por Eli Halfoun
Essa Copa do Mundo está servindo também como uma espécie de alerta para os jornalistas profissionais que, ao longo das carreiras, tornaram-se comentaristas esportivos. Não há um único comentarista-jornalista atuando nessa Copa. O falatório ficou nas bocas e não nos pés de ex-craques. Lá estão Falcão, Casagrande, Júnior, Edmundo, Neto (é o que fala com conhecimento de campo a linguagem do torcedor). Em matéria de ex-craques, temos uma verdadeira seleção de comentaristas. Nada contra que eles emitam suas opiniões (com as quais na maioria das vezes o torcedor não concorda) até porque conhecem o assunto, mas a tese de que ex-jogador é que sabe ver a partida não é lá muito convincente. Afinal, você não precisa ser chef de cozinha para saber se a comida está boa. Ex-jogador sabe sim de bola, mas nem sempre consegue se expressar de forma que o torcedor entenda. Está claro que a tendência é que ex-jogadores ocupem cada vez mais o espaço que pertencia a jornalistas. Tudo bem que ex-jogadores entrem no campo das palavras, mas nesse caso como é que ficam os jornalistas, os verdadeiros profissionais da área? Ainda bem que jornalista sabe escrever e ainda lhe resta a mídia impressa.
Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
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