por Eli Halfoun
Ainda tem quem diga que o público cansou de novelas e que a tendência do gênero é acabar. A exibição, na sexta-feira, dia 14, do último capítulo de “Viver a Vida” mostrou uma vez mais que, pelo menos na TV Globo, novelas são obrigatórias na programação e provou também que a divulgação antecipada do final na mídia não exerce a menor influência na audiência. Só deu “Viver a Vida” com 46.0 de audiência em São Paulo e 47.0 no Rio. A concorrente mais próxima foi a Record com 7.0 de audiência, deixando para o SBT apenas 3.0. Record e SBT até tentam investir em novelas de qualidade, mas tem sido um esforço em vão, embora benéfico para atores, atrizes, produtores, câmera e diretores que ganham um novo e necessário mercado de trabalho. Não adianta: novelas estão diretamente ligadas à TV Globo. É a como se uma fosse complemento da outra, o que infelizmente pode acaba fazendo com que as concorrentes desistam de produzir novelas (são produções muito caras) e deixem os folhetins apenas para a TV Globo que realmente é mestre no assunto. As concorrentes não conseguem para as suas novelas a audiência esperada simplesmente porque tentam seguir a cartilha da TV Globo. Record e SBT só terão sucesso em novelas com renovação (talvez menor número de capítulos, produções mais cinematográficas com cenas externas, histórias realmente baseadas na vida real, principalmente nos últimos acontecimentos do país). É difícil, muito difícil, mas não é impossível. Só é preciso tentar. Está provado que a “cartilha” da TV Globo só funciona na própria emissora e nesse caso só resta ter coragem e ousadia para pelo menos tentar renovar.
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