Roberto Muggiatti - O Estado de S.Paulo
O Brasil tem três mosqueteiros terçando armas na arena do jazz internacional: Maurício Einhorn, gaita de boca; Raul de Souza, trombone; Cláudio Roditi, trompete. Vou perfilá-los - e me perfilar diante deles.
O grande som do pequeno brinquedo Sexta-feira, 30 de abril de 2010, Sala Cecília Meireles, Rio: Maurício Einhorn antecipa a festa dos seus 78 anos, (em 29 de maio), tocando com amigos. Em duas horas de show - com direito a gravação - resume 63 anos de carreira e 73 dedicados à gaita de boca: aos cinco anos ganhou a primeira dos pais, que também a tocavam. Brinquedo (parceria com José Schettini) celebra toda a beleza que Maurício extrai da harmônica de boca (prefere chamá-la assim). Um passeio pela praia dos standards mostra por que é citado entre os maiores do mundo, ao lado de Stevie Wonder e Toots Thielemans (Toots acha que Einhorn é o maior.) Autumn in New York é repetido para corrigir problemas do som (afinal, vai sair em CD!); I Concentrate on You e Night and Day homenageiam Cole Porter. Um solo de Maurício Einhorn é uma espécie de mosaico sonoro, inspirado em suas ricas fontes musicais: o jazz, o cancioneiro popular mundial, as raízes brasileiras, os clássicos ligeiros da Era do Rádio. (...)
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