por Gonça
Em 1966, Norma Bengell, Célia Biar, Esmeralda Barros, Célia Watanabe, Lilia Lemertz, Vera Barreto Leite, Ruth de Souza e Sonia Clara estavam nas telas dirigidas por Walther Hugo Khoury, Fernando de Barros e Roberto Santos. Era o filme "As Cariocas" em cartaz no Caruso, Rian, Azteca... naquele quase começo de verão que, como o tempo e salas aí citadas, já se foi.
Narrado em episódios, o filme era baseado no livro homônimo de Sergio Porto, o Stanislaw Ponte Preta. Quase 44 anos depois, o diretor Daniel Filho refaz a história, agora em forma de seriado que a TV Globo levará ao ar no segundo semestre. Talvez com um tempero um pouco menos carioca. Ou, pelo menos, o molho carioca da época. O elenco de "certinhas", uma instituição da época, foi substituido por um time de "celebridades" ou "famosas", termos que o Rio da segunda metade dos anos 60 não registra. Era um tempo em que não havia "área vip" nem "globais" andando com seguranças e assessores. Nos Zeppelin da vida, uma Iris Bruzzi ou uma Esmeralda Barros eram vizinhas de mesa e de papo do boêmio anônimo ao lado. Sem nostalgia, nem melhor, nem pior, só para marcar as diferenças. Na refilmagem de Daniel Filho, as paulistas Alinne Moraes, Angélica, Paola Oliveira e Alessandra Negrini e as paranaense Sônia Braga e Grazi Massafera, dividem a cena com as cariocas Deborah Secco, Adriana Esteves, Fernanda Torres e Cíntia Rosa. Diferenças à parte, já será um mérito trazer de volta a crônica e a crítica do genial Sérgio Porto. Mas é preocupante uma declaração do Daniel de que na adaptação pretende destacar um "olhar feminino". Coisa que o sobrinho da Tia Zulmira e o Primo Altamirando, criados na Boca do Mato, teriam dificuldade de entender. Eu, hein?
Veja um trecho do filme "As Cariocas", de 1966. É a cena do Simca Show na Vieira Souto. com Iris Bruzzi de "Rainha da Praia". Clique AQUI
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Um comentário:
Gonça, esses foram os melhores anos de nossas vidas. Apesar de nossa derrrota na Copa do Mundo, na Inglaterra, onde Pelé fpi espancado, surrado e tirado de campo depois de levar muita porrada dos portugueses, principalmente do Simão, meio campista da Seleção portuguesa. Perdemos o jogo.
Mas, éramos felizes e sabíamos que eramos.
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