quarta-feira, 12 de outubro de 2022

A mídia noticiou caso de apologia a Hitler em sala de aula. Sim, o gesto era usado para saudar o "führer". Ao noticiar o caso, alguns veículos protegeram a identidade da professora bolsonarista e chamaram o flagrante de "suposto" gesto nazista"

Imagem rerpoduzida do vídeo que mostra a professora Jose Biral prestando continência. Em seguida, 
de braço estendido e palma da mão aberta, ela faz a saudação nazista.


por José Esmeraldo Gonçalves

A professora Josete Biral foi flagrada em vídeo fazendo a saudação nazista em sala de aula, após bater continência. A mulher é bolsonarista e fazia campanha política na sua conta do  Instragram, que ela já fechou. 

Na Alemanha nazista, o gesto criado para saudar Hitler era acompanhado do brado retumbante "sieg heil" (que, como se sabe, significa "salve a vitória"). 

A professora, aliás, estampava - e contaminava - as cores do Brasil. 

Posicionamento mais explícito do seu alinhamento político só se vestisse a farda de Hitler e fosse eleita "musa da motociata". A professora foi demitida pelo Colégio Sagrada Família de Ponta Grossa (PR). Resta saber se o crime previsto nas leis brasileiras será punido. Geralmente tais surtos de apologia são minimizadas em alguma etapa policial ou jurída, infelizmente. 

Quem minimizou, à sua maneira, o episódio, foi parte da mídia conservadora. A Folha omitiu o nome da mulher e a classificou como "suspeita de fazer gesto nazista". O G1 omitiu a identidade da professora quando deu a notícia da demissão de Josete Biural. O Yahho disse que o gesto "seria" uma saudação nazista.  Correio Braziliense, Estado de Minas e O Globo nomearam corretamente a manifestação ideológica em sala de aula. A rádio CBN também cravou um "suposta saudação nazista". Os portais Terra e UOL dispensaram o "suposta". 

Reprodução Metrópoles


O portal Metrópoles deu a notícia da demissão da professora, mas ilustrou a nota com um frame do vídeo do momento em que ela presta continência, que não é saudação nazista, o que induz o leito a erro. Em uma segunda nota, contudo, mostra o braço estendido ew a palma da mão aberta com o qual os nazistas saudavam Hitler.  

O Instituto Brasil-Israel repudiou a "saudação nazista". O Ministério Público Estadual, do Paraná, anunciou que vai apurar o caso. 

Se não fosse o vídeo gravado provavelmete por um aluno, a manifestação nazista nem "suposta" seria e certamente cairia na vala comum de incidentes semelhantes e agira frequentes no Brasil. 

VEJA O VÍDEO AQUI

 

2 comentários:

J.A.Barros disse...

Não podemos esquecer, que a América Latina, tinha uma certa simpatia pela ordem política alemã. Na Argentina, até o seu exército seguia os padrões alemães e Péron não escondia seu entusiasmo pela Alemanha de Hitler. Com o fim da guerra, muitos oficiais nazistas e muitos da fanática SS, como o Oto Isquernazi, milItar "comando "- que numa tática ousada liberou Mussolini, do Mosteiro no alto de uma montanha onde se achava preso - foi se refugiar na Argentina, sob as asas protetoras de Peron. No brasil tivemos o Integralismo, liderado pelo seu chefe ideológico, Plínio Salgado, que conseguiu montar uma estrutura militar e seus comandados desfilavam nas ruas do Rio de Janeiro, fardados e foram reconhecidos pelas camisas verdes que usavam. O seu logo era: " Deus, Pátria e Família". Aliás, esse slogan, me parece que foi ressuscitado ultimamente por políticos conservadores da direita.

Norões disse...

Cadeia para essa nazista e preconceituosa. Pessoas como essa odeia a democracia.