Reparou? A mídia demorou a chamar Hosni Mubarak de ditador. Precisou o pvo ir à rua. É que o Ocidente classifica algumas ditaduras de "amigas", casos da Arábia Saudita e outras dominadas por "dinastias" e "famílias reais" criadas pelos ingleses quando quiseram tirar o time do barril de pólvora que é a região. A reprodução é do Globo de hoje. A crise do Egito aliás, tem deixado os "analistas" de cabelos em pé. Não sabem a quem apoiar. Leia e perceba que em artigos e editoriais que já há quem defenda a permanência de Mubarak. Não demora muito ele vai virar algo assim como Tancredo e Sarney já foram: o respeonsável pela "transição". A contrapartida aos erros da diplomacia Ocidental, que apoiou ditaduras como a do Xá do Irã e protege outras hoje, tem sido, quando caem estas, a implantação de ditaduras islâmicas. Nesses casos, para a parcela maior do povo que protesta agora, nada muda, a não ser o chicote, que troca de mãos. Que o Egito inove, quebre a tradição, e das nuvens de gás lacrimogênio da Praça Tahrir, no Cairo, surja uma democracia.
Um comentário:
O problema do Egito é um problema cultural, religioso predominantemente. É um problema do mundo árabe. O Islã é uma força terrível e temível que não se pode menosprezar nem ignorar. A Liga Mussulmana existe e vai se fazer presente e fazer valer a sua for ça política sobre o poder de decisão do povo egipcio.
Até porque a revolta do povo não é basicamente política e sim porque está com fome e o alvo dos protestos, por acaso, é o Hony Mubarak, seu presidente.
Não acreditp que dessas manifestações surgirá um governo democrático. Poderá surgir sim mais um governo Teocrático. O Irã é uma prova dessa possibilidade.
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