sábado, 14 de agosto de 2010

O retorno à política dos coronéis

deBarros

Nos idos de 1930, um grupo de tenentes do Exército Brasileiro, fez uma revolução armada no Brasil, tendo como um dos objetivos, senão o mais importante, acabar com as eleições de cabresto – como eram chamadas essas eleições – que elegiam ora um candidato do Estado de Minas Gerais, ora um candidato do Estado de São Paulo. Era a política "Café com Leite".
A revolução atingiu a sua finalidade, apesar de passar antes por um regime ditatorial, que por ironia, um dos seus líderes revolucionários, Getúlio Vargas, se tornou o ditador do país por longos 15 anos. Mas, depois da ditadura, esse país passou a ter suas eleições dentro de um espírito democrático, sem intervenções do governo constituido através do presidente, que garantia a lisura do processo eleitoral, sem intervir e sem promover um seu candidato.
Tudo ia bem, dentro de um honesto processo democrático, quando, sem mais nem menos, o atual presidente resolve intervir nesse processo e escandalosamente indica um seu candidato ao cargo de presidente, passando deslealmente a usar todos os recursos e poderes do cargo que ocupa a apoiar esse candidato na intenção mais clara possível de que o elegendo irá se eternizar no poder e fará do eleito um fantoche, facilmente manipulado por ele.
Com isso, o país regride oitenta anos atrás, trazendo a mesma política de coronéis e fazedores de candidatos, ao bel prazer do poder, no momento, constituido.
Pensem bastante antes de votar, meus amigos!

2 comentários:

  1. Não Wilson, não tô chorando. Apenas lamentando o retrocesso político que está ocorrendo no país por força de uma vontade política de se manter no poder às custas dos principios democráticos que se vem tentando implantar neste país de merda.
    É tão merda que vai eleger o fantoche do governo. Que Deus nos perdoe. Amém.!

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