sábado, 28 de agosto de 2010

Deu pânico... e não é programa de humor

por Gonça
Aparentemente, a campanha do Zérra entrou em modo desespero. Calma, falta muito ainda. Zérra já mudou de tom várias vezes. Já foi o "administrador experiente", o "continuador da obra do Lula", o "fofo", o "opositor construtivo", passou pelo "terrorismo" (insinuando, caso ele não vença, que vem aí pacote fiscal e que sindicalistas e petistas ocuparão "militarmente" o governo etc). Só não diz o que vai fazer se for eleito, não detalha programa de governo, não conta com quem vai governar. Moita total nesses importantes quesitos.
Agora, Zérra pendurou-se no caso do suposto vazamento de dados da Receita Federal. Se for provado que foi mesmo montado um dossiê com finalidade política, que o responsável seja punido. Por burrice, inclusive. Para recolher dados pessoais de qualquer um basta ir, por exemplo, nas imediações da rua 25 de Março, em SP, na Av. Rio Branco ou proximidades da Uruguaiana, no Rio, e comprar CDs ilegais com informações pessoais (CPF, conta bancária, números de documentos de identidade, bens, faixa salarial, documentos de carros, endereços etc). Vá no Google, há sites hospedados no exterior que vendem dados de milhões de pessoas. A própria Receita apura esse esquema de venda de informações sigilosas. Que todas as linhas de investigação sejam percorridas. E que nessa apuração rigorosa, algumas perguntas sejam respondidas: cadê o dossiê, qual o seu objetivo?, quem se beneficia?, quem se prejudica?, quem tentou vender?, quem comprou?, fez o que com os dados?, é fato ou factoide?
Disputa política, com armas éticas ou não, e acusações de todo tipo são comuns em campanhas (Lula mesmo teve um acontecimento famíliar usado como peça eleitoral, foi apontado como confiscador de poupança, diziam que viria o caos econômico se o operário fosse eleito...). Portanto, muita baixaria ainda virá à tona até a hora da urna. O que se espera é que candidatos usem o horário político, ou pelo menos grande parte dele, para dizer claramente o que pretendem fazer quando chegaram ao Planalto.
Teoricamente, campanha eleitoral é para isso.

Um comentário:

Jorge, de Lavras disse...

Os candidatos, de todos os partidos, deveriam mostrar suas ideias e projetos para o Brasil e não essa picuinhas.