por JJcomunic
Você já percebeu que a mídia cada vez mais confunde notícia e marketing, jornalismo e negócios, assim como já confunde há muito tempo fatos e política. Sabe-se que a chamada isenção, nesses tópicos, foi visivelmente chutada pro espaço. Há vários e gritantes exemplos. Quer conferir? Tente ver no Jornal Nacional uma notícia sobre a Fórmula Indy. Desista. A Indy é da Band. A Globo não noticia. E ver na Band algo sobre a Fórmula 1. Impossível. A F-1 é da Globo. Não vale alegar que cada uma comprou direitos exclusivos das respectivas provas e, por isso, não estão disponíveis. Nada disso. É livre usar jornalisticamente as imagens, até um limite de tempo, para registrar os fatos. Essa autocensura marqueteira tem funcionado em maratonas, torneios, shows e quaisquer acontecimentos fortemente vinculados a um veículo. Sendo notícia ou não, um publica o outro ignora. Para citar um exemplo político: certas números de pesquisas eleitorais, embora apurados por dois institutos, mas com somatório que não combinavam com a "expectativa", foram recentemente omitidos por parte da mpidia conservadora. Totalmente. Diante da péssima repercussão, uma nova rodada acabou divulgada. Há duas semanas aconteceu, no Rio, o Senac Fashion Business, com desfiles de importantes grifes, que atraiu cariocas anônimos e famosos, e uma movimentada feira de negócios que trouxe para a cidade centenas de lojistas e exportadores. Um dos principais jornais da cidade, inexplicavelmente, desconsiderou a notícia (publicou apenas uma matéria paga pelos patrocinadores do evento ignorado). Essa semana começaram outros desfiles, com outros patrocinadores, outros promotores. Este, por algum motivo, ganha diariamente uma página no primeiro caderno do mesmo jornal. O que diferencia um evento do outro? Um é notícia e o do concorrente não? Nada disso. Um é business e outro não. Fique esperto. Não acredite em tudo o que lê. "Hay brujas" e há fortes interesses atrás de cada linha editorial.
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