Uma matéria interessante na Folha de hoje. É sobre a Celma, empresa fundada em 1951 como fábrica de ventiladores. Cinco anos depois foi comprada pela Panair do Brasil e transformada em unidade de revisão e manutenção de turbinas de avião. Ganhou mercado e prestígio internacionais. Hoje é da GE. Recentemente vi um documentário sobre o Caso Panair. O filme mostra como a empresa foi abatida pela ditadura militar. A Panair não faliu. Seus aviões, da noite para o dia, foram poibidos de decolar. O objetivo era perseguir os controladores da empresa que não eram aliados dos golpistas. Com a frota no chão veio a crise. A Panair tinha linhas, jatos, rede de lojas internacionais e a Celma. Pois é: a Celma passou para a Força Aérea em 1965. Lojas, aviões, linhas foram parar na Varig, que muitos chamam de "nossa" Varig , minha nunca foi. A história que ainda não foi escrita é que a apropriação de uma empresa por motivos políticos não foi fato isolado. No Brasil pós-64, aliados dos golpistas usaram a política como arma para destruir concorrentes, ganhar mercados e garantir monopólios. Na mídia há vários exemplos, Do Correio da Manhã, passando pela Ultima Hora, TV Excelsior etc. Mas essa perseguição ideológica com objetivos de confisco econômico para beneficiar grupos privados que apoiaram a ditadura alcançou vźrias áreas, não apenas a mídia e a aviação. Bom tema para um pesquisador.
3 comentários:
Agora, o que aconteceu com a Panair aconteceu com a Varig. O governo não fez nada para manter a Varig no ar. Deixou a Empresa ir a Falência, favorecendo a Gol, que junto com a Tam, invadiram o espaço aéreo com seus aviões, particularmente Ponte Aérea – São Paulo-Rio – o doce de côco do transporte aéreo.
Mas, o resultado da besteira se fez logo presente com o caos na navegação de transporte aéreo.
O Comandante Rolim, o piloto que criou a TAM, era contra, visceralmente, a falência da Varig. Infelizmente morreu num acidente com helicóptero dirigido por ele.
O golpe militar de 64 acabou com a Panair, favorecendo a Varig.
O governo do Operário deixou a Varig ir à Falêcnia favorecendo a Gol.
Tudo isso é muito estranho.
A Varig faliu, vinha sendo favorecida pelos governos há muito tempo. Lula mais uma vez acertou ao não abrir hospital para empresa privada. O fim da Panair foi político, a empresa tinha saúde financeira e bens de sobra para garantir qualquer pendência. A ditadura cassou a licença de vôo da Panair. É inteiramente diferente. A Varig foi incompetência administrativa. Os militares a beneficiaram, sucessivos governos injetaram recursos públicos na empresa. Quando o mercado foi aberto, desregulamentado, a Varig surgiu como a empresa que cobrava passgem a preços mais altos. Fechada a torneira oficial, foi à falência. Pena que deixou trabalhadores desempregados e sem suas indenizações. Mas essa é outra história, a do país onde grandes empresas fazem o que querem, criam "laranjas! e ganhar tempo para cumprir suas obrigações trabalhistas, isso quando cumprem.
Será que ele sabia disso? Ele nunca sabe nada. Nunca sabe nada e nunca faz nada, Esse cara é o maior equivoco que pode acontecer no cenário político nacional, depois de Jânio Quadros e João Goulart.
Todo mundo sabe que ele é hoje manipulado por uma invençào de adido diplomático do Top top e um Diretor "progressista" do dep. de divulgaçào do Palácio do Planalto.
O candidato do governo vai vencer. Infelizmente. Mas por outro lado pode ser o estopim de uma virada de comportamento que poderá deixar o rei ficar nu.
Aliás, não será novidade se a criatura se virar contra o criador. O poder é tão imensso, que as pessoas despreparadas para exerce-lo não querem mais deixá-lo.
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