por Eli Halfoun
Mesmo depois da recente vitória da seleção brasileira em um, digamos, ensaio para a Copa do Mundo continuam severas as críticas contra o que o se decidiu chamar de o "time do Dunga", como se o selecionado não representasse o país e, portanto, todos nós. Admito que o adversário era (é) fraquíssimo, mas convenhamos que não teria sentido expor o time contra um selecionado mais forte que exigiria jogadas mais ríspidas que poderiam provocar graves contusões às vésperas da estréia. Parece que torcer contra o Brasil é um prazer diria até mórbido de alguns brasileiros e isso não acontece apenas no futebol. Na política, principalmente, é comum perceber uma grande torcida contra o governo, o que não é outra coisa senão torcer contra o país – um país no qual o brasileiro nasceu e, portanto, é dele. Tudo bem que oposição é importante e fundamental para a democracia, mas torcer contra não significa fazer oposição. Oposição de verdade se faz propondo e discutindo soluções para o que ainda está errado. Oposição não é apenas buscar erros em tudo o que o governo faz. Nesse aspecto, Lula (ele tem, sim, cometido erros, mas também muitos acertos) tem sido vítima, especialmente através da internet, de uma cruel perseguição (a mesma que se comete com Dunga no futebol): todo dia tem dezenas de mensagens tentando ridicularizar o presidente e um trabalho que mesmo com muitos erros está dando certo, por mais que a oposição não queira enxergar. O brasileiro pessimista precisa aprender que assim como a seleção de futebol não é do Dunga, o país não é do Lula. É nosso e torcer contra o que é nosso não é em nenhum aspecto oposição. É burrice.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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3 comentários:
Só posso bater palmas para a sua afirmaçào quando diz que a Seleção não é do Dunga assim como o país não é do Lula. Essa tua frase deveria ser passada para os comentaristas de futebol, principalmente para os do jornal o Globo, que acham a Seleção ser do Dunga. Se fosse, pelo menos, deveriam respeitar a propriedade. Eles ainda não entenderam e não chegaram à sua brilhante conclusão.
Mas, acho que não vão chegar. São vaidosos e tapados demais para entender esse pequeno pormenor.
Futebol e política não se misturam.
Ontem o Pedro do Couto falou uma coisa interessante no debate do programa Haroldo de Andrade na Tupi:
"O Brasil ganhou em setenta e nem por isso o Governo Médici é tido como bom." E nem entrou na história com esta vitória do futebol.
A vaidade cega não é Barros?!
É isso aí, cara Eliane Furtado. Como ficar sob os holofotes da fama, quando um Dunga qualquer da vida chama pra ele toda a gloria da atenção de um povo?
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