por JJcomunic
Produtores, cineastas, jornalistas, através de associações ou por meio de iniciativas individuais, tentaram ganhar espaço nas TVs abertas para produções independentes nas áreas de entretenimento e de conteúdo jornalístico. Significaria diversidade cultural, emprego, mais opções para o telespectador. A guerra parece perdida. Pelo menos, na TV aberta. Nos canais pagos ainda há chances. A Folha publica os números de ocupação das TVs por programas religiosos que são a ponta de uma poderosa industria da fé. Depois da ocupação do dial das rádios, a TV é o alvo. Os percentuais impressionam. São quase 140 horas de pregação religiosa, ou pseudo-religiosa, por semana. Por enquanto, escapam o SBT, que resiste a entrar no carnê da pregação, e, de certa forma, a Globo, que transmite apenas, e gratuitamente, a Santa Missa, em 50 minutos. Duas emissoras, a Band e a RedeTV venderam até seus horários nobres. A RedeTV, levanta a Folha, tem hoje 27% de suas programação comercializada com pastores. A Record é um caso à parte já que pertence plenamente a um igreja e há casos notórios em que submete à religião até mesmo seus programas jornalísticos. Na prática, os milhões aplicados na compra de horários são um "investimento" que retorna com as metas crescentes de arrecadação de dízimos. Há interesses eleitorais também, já que alguns "âncoras" religiosos são ou pretendem ser vereadores ou deputados e atuam como dirigentes de partidos políticos.
Ainda segundo a Folha, a venda de horários só é considerada legal a a partir de nebulosas interpretações jurídicas da legislação vigente.
Para os proprietários das redes - que ao reivindicar as concessões públicas apresentaram projetos que englobavam cultura, entretenimento, educação, jornalismo etc - a situação é cômoda: repassam o sinal que lhes foi concedido e que ninguém lhes cobra e vão brindar nas boates da moda e nas revistas de celebridades o champanhe do faturamento que entra fácil, fácil.
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