precisava da Turquia (ou outro país para poder
abordar o tráfico de pessoas). Não dava simplesmente para traficar ninguém do
interior nordestino para o agitado centro paulista ou carioca, embora isso também
já aconteça muito e no caso não como tráfico, mas como um também criminoso
aliciamento cruel e imoral que “vende” esperança para quem já não tem nenhuma.
Não faltarão assuntos pra Glória Perez se ela só quiser realmente escrever
sobre o pais, desde que o faça com coerência e verdade. Novela é ficção, mas o
novo Brasil é uma realidade. (Eli Halfoun)
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