por Eli Halfoun
A ordem de prisão e a cassação da licença de trabalho do, digamos, técnico acusado de fraudar bombas de gasolina, além da intensificação da fiscalização, mostram uma vez mais que um dos principais deveres da imprensa é o de denunciar. Somente através de reportagens-denúncias (com comprovação, é claro) é que, com a repercussão do fato, se pode fiscalizar a atitude das chamadas autoridades que geralmente nada fazem para evitar que a corrupção de qualquer tipo continue rolando livre, leve e solta no país. A reportagem exibida pelo “Fantástico” e repercutida nos telejornais da Globo acabou exigindo a tomada urgente de providências que deveriam ter sido tomadas há anos quando a Rede Bandeirantes exibiu reportagem sobre o mesmo assunto e que lhe deu na época o Premio Esso (o nome não poderia ser mais adequado) de Jornalismo. O trabalho da Globo foi exemplar, mas não tinha nenhuma exclusividade, já que a Bandeirantes tinha exibido o mesmo assunto anos antes. A Globo reforçou a denúncia e só por conta de sua grande audiência conseguiu fazer a roubalheira repercutir nacionalmente obrigando a só agora serem impostas punições. Se é assim que funciona, o negócio é denunciar tudo de errado mais de uma vez. (Eli Halfoun)
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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