quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Briga da TV: Clube dos 13 leva cartão vermelho

por Gonça
Vale pescoção, chute na canela, rasteira e cabeçada. Em jogo, os muitos milhões dos direitos de imagem e transmissão dos jogos do Brasileirão a partir de 2012. O Corinthians começou a debandada pedindo desfiliação dos Clube dos 13. Flamengo, Vasco, Botafogo, Fluminense já anunciaram que vão vender os seus direitos diretamente às TVs interessadas, sem a corretagem da associação oficial dos cartolas. Santos, Palmeiras, Grêmio, Vitória, Goiás, Coritiba e Cruzeiro também tiram o time de campo. A briga começou com o assédio da Record para quebrar a exclusividade da Globo dispondo-se a aumentar e até a dobrar a proposta. Empolgado, o C-13 instituiu um lance mínimo de 500 milhões para a concorrência apenas para as TVs abertas. Por outro lado, o Cade, em nome de uma concorrência mais aberta, exige que transmissões para internet, TV fechada, celulares, placas e direitos internacionais sejam vendidos à parte e não mais em bloco. A Globo ameaçou se retirar do processo de licitação alegando que a Record pode oferecer cifras irreais, já que ela, a Globo, fatura com publicidade e a emissora do Bispo Macedo teria o forte reforço da grana a fundo perdido que os seus seguidores pingam nas sacolinhas, o que inviabilizaria a concorrência. Aleluia! Como essa disputa vai acabar, não se sabe. O fato é que a Globo quer botar o diabo no corpo da Record e a Record quer mandar para o inferno a pecadora do Projac. A negociação direta entre clubes e TV tem um complicador: é preciso que os dois times em campo vendam seus direitos para que um jogo possa ser transmitido. A vantagem é que, se houver entendimento, há chance de mais  jogos serem vistos em horários mais civilizados. Mas por enquanto tudo é especulação. Não dá para saber ainda o que será melhor para o telespectador. Certa apenas o forte abalo no Clube dos 13, que perde sua única função atual; a negociação em bloco dos direitos de transmissão. Aparentemente, tende a acabar. Em desespero, seus dirigente alegam, ameaçadores, que os dissidentes têm dívidas de 60 milhões com o C-13. Até nisso, erram. A organização nem dinheiro próprio tem, apenas recebe da TV e repassa os pagamentos que lhes são de direito. Os adiantamentos que os clubes faturam são devidos à TV Globo até então titular dos direitos de transmissão. Em tempo, permanecem - pelo menos até agora - no Clube dos 13 São Paulo, Inter, Bahia, Atlético Mineiro, Sport, Portuguesa e Guarani. Dá para fazer um Brasileirão do B.

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