por Eli Halfoun
Por mais que se tente, é impossível tirar das ruas o batalhão de ambulantes que fazem uma nova realidade econômica do Brasil: estudo da Fundação Getulio Vargas feito em parceria com o Instituto Brasileiro de Ética Concorrencial revela que as atividades informais e ilegais somaram R$ 575 milhões em 2009, valor que representa 18,45 do PIB (Produto Interno Bruto). O estudo analisou atividades que vão desde os trabalhos dos camelôs, que vendem em sua maioria produtos piratas, até o tráfico de drogas. Os comerciantes ditos legais (será que não sonegam nada?) acham que a presença de um cada vez maior número de ambulantes nas ruas de todo o Brasil causa danos às empresas legais obrigadas a pagar mais tributos para “compensar os impostos sonegados pela informalidade." A realidade que impõe a presença de camelôs está, entre outras coisas, nos altos custos e na enorme burocracia que envolve a criação e manutenção de um estabelecimento comercial. Especialistas acreditam que o comércio informal acha que essa atividade é mais lucrativa e vantajosa, mas lembra que existem os riscos da fiscalização e que o comerciante que vive na informalidade não pode progredir e aumentar seu capital. Mesmo assim essa tem sido (a tendência é aumentar) a única alternativa de sobrevivência de um grande número de brasileiros que por falta de ofertas não consegue emprego para trabalhar legalmente. Acredita-se que muitos ambulantes optam pela informalidade como "uma maneira de escapar do pagamento de um exagerado número de impostos cobrados a quem se estabelece legalmente". Mas a verdade simples e absoluta é que só existem ambulantes porque não existem empregos. Portanto mais do que fazer contas em cima de impostos que deixam de ser recolhidos a solução óbvia é a criação de empregos. Do jeito que anda o mercado de trabalho não demora muito seremos todos ambulantes. Desempregados
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