Imagem rerpoduzida do vídeo que mostra a professora Jose Biral prestando continência. Em seguida, de braço estendido e palma da mão aberta, ela faz a saudação nazista. |
por José Esmeraldo Gonçalves
A professora Josete Biral foi flagrada em vídeo fazendo a saudação nazista em sala de aula, após bater continência. A mulher é bolsonarista e fazia campanha política na sua conta do Instragram, que ela já fechou.
Na Alemanha nazista, o gesto criado para saudar Hitler era acompanhado do brado retumbante "sieg heil" (que, como se sabe, significa "salve a vitória").
A professora, aliás, estampava - e contaminava - as cores do Brasil.
Posicionamento mais explícito do seu alinhamento político só se vestisse a farda de Hitler e fosse eleita "musa da motociata". A professora foi demitida pelo Colégio Sagrada Família de Ponta Grossa (PR). Resta saber se o crime previsto nas leis brasileiras será punido. Geralmente tais surtos de apologia são minimizadas em alguma etapa policial ou jurída, infelizmente.
Quem minimizou, à sua maneira, o episódio, foi parte da mídia conservadora. A Folha omitiu o nome da mulher e a classificou como "suspeita de fazer gesto nazista". O G1 omitiu a identidade da professora quando deu a notícia da demissão de Josete Biural. O Yahho disse que o gesto "seria" uma saudação nazista. Correio Braziliense, Estado de Minas e O Globo nomearam corretamente a manifestação ideológica em sala de aula. A rádio CBN também cravou um "suposta saudação nazista". Os portais Terra e UOL dispensaram o "suposta".
Reprodução Metrópoles |
O portal Metrópoles deu a notícia da demissão da professora, mas ilustrou a nota com um frame do vídeo do momento em que ela presta continência, que não é saudação nazista, o que induz o leito a erro. Em uma segunda nota, contudo, mostra o braço estendido ew a palma da mão aberta com o qual os nazistas saudavam Hitler.
O Instituto Brasil-Israel repudiou a "saudação nazista". O Ministério Público Estadual, do Paraná, anunciou que vai apurar o caso.
Se não fosse o vídeo gravado provavelmete por um aluno, a manifestação nazista nem "suposta" seria e certamente cairia na vala comum de incidentes semelhantes e agira frequentes no Brasil.
VEJA O VÍDEO AQUI
2 comentários:
Não podemos esquecer, que a América Latina, tinha uma certa simpatia pela ordem política alemã. Na Argentina, até o seu exército seguia os padrões alemães e Péron não escondia seu entusiasmo pela Alemanha de Hitler. Com o fim da guerra, muitos oficiais nazistas e muitos da fanática SS, como o Oto Isquernazi, milItar "comando "- que numa tática ousada liberou Mussolini, do Mosteiro no alto de uma montanha onde se achava preso - foi se refugiar na Argentina, sob as asas protetoras de Peron. No brasil tivemos o Integralismo, liderado pelo seu chefe ideológico, Plínio Salgado, que conseguiu montar uma estrutura militar e seus comandados desfilavam nas ruas do Rio de Janeiro, fardados e foram reconhecidos pelas camisas verdes que usavam. O seu logo era: " Deus, Pátria e Família". Aliás, esse slogan, me parece que foi ressuscitado ultimamente por políticos conservadores da direita.
Cadeia para essa nazista e preconceituosa. Pessoas como essa odeia a democracia.
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