terça-feira, 25 de maio de 2010

Combate às drogas não pode esquecer os mais velhos

por Eli Halfoun
Sempre que se fala em drogas, a associação imediata é com a juventude. São, sim, os jovens as maiores vítimas dessa maldição que deve ser combatida custe o que custar. A preocupação com os jovens e de certa maneira com o futuro (deles e nosso) não deve deixar de lado os mais velhos que também são contaminados por essa doença. A ausência de mídia no alerta aos mais velhos até se justifica porque eles são supostamente melhor informados, mais responsáveis e menos curiosos diante de tudo, inclusive das drogas. Não é bem assim: são muitos os casos de mais velhos envolvidos com todo o tipo de droga. Sei do caso de uma competente médica (cardiologista) que aos 50 anos perdeu tudo, inclusive e principalmente a dignidade. Drogada o dia inteiro está sem condições de trabalhar e de prestar ajuda para ela mesmo (essa ajuda é a mais importante). Fechou o consultório, perdeu seus imóveis e hoje vive pelas esquinas da vida, ou melhor, da morte, consumindo maconha, crack e outros venenos. Esse é apenas um exemplo a nos mostrar que quando se trata de combater a droga conscientizando os usuários do risco que enfrentam é preciso não esquecer dos mais velhos que também estão jogando a vida e, portanto, o futuro em uma lixeira qualquer. O futuro, por mais problemas que se possa ter só acaba com a morte. Infelizmente parece que é a morte o que os viciados buscam.

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