quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Um estranho tsunami varre a TV Cultura

por JJcomunic
Uma grave crise, que interessa de perto aos jornalistas, está abalando a TV Cultura. Pouco se noticia na mídia comercial sobre o tsunami político que varre a instituição. Um retrospecto: o governo paulista nomeou, em junho, um economista, o ex-secretário de Cultura João Sayad para, tudo indica, desmontar a TV Cultura. Ele não negou a intenção logo na sua primeira entrevista. Depois de admitir que desconhecia até a programação da emissora - "Não fiz a lição de casa. Preciso ver mais" - anunciou sua receita: exterminar programas, demitir 80% dos atuais 1.800 funcionários, vender estúdios e edifícios, terceirizar, deixar de investir no noticiário do dia a dia...
Só faltou dizer que vai puxar o fio da tomada, desplugar as câmeras, apagar o candeeiro e desligar o gás. De resto, vender, terceirizar, conceder, trocar por moeda podre... é a velha e conhecida receita do tucanato. Hoje, o blog do Daniel Castro, do portal R7, diz que o desmonte da TV Cultura tem o aval do candidato do PSDB, José Serra, e de Alberto Goldman, governador de São Paulo.
João Sayad, para quem já esqueceu ou nunca soube, foi ministro do Planejamento do governo Sarney, nos anos 80. Passou à história, ou a história passou por ele, como um dos autores do mirabolante Plano Cruzado, que congelou preços, provocou desabastecimento e deu anabolizantes à inflação, que disparou feito um rojão junino. Em suma: um fracasso, ou sayadaço, colossal.

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