quarta-feira, 12 de outubro de 2022

Fotografia: há 65 anos, Sophia Loren e Jane Mansfield travaram na vida real a mais famosa "batalha dos seios" do cinema. Joe Shere fez a foto famosa.

 

A famosa foto de Joe Shere: Jane Mansfield e os seios que intrigaram Sophia Loren 

por José Esmeraldo Gonçalves 

Essa foto foi feita no restaurante Romanoff's, em Beverly Hills, na Califórnia, em 1957. 

Joe Shere, que durante a Segunda Guerra trabalhou como fotógrafo para o exército americano, registrou esse monumental encontro de seios. Ele costumava  retratava poses de astros e estrelas do cinema e, com menor frequência - para não perder clientes - fazia fotos do tipo paparazzi que vendia sob pseudônimo. Nesta imagem, Jane Mansfield, aos 24 anos, ostenta exatos 102 centímetros de peitos, bem mais do que os 90 centímetros de Sophia Loren, aos 23 anos. 

O olhar da bela atriz italiana permaneceu como um dos mistérios holywoodianos. Era de inveja? Admiração? Humilhação? Afinal, Sophia, até chegar à capital do cinema, orgulhava-se da sua formidável massa romana de busto. 

A presença de Jane Mansfield no restaurante é mais fácil de desvendar. Sophia chegava a Hollywood, território da Mansfield, e era recebida pela poderosa Paramuont. A loura teria ido ao coquetel em homenegem à italiana apenas para mostrar suas armas. Como se disesse: "você não é peito pra mim". 

Há alguns anos, ao responder à Entertainment Weekly sobre o motivo do olhar atravessado, Sophia Loren brincou que a expressão era de medo dos seios da Mansfield rolarem sobre a mesa, mas revelou que, embora muitos fãs pedissem, jamais autografou "l'immagine dei seni". "Não queria ter nada a ver com aquela foto", disse. 

Sohia Loren acaba de completar 88 anos, mora na Suíça. Jane Mansfield morreu em 1967, aos 34 anos, quando o Buick em que viajava bateu de frente em um caminhão. O fotógrafo Joe Shere faleceu em 2008, aos 91 anos. 

A sua foto ficou para a história.   


Hindenburg - Foto Sam Shere





ATUALIZAÇÃO EM 15/10/2022 - Roberto Muggiati 
ex-diretor da Manchete envia duas cenas do encontro 
Mansfield-Loren registrado por Joe Shere para a
Life Magazine. As imagens mostram que já na chegada à mesa
a loura intimida a italiana com os seus dois
"mísseis" imbatíveis. Sophia inicialmente sorri, mas logo
 demonstra preocupação com o par de seios a poucos
centímetros do seu rosto.



 
Em família

Vale um adendo. Em 1937, o fotógrafo Sam Shere, irmão de Joe Shere, fez uma foto ainda mais célebre do que a do irmão mais novo. É dele a imagem mais conhecida da queda do dirigível Hindenburg em Lakehurst, New Jersey, em 6 de maio de 1937, há 85 -anos.   

A voz de uma nordestina contra o fascismo bolsonarista

 


VEJA O VÍDEO AQUI


A mídia noticiou caso de apologia a Hitler em sala de aula. Sim, o gesto era usado para saudar o "führer". Ao noticiar o caso, alguns veículos protegeram a identidade da professora bolsonarista e chamaram o flagrante de "suposto" gesto nazista"

Imagem rerpoduzida do vídeo que mostra a professora Jose Biral prestando continência. Em seguida, 
de braço estendido e palma da mão aberta, ela faz a saudação nazista.


por José Esmeraldo Gonçalves

A professora Josete Biral foi flagrada em vídeo fazendo a saudação nazista em sala de aula, após bater continência. A mulher é bolsonarista e fazia campanha política na sua conta do  Instragram, que ela já fechou. 

Na Alemanha nazista, o gesto criado para saudar Hitler era acompanhado do brado retumbante "sieg heil" (que, como se sabe, significa "salve a vitória"). 

A professora, aliás, estampava - e contaminava - as cores do Brasil. 

Posicionamento mais explícito do seu alinhamento político só se vestisse a farda de Hitler e fosse eleita "musa da motociata". A professora foi demitida pelo Colégio Sagrada Família de Ponta Grossa (PR). Resta saber se o crime previsto nas leis brasileiras será punido. Geralmente tais surtos de apologia são minimizadas em alguma etapa policial ou jurída, infelizmente. 

Quem minimizou, à sua maneira, o episódio, foi parte da mídia conservadora. A Folha omitiu o nome da mulher e a classificou como "suspeita de fazer gesto nazista". O G1 omitiu a identidade da professora quando deu a notícia da demissão de Josete Biural. O Yahho disse que o gesto "seria" uma saudação nazista.  Correio Braziliense, Estado de Minas e O Globo nomearam corretamente a manifestação ideológica em sala de aula. A rádio CBN também cravou um "suposta saudação nazista". Os portais Terra e UOL dispensaram o "suposta". 

Reprodução Metrópoles


O portal Metrópoles deu a notícia da demissão da professora, mas ilustrou a nota com um frame do vídeo do momento em que ela presta continência, que não é saudação nazista, o que induz o leito a erro. Em uma segunda nota, contudo, mostra o braço estendido ew a palma da mão aberta com o qual os nazistas saudavam Hitler.  

O Instituto Brasil-Israel repudiou a "saudação nazista". O Ministério Público Estadual, do Paraná, anunciou que vai apurar o caso. 

Se não fosse o vídeo gravado provavelmete por um aluno, a manifestação nazista nem "suposta" seria e certamente cairia na vala comum de incidentes semelhantes e agira frequentes no Brasil. 

VEJA O VÍDEO AQUI

 

sábado, 8 de outubro de 2022

Vini Júnior caçado em campo no jogo Real Madrid x Getafe

 

Reprodução Twitter 

A fome subversiva

 

Reprodução Twitter 

Manchete, incubadora de imortais • por Roberto Muggiati

Redação da Manchete, 1972: Ruy Castro e Narceu de Almeida, repórteres da revista,
Foto Acervo Pessoal.

Mais um das nossas cores vai integrar os quadros da ABL. Com o ingresso de Ruy Castro na Academia Brasileira de Letras, a revista Manchete amplia a lista de seus redatores eleitos para a casa de Machado de Assis. Citando à vol d’oiseau, foram o romancista Josué Montello (1954), o teatrólogo e ensaísta R. Magalhães Jr (1956), o jornalista e educador Arnaldo Niskier (1984), o jornalista e poeta Ledo Ivo (1986), o jornalista e escritor Murilo Melo Filho (1999), o historiador e ensaísta Afonso Arinos Filho (1999), o jornalista e romancista Carlos Heitor Cony (2000), o jornalista e escritor Cícero Sandroni (2004).

Paulo Coelho inova: fardão
com espada de samurai.
Esqueci alguém? Sim, logo ele, o homem que mais vende livros no mundo, Paulo Coelho, eleito em 2002 na sucessão de Roberto Campos e recebido por Arnaldo Niskier. Mas o que tem o “mago” a ver com a Manchete

Pouca gente sabe, mas Paulo foi correspondente da revista em Londres no final dos anos 70. Editor da revista na época, lembro de poucas pautas suas: uma matéria sobre o Museu Sherlock Holmes na Baker Street, outra, tipo relatório oficial, sobre a despoluição do rio Tâmisa. Talvez já estivesse tramando as alquimias que fariam dele o autor da obra mais traduzida do mundo, segundo o Livro Guinness dos Recordes.

Tem também uma vinheta histórica envolvendo o radialista da Manchete Roberto Canazio. Funcionário da Academia Brasileira de Letras, ele aparece numa foto segurando a urna em que foram incinerados os votos por carta da polêmica eleição de 1975 em que o ex-presidente JK foi derrotado pelo obscuro escritor goiano Bernardo Elis.

Como saideira, gostaria de lembrar o envolvimento de Ruy Castro, repórter iniciante de Manchete, em 1967, com a posse de Guimarães Rosa na Academia Brasileira de Letras. A memória foi escrita por Ruy 50 anos depois para a Folha de S. Paulo e reproduzida no Panis. Leia a seguir.


SEXTA-FEIRA, 17 DE NOVEMBRO DE 2017

A entrevista que não houve

por Ruy Castro (para a Folha de São Paulo)


RIO DE JANEIRO - Por esses dias de novembro de 1967, há inacreditáveis 50 anos, eu estava telefonando para Guimarães Rosa em nome da revista "Manchete", pedindo uma entrevista.

Naquela semana, Rosa finalmente tomaria posse de sua cadeira na Academia Brasileira de Letras, para a qual fora eleito por unanimidade em 1963. Ainda não a assumira porque, médico e cardíaco, temia não sobreviver à cerimônia. Mas agora era a hora.

Nunca entendi por que Justino Martins, diretor da "Manchete", me confiou a tarefa. A revista estava cheia de repórteres experientes —dois deles os poetas Lêdo Ivo e Homero Homem, certamente amigos de Rosa. Eu tinha, se tanto, seis meses de profissão e acabara de chegar à "Manchete". Mas foi assim. Justino convocou-me à sua mesa, deu-me o número do telefone de Rosa e só me recomendou que chamasse o homem de embaixador —o que Rosa também era.

Naquele mesmo dia, telefonei. O próprio Rosa atendeu e, muito amável, se desculpou, alegando que estava escrevendo seu discurso de posse e não podia parar para dar entrevistas, mesmo que fosse para "Manchete". Eu insisti, "Mas, embaixador...". E ele, firme. Talvez tocado pela evidente juventude do repórter, sugeriu que eu telefonasse no dia seguinte —quem sabe já teria terminado o discurso. Fiz isto, mas, não, ele não havia terminado. Como consolação, disse que, se eu fosse à cerimônia, me daria uma cópia do texto.

Rosa tomou posse na quinta-feira, 16. Ao fim do discurso e sob a chuva de aplausos, saiu pelo salão apertando mãos, como se levitasse. Parecia encantado, não via ninguém –só a mim cumprimentou duas vezes, sem saber quem eu era. E o coração resistiu bem, não o traiu.

Deixou para traí-lo três dias depois, na noite de domingo, 19, no seu apartamento, em Copacabana.

E eu me esquecera de pedir-lhe o discurso.

quinta-feira, 6 de outubro de 2022

O golpe é retórica? Coronel afirma ao Fórum 21 que "cúpulas já estão no poder".




Entrevista à jornalista Leneide Duarte-Plon para o Fórum 21 (link abaixo)

O coronel da reserva Marcelo Pimentel tornou-se uma figura midiática por suas críticas à participação de membros das Forças Armadas na política, que ele designa como o « partido militar », fato que despertou nos brasileiros todos os fantasmas que povoam a História do Brasil. Voz militar dissidente, Pimentel nada contra a corrente também quanto ao golpismo do “partido militar”. 

 Em entrevista exclusiva, Marcelo Pimenta desconstrói o discurso golpista : « O "golpe", além de desnecessário (as cúpulas já estão no poder), é meramente retórico e tem a finalidade de manter a sociedade temerosa e em estado de "anomia", o que facilita o controle das percepções da opinião pública de acordo com os interesses daquelas cúpulas para seus projeto de poder hegemônico, como, por exemplo, aparecer no momento oportuno para « evitar » ou « impedir » o "golpe" do "capitão golpista". »

Na entrevista, ele admite que a Funai foi aparelhada pelos militares para servir à visão desenvolvimentista dos fardados.

 Pimentel pensa que o 'partido militar' em torno do presidente está isolado na instituição e que não oferecerá grandes problemas para um terceiro governo Lula.

 Fórum21: Mais de 2,3 mil militares ocupam postos no governo de forma irregular, aponta auditoria da CGU.  Segundo relatório, irregularidades vão da ocupação simultânea de cargos militares e civis ao recebimento de salários acima do teto. Exército e ministérios da Defesa e Economia dizem apurar os casos apontados pela controladoria. O Brasil se tornou uma república militar?

 Marcelo Pimentel: O Brasil, infelizmente, regrediu em vários aspectos institucionais e político-institucionais. A politização das Forças Armadas/dos militares e a militarização da política e da sociedade, processos dinamizados pela atuação quase partidária dos militares, ao estilo de um Partido Militar, demonstra muito bem essa regressão. A imagem das Forças Armadas – que era muito positiva até 2018 desde que se empreendeu o afastamento recíproco das FA e dos militares da política e de governos – vem sendo deteriorada pela ambição política de boa parte das cúpulas hierárquicas das Forças Armadas. Como um integrante dessas cúpulas, isso me contraria intelectualmente. Considero o fenômeno do protagonismo político das cúpulas hierárquicas das Forças Armadas, em sua atual versão, anacrônico, impróprio, indevido, insensato, anti-histórico e, às vezes, ilegal, como no caso de generais e coronéis que, contrariando a Lei 6.880/80 (o Estatuto dos Militares), usam designações hierárquicas em atividades político-partidárias e quando ocupam cargos civis (Art. 28, XVII e XVIII), o que demonstra, pela impunidade, a leniência das autoridades militares e civis e da própria sociedade, especialmente do jornalismo sempre tão atento em descumprimentos de normas por agentes públicos. Sim, pode-se dizer que este é um governo militar.

 Fórum21: Há quem diga que afastar as Forças Armadas do poder político seria preservá-las do papel vergonhoso a que estão sendo expostas. O que você pensa?

 Marcelo Pimentel:  Penso que o Brasil - sua sociedade civil - foi e continua muito leniente com o protagonismo político das cúpulas hierárquicas das Forças Armadas, que, num país de História como a nossa em que as Forças Armadas, por intermédio de suas lideranças, sequer reconhecem o Golpe de 64 e a Ditadura, é muito preocupante.

Fórum21:  Para que são formados os militares brasileiros hoje?

Marcelo Pimentel : Para lutar uma guerra e vencer batalhas. Infelizmente, como a palavra convence, e o exemplo arrasta, os militares brasileiros hoje estão se comportando como militantes políticos de acordo com a visão de mundo e a postura das atuais cúpulas hierárquicas das Forças Armadas. Isto é muito perigoso e precisa ser urgentemente diagnosticado pela sociedade civil para que seja reerguida a "muralha" que deve separar Forças Armadas e militares da luta política e de governos - quaisquer governos. Essa muralha é constituída de neutralidade política, imparcialidade ideológica, apartidarismo no sentido amplo, isenção funcional, profissionalismo essencial e estrita constitucionalidade, princípios que devem fundamentar palavra e ação das cúpulas hierárquicas das Forças Armadas das democracias liberais (sentido político).


LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO FÓRUM 21 AQUI

Mídia: Mortícia em modo Playmobil? É Cláudia Raia na capa da Bazar


Ninguém faz uma capa dessas por acaso. Deve haver uma mensagem subliminar inserida nesse desastre estético. Ou a revista deve ter sido movida pela vontade de fazer "diferente". Se não, é um equívoco que os envolvidos gostariam de esquecer. Impossível. Infelizmente a internet tem milhões de terabytes de memória. O apocalipse deletará o mundo como um conhecemos e, um dia, um viajante do futuro vai desenterrar um chip qualquer com essa imagem. Desde ontem, as redes sociais se divertem. Talvez seja essa a intenção subliminar. Divertir em tempos difíceis. Obrigado, Bazar.  

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Mídia: os teclados dos jornalistas da mídia neoliberal do Brasil não agregam à direita as letras u-l-t-r-a nem e-x-t-r-e-m-a

Os principais jornais da Europa e dos Estados Unidos classificam Bolsonaro e suas milícias como de extrema direita, de ultradireita ou de direita radical.

 Foram os termos usados para noticiar a eleição agora de muitos parlamentares da far right no Brasil. É, também, como a imprensa democrática rotula a "federação" representada por Hungria, Polônia, Itália, Brasil, a seita republicana liderada por Trump e os movimentos racistas franceses, alemães, austríacos, suecos, entre outros da Europa. 

O rótulo de fascista é cada vez mais associado internacionalmente a Bolsonaro. 

É curioso que, talvez por ter afinidade com princípios do governo atual nas áreas econômicas, financeiras, social -  parte desses veículos neoliberais também pregam ou toleram a contaminação do Estado pelo fundamentalismo religioso - e na prevalência das corporações sobre o cidadãos, os grupos de mídia brasileira têm certa ojeriza aos termos e não os relacionam com as facções bolsonaristas. 

Ou, quem sabe, os aplicativos de texto que usam, especialmente o corretor ortográfico, estão programados para  aceitar, no máximo, as palavras direita e centro- direita quando relacionadas comm o bolsonarismo organizado. 

A atriz Carolna Kasting atuou na novela Brida e não recebeu pagamento. Processo foi contra a Rede TV, que comprou as concessões da Rede Manchete. Em casos semelhantes, a dívida sobrou para a Massa Falida da Bloch Editores. Matéria é do repórter Gabriel Vaquer

 




(...)



LEIA A MATÉRIA COMPLETA NO UOL  NESTE LINK

sábado, 1 de outubro de 2022

Para ouvir antes do voto - O recado de Aldir Blanc na voz de Ellis Regina

Elis e Lula em 1979 no "Show de Maio.
Foto Acervo Elis Regina/Instagram


"Querelas do Brasil", de Aldir Blac e Maurício Tapajós, foi lançada em 1978. O Brasil vivia uma ditadura militar de braços dados com os podreS poderes da elite. A canção, um contraponto a "Aquarela do Brasil", de Ary Barroso, foi gravada naquele ano por Elis Regina. É um "SOS" ao Brasil e, ao mesmo tempo, uma exaltação à cultura brasileira. 

O Brasil tem a chance de, amanhã, mandar embora a quadrilha que esta matando o Brasil.




VEJA E OUÇA ELIS  AQUI



"QUERELA DO BRASIL"

(Aldir Blac e Maurício Tapajós)

 O Brazil não conhece o Brasil/ O Brasil nunca foi ao Brazil/ Tapir, jabuti

Liana, alamanda, ali, alaúde/ Piau, ururau, aki, ataúde/ Piá-carioca, porecramecrã

Jobim akarore, Jobim-açu/ Uô, uô, uô


Pererê, camará, tororó, olerê/ Piriri, ratatá, karatê, olará/ Pererê, camará, tororó, olerê

Piriri, ratatá, karatê, olará/ O Brazil não merece o Brasil/O Brazil tá matando o Brasil


Jereba, saci/ Caandrades, cunhãs, ariranha, aranha/ Sertões, Guimarães, bachianas, águas/ Imarionaíma, ariraribóia/ Na aura das mãos de Jobim-açu

Uô, uô, uô/ Jererê, sarará, cururu, olerê/ Blá-blá-blá, bafafá, sururu, olará/ Jererê, sarará, cururu, olerê/ Blá-blá-blá, bafafá, sururu, olará


Do Brasil, SOS ao Brasil/ Do Brasil, SOS ao Brasil

Do Brasil, SOS ao Brasil/ Tinhorão, urutu, sucuri

Ujobim, sabiá, bem-te-vi/ Cabuçu, Cordovil, Cachambi, olerê

Madureira, Olaria e Bangu, olará/ Cascadura, Água Santa, Acari, olerê

Ipanema e Nova Iguaçu, olará/ Do Brasil, SOS ao Brasil/Do Brasil, SOS ao Brasil


Em Salvador: o Senhor do Bonfim declara voto a Lula

 


sexta-feira, 30 de setembro de 2022

Kelmon Eventos ameaça - "Trago Bolsonaro de volta em três dias"

 




Cantanhede minimiza ditadura


 

O conto dos vigários - "Padre" Kelmon ou padre Peyton reencarnado?

Bolsonaro e "padre" Kelmon, em 2022. Reprodução Tv Globo

 
Ademar de Barros e o padre Peyton,
da CIA, em 1963.

Essa é para os mais antigos, quero dizer, mais sábios. O falso padre Kelmon, o esmegma político do Bolsonaro no último debate dos candidatos a presidente, não foi a primeiro a personificar um conto de vigário na política brasileira. 

Um pouco antes de 1964, as senhoras católicas brasileiras foram acometidas de súbita umidade ao rezar o rosário com o padre Peyton. O "religioso" era, na verdade, um emissário da CIA que percorreu a América do Sul ajudando a combater a ameaça comunista. Era convidado para saraus com damas do society no escurinho a luz de velas de Copacabana. Os maridos confiavam plenamente na fidelidade do rosário do padre Peyton, que arrastava multidões conservadoras no Brasil para intermináveis orações. Dizem que o general Castelo Branco em momento de êxtase se ajoelhou diante do padre, cuja área de atuação, antes de ser recrutado pela CIA, era na Hollywood de estrelas e becos frequentados por rapazes a fim de subir na vida. Padre Peyton foi escalado para vir ao Brasil como parte da preparação do golpe militar de 1964. 

As eleições presidenciais brasileiras deste 2022 expeliram o "padre" Kelmon. Cada tempo tem o seu reverendo. Dizem que Kelmon é " linha auxiliar" de Bolsonaro, uma  espécie de Rasputin integrado ao clã presidencial.

Padre Payton veio ao Brasil em 1963, há quase 6O anos. Será o padre Kelmon uma reencarnação do Peyton?

Coincidência? 

Não. 

Coincidências não existem.

Ele está de volta (o Horário de Verão...)

 

Horário de Verão volta em 2023. Foto Ag.Brasil

“O samba, a prontidão/E outras bossas,/São nossas coisas,/São coisas nossas!”

São coisas nossas, Noel Rosa, 1932

Depois de três temporadas de suspensão, o governo anuncia a retomada, em 2023, do Horário de Verão, aquela saudável prática que o Brasil vinha adotando desde 1985 para minimizar a crise hídrica. Foi apenas uma de nossas coisas boas canceladas ou ameaçadas pelo Feoapá (Festival de Ódio que Assola o País) durante a pandemia negacionista que tantos danos e sofrimento causou à sociedade brasileira nestes últimos quatro anos.

Na urgência da hora, Panis Cum Ovum faz um breve inventário de nossa pauta de virtudes violentada recentemente: 

Foto AGBr

• A diplomacia exemplar do Itamaraty inspirada no Barão do Rio Branco.


Ibama funcionando em 2014. Foto Vinicius Mendonça/Ibama

• O trabalho sério do Ibama na defesa da fauna e da flora e a consciência ambientalista do povo brasileiro.


Vacinação contra polio, 2012. Foto José Cruz/AG.Brasil

• A eficácia do sistema vacinal alcançada através da luta de Oswaldo Cruz contra o obscurantismo e que se tornou um exemplo para o mundo.

• A Funai na proteção aos povos nativos e a atuação de indigenistas como os irmãos Villas-Boas, o médico Noel Nutels e o antropólogo Darcy Ribeiro. Sem esquecer Chico Mendes, o mártir, e Raoni, nosso candidato ao Nobel da Paz.

• As bases educacionais, mundialmente reconhecidas, lançadas por Anísio Teixeira, Paulo Freyre e Darcy Ribeiro.

• Na área da saúde mental, a terapia pela arte desenvolvida pela Dra. Nise da Silveira.


Incendio da Cinemateca Brasileira, 2021. Foto: Reprodução Ag.Senado

• A cultura – tão degradada nos últimos tempos – que deu ao mundo Portinari e Tarsila do Amaral, Villa-Lobos e Tom Jobim, Nélson Pereira dos Santos e Glauber Rocha, Machado de Assis e Guimarães Rosa, Bandeira e Drummond. 

• O esporte: destaque para o futebol, com participação em todas as Copas do Mundo e o pentacampeonato; heróis do atletismo como Adhemar Ferreira dos Santos e João do Pulo; astros do tênis como Gustavo Kuerten e Maria Ester Bueno; campeões da Fórmula-1 como Emerson Fittipaldi e Ayrton Senna; as conquistas do vôlei de quadra e de praia, masculino e feminino; mais recentemente, os fenômenos das meninas da ginástica e do skate, dos rapazes do surfe e a explosão do imbatível Isaquias na canoagem.

• A luta pela tolerância étnica, religiosa e de costumes no país da miscigenação racial, à luz do pensamento de historiadores e sociólogos do porte de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Paulo Prado.


• A eficiência, presteza e transparência das urnas eletrônicas, que há 26 anos fizeram do Brasil o protagonista da maior eleição informatizada do mundo e vêm garantindo o pleno exercício do voto democrático no país. 


O monograma do Rei Charles III e o logotipo do Flamengo

 


O Palácio de Buckingham apresentou o monograma oficial do rei Charles III, mas esqueceu...

...
de conferir no Google o logotipo do Flamengo. Ou há um flamenguista infiltrado
na sala de design da famíila real ou ou o time carioca poderá reclamar contra o plágio.
Reproduções






Recado dos Beatles: Jair in Hell with Diamonds

 

Reprodução Twitter

Manifesto apresenta 13 argumentos sociais e econômicos para não reeleger Bolsonaro

Membros do Comando Nacional das Bancárias e Bancários divulgam na reta final da campanha manifesto com 13 motivos para não reeleger Bolsonaro. (*) 

Leia a íntegra do manifesto:

"As militantes e os militantes membros do Comando Nacional dos Bancários e Bancárias, em consonância com debates realizados pelos trabalhadores do setor, vêm dialogar com a categoria sobre as eleições de 2022 e suas consequências para o Brasil.

Trata-se da eleição mais importante de nossas vidas, na qual os fundamentos de cidadania e de democracia estão no centro do debate. Esta eleição será definida entre Lula e Bolsonaro, que propõem projetos completamente distintos.

O governo do atual presidente promove ataques continuados aos direitos dos trabalhadores, ao patrimônio público, às instituições e à soberania nacional, com claro viés antidemocrático.

Por isso, apresentamos, a seguir, motivos que justificam a mudança na condução do país, com 13 pontos que simbolizam as mazelas do governo Bolsonaro e, com isso, manifestamos nosso posicionamento em apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva para presidente da República.

Também ressaltamos a importância da eleição de parlamentares para a Câmara dos Deputados, ao Senado e às Assembleias Legislativas comprometidos com a democracia e que defendam a pauta da classe trabalhadora.


13 Motivos para não reeleger Bolsonaro:

1.        A não correção da tabela do Imposto de Renda, que, no governo Bolsonaro, acumula defasagem de 24,49%, corroendo substancialmente os ganhos e tirando 47 bilhões do bolso dos trabalhadores;


2.        A privatização de 36% das estatais controladas pela União, algumas em setores estratégicos, como a Eletrobrás e subsidiárias da Petrobras;


3.        O descaso na gestão da pandemia, com uma política genocida que causou 685 mil mortes, 10,5% do total de vítimas da covid 19 em todo o mundo;


4.        A cesta básica aumentou 71% e, desde o início do governo Bolsonaro, seu valor passou de R$ 439,20 para R$ 749,78;


5.        Em 2022, apenas 16,8% das negociações salariais no Brasil obtiveram reajuste acima da inflação;


6.        O preço da gasolina encareceu 32%, o óleo diesel subiu 117% e o gás de cozinha ficou 60,7% mais caro;


7.        O aumento do desemprego, que chega a quase 10 milhões de pessoas, do subemprego e da informalidade, além de diversas medidas provisórias para a retirada de direitos dos trabalhadores;


8.        A inflação voltou a ultrapassar dois dígitos, ficando por vários meses acima de 10%;


9.        O salário mínimo com menor valor real e o rendimento médio dos trabalhadores com queda de 14% desde o início do governo Bolsonaro;


10.      O endividamento atinge 79% das famílias, e 29,6% delas estão inadimplentes;


11.      São 33,1 milhões de pessoas no Brasil que não têm o que comer e 58,7% da população que convivem com insegurança alimentar – leve, moderada ou grave (fome);


12.      O número de famílias em situação de extrema pobreza, com renda per capita mensal de R$ 105, chegou a 17,5 milhões em 2022, um salto de 11,8%;


13.      Aumento de 20% no desmatamento da Amazônia no último ano: mais de 13 mil km², o maior já registrado desde 2006; o Pantanal foi o bioma que mais sofreu com as queimadas, com registro de 22.119 focos, crescimento de 120% em 2022.

A candidatura de Lula à Presidência da República representa o compromisso com os mais pobres, a erradicação da fome, a defesa da democracia, a geração de emprego, a prioridade na atenção à saúde, a correção da tabela do Imposto de Renda, igualdade e desenvolvimento regional, a preservação ambiental, a soberania nacional, a defesa das empresas públicas e estatais, o combate à violência contra as mulheres, o respeito à diversidade, mais investimentos em educação, cultura, ciência e tecnologia, entre tantos outros temas.

Por isso, conclamamos que todas e todos se envolvam nesta reta final da campanha, dialogando com colegas de trabalho, familiares e todas e todos que estão dispostos a fazer do Brasil um país justo e democrático.


Membros do Comando Nacional dos Bancários.


(*) Fonte: Sindicato dos Empregado em Estabelecimentos Bancários e Financiários do Município do Rio de Janeiro.  

Mídia - Se os debates vão continuar assim, é melhor o Porta dos Fundos passar a organizá-los

Os debates presidenciais pouca ajudaram o eleitor a decidir seu voto. Perderam o sentido jornalísticoe assumiram um formato inútil de um tosco reality show.  As regras mal feitas (e aí a culpa é mais das assessorias dos candidatos do que das emissoras) permitem a formação de consórcios de candidatos contra um deles .No debate do Band as regras permitiram que Lula fosse pouco acionado pelos outros candidatos para responder a perguntas. Como resultado, foi o candidato que teve menos oportunidade para falar. No debate da Globo, sobrou tempo para confronto e faltou para discussão de propostas. O pior foi a presença imposta pela legislação de um candidato "laranja", o falso padre que atuou como "aviao" para o tráfico de perguntas de Bolsonaro.

As redes de TV precisam decidir se fazem dos debates um programa informativo e jornalístico ou se deixam como estão:  uma ridícula disputa ginasiana digna de Sicupira, sem o mérito de um roteiro escrito pelo genial Dias Gomes.

Uma solução é parar de discutir as regras do debate com os comitês de campanha dos presidenciáveis. Outra seria dividir os debates por temas. Emprego, saúde, educação, meio ambiente, energia, infraestrutura, segurança, indústria, novas tecnologias, transporte urbano, casa própria, agricultura, saneamento etc.

Cada candidato teria um tempo para falar dos seu programas de governo para as áreas referidas. Poderá optar por não falar, mas, se aceitar, não será permitido que discorra sobre outro assunto que não o tema proposto. Se o assunto for inflação e o sujeito preferir fala do kit gay, do jejum obrigatório ou de armas para as milícias terá o microfone desligado. Poderá haver um bloco livre para denúncias, críticas aos programas, casos de corrupção próprios ou de aliados, por exemplo.   O número de participantes é outro problema, mas aí cabe à legislação eleitoral criar critérios mais racionais ou pelo menos permitir que dois do blocos reunam apenas ou dois ou três com melhor colocação nas pesquisas.

O fato é que o formato atual é ruim, pode agradar aos marqueteiros e aos comentaristas políticos que gastam horas para "analisar" a mediocridade, mas, para os eleitores, é inútil e nem para entretenimento serve. O Porta dos Fundos faria melhor. 


domingo, 25 de setembro de 2022

Sou italiano graças ao Senegal • Por Roberto Muggiati

 

Cartão enviado de Dacar, por Diogo Muggiati, em 1911

O Senegal em sua segunda participação numa Copa (se seguir em frente poderá enfrentar o Brasil nas quartas de final) me levou a divagar sobre minha relação com aquele país do oeste africano. Entre velhos papeis da família que dormiam no fundo de uma gaveta, tive um dia minha atenção chamada para um pequeno cartão postal enviado de Dacar por meu avô paterno para minha avó em Curitiba. 

Resumo a história de sua breve vida: com pai mãe, irmão mais velho e duas irmãs deixou a Itália aos doze anos, em 1889, e veio participar do sonho da Colônia Cecília, uma comunidade anarquista que se instalaria nos campos de Palmeira, a cem quilômetros de Curitiba. O sonho virou pesadelo quando o pai morreu de febre amarela ao chegar em Paranaguá. A viúva subiu para Curitiba e, sem meios para criar as crianças, as destinou a famílias locais em cujas casas teriam cama e comida, é claro, ajudando como serviçais, cumprindo pequenas tarefas., Maria Quaroni Muggiati, com os ganhos do trabalho de costureira logo, resgatou os dois filhos e as duas filhas. Os meninos, começando como sapateiros acabaram em pouco tempo donos de uma próspera indústria de calçados.

Meu avô casou com uma italiana nascida já no Brasil e teve cinco filhos, quatro homens e uma mulher. Pouco depois de completar 34 anos, uma doença pulmonar o levou a procurar cura na Itália. O cartão enviado de Dacar em 3 de agosto de 1911 – cuja imagem destaca um embarque de tropas sei lá de que guerra, o Senegal seria colônia francesa até 1960 – descreve as vicissitudes por que passava meu avô Diogo:

 “Acho-me na metade da viagem, pior do que imigrante, devido ao grande número de passageiros que somos não me foi possível passar para a 2ª nem 1ª classe por não haver lugar, minha saúde sempre o mesmo, não tive nenhuma melhora, paz.”

Um mês depois, em 3 de setembro, meu avô morria num hospital de Pavia. 0itenta anos depois, inspirado nessa informação, dei início ao processo de aquisição da cidadania. O consulado italiano no Rio redigiu uma carta em para a prefeitura de Pavia requisitando o atestado de óbito. Através desse documento ficamos sabendo que tinha nascido em Stradella. A certidão de nascimento o dava como Pietro Giuseppe Diego Muggiati, o escriba da imigração, que não gostava de nomes compridos, o reduziu a Diogo Muggiati. 




Juntando toda essa papelada e vertendo os documentos brasileiros para o italiano por um tradutor juramentado, ganhei o passaporte italiano, extensivo a minha mulher e meus dois filhos. Morando no exterior (ele há 14 anos, ela há seis anos), recebem o tratamento condigno de cidadãos da comunidade europeia, que jamais receberiam como brasileiros.

• Em outubro de 1960, a caminho de uma bolsa de estudos em Paris, na escala do voo São Paulo-Lisboa eu teria no aeroporto de Dacar o meu gostinho do Senegal – ou pior, meu cheirinho, o bodum descomunal de um punhado de burocratas soviéticos com ternos grossos, pulôveres, camisas, camisetas e ceroulas, vendendo seu peixe em longas viagens ao redor do mundo.

• Em Paris, estudando no Centre de Formation des Journalistes, ao voltar certas noites para a Cité Universitaire, comia algo no bistrô La Petite Source, no Carrefour de l’Odéon, muitas vezes na companhia do colega Cissé, do Senegal, que me assediava sedento de notícias do Brasil. Quando nos conhecemos olhou para mim como se eu fosse um ser extraterreno e me perguntou, solene:

– Monsieur Muggiatí, est-ce que tu connais vraiment le Roi Pelé?

Na sua visão, Sua Majestade Edson Arantes do Nascimento reinava supremo sobre um vasto império tropical cheio de súditos felizes. Curiosamente, eu acabara de assistir em 13 de junho, no Parc des Princes, à fabulosa vitória do Santos de Pelé sobre o Racing por 5x4 no Torneio de Paris, diante de de 40 mil pessoas extasiadas. 

Outra das fantasias do bom Cissé eram as brasileiras:

– Ah, les femmes brésiliennes... Ce que je ferais pour les connaître!

• Dezoito anos depois, em outra escala no aeroporto de Dacar, no voo Rio-Genebra a caminho do Festival de Jazz de Montreux, com Hermeto Pascoal e sua banda, conversei com o saxofonista Nivaldo Ornelas que, ao saber que eu era da Manchete, me inquiriu exaustivamente sobre seu conterrâneo Argemiro Ferreira, que trabalhava na revista, contrariando a frase famosa que Nelson Rodrigues atribuía a Otto Lara Resende: “O mineiro só é solidário no câncer.”

• Em tempo: um dos senegaleses mais célebres foi Léopold Sédar Senghor, seu primeiro Presidente da República, criador – com o martiniquense Aimé Cesaire – da palavra e do conceito da negritude.



sexta-feira, 23 de setembro de 2022

Lula não está em jogo. A democracia está



por José Esmeraldo Gonçalves

Lembro desse dia: 27 de outubro de 2002.  Votamos em Lula, eu e Jussara, cheios de esperança, após votar, fomos desafiar a Lei Seca no Quase Nove, o quiosque do Magno, em Ipanema. Na noite do domingo, quando saiu o resultado, a comemoração virou a noite. 

A bandeira que aparece na foto emoldurada é a mesma que, hoje, ilustra, estendida, a imagem. 

Na época, depois de muita luta, Lula chegou à Presidência e derrotou o PSDB. Foi uma vitória importantíssima. 

Digo às novas gerações que a democracia não estava em risco então. 

Vinte anos depois, a mesma bandeira aí está.  Lula foi responsável por grandes avanços sociais e econômicos. Há críticas a fazer ao PT? Sim. Mas não aquelas que a mídia conservadora propagou. Moro, por exemplo, foi fraude como ele mesmo demonstrou.  Dilma foi vítima de golpe, até as tão famosas "pedaladas" eram pretexto e ficção conspiratória como a justiça acaba de desmoralizar.

E isso basta aos honestos. 

Hoje estamos diante de um momento crucial. Lula e o PT não estão em jogo. A democracia está. 

O Brasil não suportará mais quatro anos de uma gangue fascista no poder. Não sobreviverá como se o país fosse propriedade imobiliária da família Bolsonaro, das milícias, dos usuários dos orçamentos secretos, da ameaça neopentecostal que quer transformar o país em pasto de "ovelhas" raivosas e que patrocinam leis que interferem na liberdade dos demais cidadãos. 

O que o Brasil vai decidir  nas urnas é sobre a vida, não sobre a morte. Sobre a paz, não sobre armas. 

Pergunto: você, eleitor democrático, acha que alguém mais, se não Lula, mandaria Bolsonaro para o aterro sanitário? 

Não. 

Por isso valeu a pena guardar essa bandeira.

quinta-feira, 22 de setembro de 2022

ACM Neto vai pro Afoxé Filhos de Ghandi

 


Al Jolson

Sérgio Cardoso

A polêmica da vez na política é quase inacreditável. ACM Neto, candidato ao governo da Bahia se declarou pardo à Justiça Eleitoral. Como foi acusado de usar o recurso para se aproximar do eleitorado negro do estado, o político fez bronzeamento artificial para afirmar a negritude. 

É a primeira vez que esse artifício é usado na política, mas o cinema e a TV já recorreram ao make up racial hoje justamente condenado. Em 1927, o ator Al Jolson se pintou de preto para interpretar um negro no filme O Cantor de Jazz. No Brasil, em 1969, o ator Sérgio Cardoso fez o mesmo para protagonizar a novela A Cabana do Pai Tomás. 

ACM Neto lidera com folga as pesquisas na Bahia, mas, pelo jeito, os eleitores não aprovaram a simulação racial: ele anda perdendo pontos. Assim, não é possível saber dos seus próximos passos, se vai entrar para o Afoxé, ou se gravará um clipe cantando a música de Caetano Veloso.

Atualização em 23/9/2022 - Em declaração à imprensa, hoje, ACM Neto nega ter feito bronzeamento artificial. 

Clique para ouvir "Eu sou neguinha" 

https://g.co/kgs/tUjdwa

quarta-feira, 21 de setembro de 2022

Vira Voto ! Chegou a Hora !Tweet de Chico Alencar 5️⃣0️⃣5️⃣0️⃣ (@chico_psol)








Chico Alencar 5️⃣0️⃣5️⃣0️⃣ (@chico_psol) Tweetou para 8:45 AM on qua., set. 21, 2022:
Livros sim, armas não. Arminha virando L e o voto virando pro #LulaNo1oturno.

Veja o vídeo, ouça a música no link