quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Mão boba: ex-presidente assediou atriz...


Reprodução Mail on Line

por Ed Sá 

George HW Bush, 93, tinha 89 anos quando posou em Houston, Texas, para a foto acima publicada no Mail.

Aparentemente, tudo normal, um ex-presidente, ao lado da sua mulher, Barbara Bush, recebe um equipe de televisão, entre as quais a atriz Heather Lind então com 30 anos.

O detalhe oculto na imagem só foi revelado agora. Sentado na cadeira de rodas, Bush pai tem a mão esquerda livre para explorar certas latitudes curvilíneas do corpo da atriz. Enquanto todos sorriem para a câmera, inclusive a atriz que naquele momento era bolinada, o anfitrião concede apenas um meio sorriso já que estava concentrado em atividade que lhe pareceu prioritária.

Em meio à atual onda de denúncias de assédio sexual envolvendo figuras famosas, Heather Lind revelou no Instagram - e achou melhor apagar depois - a apalpada presidencial.

Diante da repercussão, Bush pediu desculpas e disse que em sua "tentativa de humor" não quis ofender a atriz.

Esse tipo de investida do ex-presidente já seria conhecido do seu staff. Um dos seguranças percebeu as evoluções da mão boba do chefe e comentou que a atriz não deveria ter ficado ao lado do ex-presidente. Certamente ali não era uma zona de segurança.

A polêmica do papel higiênico preto



A campanha do papel higiênico preto gerou polêmica por que usou a frase "Black is beautiful" e internautas viram nisso um conotação racista. A frase é derivada de uma importante etapa do movimento nos anos 60 e 70.
A marca de desculpou, a protagonista da campanha, Marina Ruy Barbosa, idem, mas o assunto rendeu memes como essa na internet a partir de outras e criativas interpretações do novo papel.

Memória da publicidade: no tempo em que o empoderamento feminino ainda não rodava por aí...


terça-feira, 24 de outubro de 2017

Censura em revistas masculinas inspira livro de arte







Reproduções do livro "Censored", da RVB Books. Divulgação

por Jean-Paul Lagarride

Nos anos 1960 e 1970, havia países que toleravam revistas masculinas desde que fossem impressas com recursos gráficos que encobriam o essencial. Curiosamente, os tais adereços do tipo estrelinhas, flores e bolinhas e outros destinados a esconder seios, vaginas e bundas estão de volta nas redes sociais e selfies íntimas..

A designer francesa Tiane Doan Na Champassak foi buscar em uma coleção de antigas revistas tailandeses - um daqueles países que liberava a nudez feminina mas só em meia-bomba - viu nesse tipo de censura gráfica alguma criatividade e até uma forma de pop arte.

A pesquisa deu origem ao livro "Censored", recém-lançado pela RVB Books, com 280 páginas e mais de quatro mil fotos.

Certamente, os designers daquela época tinham muito mais tempo para criar o tapa-sexo gráfico que profanava curvas com alguma delicadeza.

O padrão censório adotado hoje nas redes sociais dificilmente resultará em livro. Diante de um selfie como essa abaixo, da notória Kim Kardashian, uma personagem das redes sociais, o estagiário nervoso colou apenas grosseiras tarjas pretas.

Se é pra não ferir a moral e os bons costumes, sou mais os rapazes das revistas tailandesas que faziam variações criativas sobre o mesmo tema.
Tarja preta na selfie de Kim Kardashian. Reprodução Instagram

Exposição: Imagens Impressas no Museu Nacional de Belas Artes

Rembrandt Van Rijn: auto retrato
em água-forte, 1642.
Reprodução/Divulgação
Do dia 27 de outubro deste ano até 18 de fevereiro de 2018, estará aberta no Museu Nacional de Belas Artes, no Centro do Rio de Janeiro, a exposição 'Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural', com 140 imagens representativas de 500 anos da produção gráfica europeia.

Entre os trabalhos expostos, estarão desde desde as xilogravuras do Século 15 a original de charge publicada no jornal satírico Le Charivari, do Século 19, além de obras de artistas mais celebrados como pintores, como Manet, Goya, Toulouse-Lautrec e Rembrandt Van Rijn.

A partir dessa sexta-feira, 'Imagens Impressas: um Percurso Histórico pelas Gravuras da Coleção Itaú Cultural' poderá ser visitada de terça-feira a sexta-feira das 10h às 18h e, aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h. Museu Nacional de Belas Artes (MnBA) - Avenida Rio Branco, 199, Centro (Cinelândia).


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Hora errada, lugar errado, causa errada


As ruas de Gainesville, Flórida, receberam ao mesmo tempo manifestantes supremacistas brancos e grupos que protestavam contra os crescentes casos de violência ligados a racismo em várias cidades americanas.

Entre estes últimos, uma questão tem sido levantada: você deve bater em um neonazista ou abraçá-lo e tentar diálogo pacifista com o elemento?

"Provavelmente, nem uma coisa nem outra", sugere o site Mashable, que publicou a matéria.

Em Gainesville aconteceram as duas abordagens: um homem socou o neonazista e, pouco depois, um manifestante o abraçou e quis saber porque ele não gostava de negros. "Eu não sei", foi a resposta do supremacista branco.


VEJA O VÍDEO DA TENTATIVA DE ABORDAGEM PACIFISTA A UM NAZISTA, CLIQUE AQUI

Ano novo, nova direção: dança das cadeiras no Globo e na revista Época em janeiro de 2018

Após sucessivas levas de demissões nos veículos do grupo, geralmente justificadas por processos de integração das redações de todas as plataformas, a Infoglobo anunciou mudanças nas estruturas de O Globo, Época, Extra e Expresso, que passam a ter como Diretora Editorial Ruth de Aquino. Os diretores de redação desses veículos passam a responder à experiente jornalista, que passou por Manchete, Jornal do Brasil, O Dia, BBC, Editora Abril, além da revista Época, onde ultimamente era colunista.
Frederic Kachar, diretor-geral de Infoglobo, Editora Globo e Valor Econômico, distribuiu hoje comunicado sobre as mudanças que serão implementadas a partir de janeiro de 2018.
Abaixo, a nota oficial:
"No Globo, Ascânio Seleme, diretor de Redação, deixa a empresa no fim de novembro. Até lá, contribuirá na transição para a nova gestão. Depois, passará a atuar como colaborador do Globo, dedicando-se à função de colunista.
Ascânio entrou no Globo em 1988. Somando-se as suas duas passagens pela empresa, completou 27 anos na Infoglobo, tendo aqui construído uma carreira muito bem-sucedida. Iniciou em Brasília como repórter de Economia, sendo, depois, repórter de Nacional e coordenador de Assuntos Nacionais da sucursal. Trabalhou também como correspondente em Paris por três anos, de 1996 a 1998. Saiu do jornal por um ano, em 2000, e retornou em 2001, quando veio para o Rio de Janeiro como editor-executivo, respondendo pela produção de notícias e, depois, pelas edições de fim de semana. Ascânio ganhou três prêmios Esso, dois de Reportagem e um de Meio Ambiente, além de outros prêmios nacionais. Assumiu a Direção da Redação do Globo em 2011 e, desde então, liderou projetos imprescindíveis para a evolução do negócio no meio digital, como a mudança no fluxo de trabalho e na estrutura da redação. À frente do jornal, Ascânio sempre prezou pela excelência editorial, atuando com uma equipe de jornalistas e colunistas renomados, coberturas amplas e analíticas e furos de reportagem históricos, características que garantiram o posicionamento do Globo como um dos principais veículos de comunicação do País.
Alan Gripp, editor de Integração, assumirá a direção da Redação do Globo com a principal missão de consolidar o avanço do negócio na atuação multiplataforma, potencializando o desenvolvimento de narrativas e abordagens adequadas às necessidades dos consumidores.
Alan é formado em Jornalismo pela UFF e pós-graduado em Políticas Públicas pelo Iuperj. Começou a sua carreira como repórter no Globo. Atuou por um período na Folha de S.Paulo, onde foi editor de Cotidiano e da Primeira Página, entre outras funções. Retornou ao Globo em 2014 como editor de Política. Alan recebeu dois prêmios Esso na categoria principal (Jornalismo) e o prêmio Rey de España, entre outros.
Maria Fernanda Delmas assumirá o cargo de editora de Integração, posição que até então era ocupada por Alan. O seu principal desafio será garantir o melhor funcionamento da Redação integrada, alinhando as práticas e os processos aos objetivos do negócio. Em breve, anunciaremos quem ocupará a posição anterior (editora executiva) de Delmas.
Na Época, a jornalista Daniela Pinheiro assume, a partir de janeiro, a Direção da Redação, que interinamente estava sob a gestão de Diego Escosteguy, editor-chefe de Época.
Daniela vem da revista piauí, onde atuou por dez anos. Lá, iniciou como repórter sênior e, mais recentemente, respondia pela operação digital e coordenação de novos projetos da revista. Começou a sua carreira na Folha de S.Paulo, de onde saiu para integrar a primeira equipe de jornalistas de Época. Teve passagens pelo Jornal do Brasil e trabalhou por dez anos na revista Veja, onde atuou como editora. Daniela já teve trabalhos mencionados por veículos como The New York Times, The Guardian, The Economist e The Financial Times. Venceu quatro vezes o Troféu Mulher Imprensa e três vezes o Prêmio Comunique-se como a melhor jornalista de mídia escrita do País.
Diego Escosteguy permanece no cargo atual até o fim do ano, colaborando no processo de integração das redações. No primeiro trimestre de 2018, ele assumirá um novo desafio na redação integrada.
Além dessas mudanças, em 2018, as redações da Infoglobo e a redação de Época passarão a atuar em uma nova configuração, com a estrutura integrada, sob a liderança de um diretor Editorial, que concentrará a gestão das marcas O Globo, Extra, Expresso e Época. Essa posição será ocupada, a partir de janeiro, pela jornalista Ruth de Aquino, que responderá diretamente a mim.
Com isso, Época muda sua sede para o Rio de Janeiro. São Paulo e Brasília passam a ser as sucursais, numa atuação também integrada das redações de Época, O Globo e Extra. As mudanças visam ao fortalecimento editorial das marcas, enriquecendo a produção do jornalismo de excelência com a união das equipes em um ambiente de colaboração constante.

Ruth é uma profissional com profundo conhecimento no mercado de mídia. Construiu uma carreira consistente, tendo atuado em grandes empresas de comunicação do País, como Jornal do Brasil e Manchete, além da BBC de Londres. No jornal O Dia, foi editora-chefe e diretora de Multimídia e, na Abril, respondeu pela área de Projetos Especiais, além de ter atuado como correspondente em Paris. Em sua passagem pela Editora Globo, ocupou o cargo de redatora-chefe e diretora da sucursal do Rio de Janeiro da revista Época, para onde ainda colabora como colunista. Fez mestrado em Ética versus necessidade de vender na London School of Economics e presidiu o Fórum Mundial de Editores, da WAN (Associação Mundial de Jornais), em Paris.
Os diretores de Redação Alan Gripp, Octavio Guedes e Daniela Pinheiro passam a se reportar a Ruth.
O apoio de todos será fundamental para o sucesso do time editorial na liderança de marcas prestigiadas e na contínua construção de uma empresa cada vez mais inovadora e indispensável neste novo contexto de mercado em que nos encontramos.
Agradeço ao Ascânio pela dedicação e pelas significativas contribuições dadas durante todo o tempo em que esteve na Infoglobo.
Em nome de toda a empresa, dou as boas-vindas a Ruth e a Daniela, desejando a elas muito sucesso nesta nova etapa profissional.
Da mesma forma, a Alan, Fernanda e Diego transmito os meus votos de muitas realizações nos
desafios profissionais que assumem agora.” 
(Frederic Kachar Diretor-geral Infoglobo, Editora Globo e Valor Econômico)

Juca Kfouri lança livro no Rio. É amanhã


Juca Kfouri transforma em livro seus 50 anos de jornalismo esportivo. O título não podia ter melhor inspiração: remete a "Confesso que vivi", a autobiografia de Pablo Neruda, e à frase de Darcy Ribeiro sobre suas próprias lutas. "Fracassei em tudo o que tentei na vida. Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui. Tentei salvar os índios, não consegui. Tentei fazer uma universidade séria e fracassei. Tentei fazer o Brasil desenvolver-se autonomamente e fracassei. Mas os fracassos são minhas vitórias. Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu", sentenciou o antropólogo e político.
São referências que fazem sentido na trajetória de um dos mais combativos jornalistas esportivos das últimas décadas. Em nome da paixão pelo esporte, Juca desafiou poderosos.
"Grandes lutas da minha vida, por um país justo e um futebol bem gerido, claramente perdi", disse ele à Revista do Brasil.

Leitura recomendada para paneleiros...


domingo, 22 de outubro de 2017

Tá debochando de eu? Larga deu... Como dizia Bezerra da Silva, "já passou da hora do bicho pegar"

por O.V.Pochê

Depois da ideia da Ração Doria, que é um exemplo bem acabado de "segurança alimentar", organizações sociais estão virando a noite para apresentar projetos ao presidenciável. É um campo novo de negócios aproveitar sobras para engordar o povão. As iniciativas agora vão desde o útil ao lazer. A maioria dos projetos está sob sigilo, mas uma fonte próxima ao "terceiro setor" entregou algumas informações em troca de um mimo: um quadro de Romero Britto.

Seguem alguns projetos em estudo. E são apenas alguns, as sugestões não param de chegar após o extraordinários sucesso da Ração Doria.


Chope artesanal Doria - há um grande desperdício dos restos de chope que os pinguços deixam nas calderetas. Daí um projeto integrado com botequins vai reciclar a sobre a distribuir chope pós-gourmet nas comunidades. Futuramente, o mesmo será feito com champã

Tênis Doria - Um grupo de voluntários vai recolher todos os tênis pendurados na rede elétrica - são milhares só em São Paulo - lavá-los no Tietê e doar às crianças das escolas públicas.

Camisinha Doria - Pobre tem a mania de se reproduzir. Isso tem que acabar. Senhoras da sociedade paulistana vão percorrer as ruas, canais, bueiros e rios recolhendo restos de sacolas de supermercados. O material será reaproveitado na fábrica de um empresário colaborador e transformada em camisinhas.

Perfume Doria - Pobre às vezes não cheira bem. Esse problema vai acabar. Voluntárias da elegante região dos Jardins vão passar de mansão em mansão recolhendo sobras de perfumes nos banheiros da madame. Acontece muito de os maridos ou amantes não gostarem da fragrância e o produto ser desprezado até evaporar. Com essa iniciativa, os perfumes serão reembalados e distribuidos gratuitamente. Até o ar do metrô vai ficar mais respirável.

Cuecas e calcinhas Doria - Socialites já confessaram em entrevistas que não é elegante mandar lavar calcinha e cueca. Usou, jogou fora, compra outra. Aí está outra grande oportunidade social: pedir doações à elite paulistana. O material será devidamente higienizado e distribuído em parceria com a Arquidiocese.

Cruzeiros Doria - Autoridades observaram que há muitos barcos parados em algumas represas de São Paulo. Serão feitos convênios com os proprietários para levar famílias de pobres a passeios que simularão um pouco dos elegantes cruzeiros marítmos. Haverá mesa de croquetes feitos com Ração Dória. Os pobres merecem ter essa sensação. Haverá também uma função educativa que é mostrar in loco que a poluição do meio ambiente não impede o lazer.


Milhagem Doria - Será criado um programa de milhagens para linhas de ônibus. O pobre que gastar mais de quatro horas para ir e voltar do trabalho vai ser compensado: suas milhas poderão ser trocadas por um tour nas comunidades do ABC. Por cinco mil milhas poderá até fazer o mesmo indo ao Rio de Janeiro visitar áreas conflagradas que só conhecem pela TV.


E aí, History Channel, pode isso? Escritores Lira Neto e Laurentino Gomes denunciam no Facebook que foram enganados por programa do canal a cabo








A madame da venda sabe muito bem o que enxerga...

por Flávio Sépia
Com significativo atraso, a Época descobre que a Justiça pisca. Dizem que os políticos não têm sintonia com as ruas e não fazem a menor ideia do que se passa na cabeça do povo. Jornalismo de elite também não. 
No Brasil, a madame da venda pisca desde sempre diante de interesses políticos. Poderosos, então, recebem piscadelas em cada esquina. Pisca tanto que virou uma caolha que sabe muito bem o que enxerga. 

Que tal empilhar processos com a etiqueta impunidade? Basta dar um Google; Caso Banestado, Caso Cachoeira, Caso Metrô de São Paulo, Caso Mensalão Mineiro, Caso da Máfia do ICMS etc. 

Nesses pacotes há escândalos arquivados por "falta de provas", corruptos que ficam livres por prescrição de crimes ou decurso de prazo, processos esquecidos em gavetas, arquivos que pegam fogo e tudo tem que ser refeito, "sorteios" que encaminham decisões a fulano gente boa, juiz que repassa decisões ao Legislativo sabendo que deputados da base governista vão trocar votos por cargos e verbas para livrar colegas.

 "Lá vai o trem sem destino", como canta a letra de Ferreira Gullar para o "Trenzinho Caipira", de Villa Lobos.  

sábado, 21 de outubro de 2017

Capas da Veja: os eleitos que a história cassou... e a nova aposta para 2018

O deboche

Antes, o queridão
por Ed Sá
Deve ser alguma mandinga. De tempos em tempos, a Veja faz apostas entusiasmadas em nomes que geralmente apresenta como o que há de melhor na face da terra. Alguns, até ajudou a eleger ou entrou no embalo de ungir o elemento por vias de golpe. Como a vadia que se apaixona pelo cafetão errado, a Veja se decepciona. Deve chorar lágrimas de esguicho, como dizia Nelson Rodrigues.
A capa dessa semana é Aécio Neves. O mineiro já foi exaltado em várias outras capas. Era o presidente dos sonhos molhados da revista. Dessa vez, virou caricatura do deboche.
Collor de Mello também foi o golden boy da Veja. Fora da política, Eike Batista era o exemplo para um país de fracassados. Temer foi a esperança carinhosamente abraçada.
Pode carimbar, ser capa da Veja dá mais azar do que usar cocar de índio. Ou a percepção política da revista é tão ruim que ela vive caindo em pegadinhas. Pena que o Brasil paga o preço.

A aposta 
A decepção

O empresário-exaltação

O dono da empresa PropinaX

Todas as fichas nele

O resultado
E NA CAPA DA VEJA SÃO PAULO, 
A NOVA APOSTA POLÍTICA DA REVISTA

O prefeito João Doria, na semana
em que lançou a sua polêmica  "ração humana"
para os pobres, também chamada
de "ração Doria". 

Tite não quer "papagaio de pirata" fazendo selfie na concentração da seleção brasileira na Rússia...

O assédio de celebridades, mídia e parentes de jogadores na concentração da seleção brasileira começou a passar dos limites durante a Copa de 1998, na França. Houve registros de famílias e namoradas levando encrencas sentimentais aos bastidores e desconcentrando certos craques. Em Paris, a mídia não esteve tão invasiva em relação ao que aconteceria em 2006, 2010 e 2014. Já em 2002, na Copa Japão-Coréia do Sul, os preços e a distância se encarregaram de enxugar comitivas de parentes e até mesmo equipes de jornais, revistas e TV.

Brasileiros lotam estação de Munique. A Copa de 2006 foi a que mais atraiu brasileiros ao exterior.
Na época, com dois meses de antecedência, as agências de turismo
tiveram pacotes esgotados.  Foto J.E.Gonçalves

Na Alemanha 2006,  o bicho pegou. Talvez a parentada até tenha estado mais calma. Algumas mídias não. Celebridades badalando nos treinos, programas de entretenimento da TV fazendo "especiais", jornalistas amigos convidados a jantares com vinho do Reno na concentração e telejornais noturnos obrigando jogadores da permanecer acordados para "entradas ao vivo", patrocinadores fazendo "ações de marketing" etc. Jornalistas de veículos menos afortunados, aqueles aos quais a cobertura estritamente esportiva era fundamental, enfrentaram dificuldades em certos locais e momentos. Talvez a torcida não tenha saudade da Copa da Alemanha, mas alguns jogadores viveram lá noites de belas Valquírias. O dia seguinte aos jogos era livre. E, depois do apito final, cada um seguia seu rumo. Dusseldorf e Dortmund, respectivamente a pouco mais de 50km e a cerca de 150km de distância, foram os destinos preferidos. Em 2010, com o Brasil em bom momento econômico, dólar a menos de R$1.700, com o atrativo irresistível de a Copa ser na Europa, a Alemanha virou Brasil. Colônia, principalmente, mas não apenas essa cidade, com a mobilidade que o país permitia a torcida circulou por outras sedes.

A foto acima mostra torcedores brasileiros  lotando a estação de Munique, a caminho da Allianz Arena, no dia em que o Brasil derrotou a Austrália por 2X0.

Na África do Sul, 2010, o intenso assédio se repetiu. Com um complicador a mais: o então treinador Dunga tentou controlar horários e impor limites à mídia e aos programas de entretenimento - que, cada um, queria sua exclusiva -, e se deu mal ao barrar figuras influentes. Interesses poderosos entraram em guerra com o técnico e muito dessa tensão chegou aos jogadores.

Em 2014, aqui no nosso terreiro, o acesso tornou-se incontrolável. Com a Granja Comary logo ali, os jogadores talvez tenham gastado mais tempo posando para selfies e fazendo participações em programas de TV do que ouvindo preleções do treinador.

Esse liberou geral para acesso aos jogadores nas vésperas de jogos nunca deu muito certo. O maior exemplo é a noite que antecedeu a final da Copa de 1950. Políticos, ídolos do rádio, padre celebrando missa, o filho do Chefe de Polícia, a mãe do ministro, a cunhadinha do juiz, a amante do burocrata federal... O clima era de "já ganhou" e tudo que era papagaio de pirata baixou na concentração. Alguns ficaram até de madrugada. Deu no que deu.

Em 1958, na Suécia, em 1962, no Chile e em 1970, no México, quando smartphones nem ficção eram e só o Agente 86 dos anos 60 tinha telefone móvel no sapato, não houve nada parecido. Na Argentina, 1978, embora logo ali, o pesado clima da ditadura e uma certa descrença na seleção não animaram muita gente. Acrescente-se que a inflação estava em alta, quase 40%, e o dólar batia recordes históricos.

Na Copa da Rússia, quem sabe o que acontecerá? Tite já tem um ideia do que não quer. Ontem, o treinador revelou que não permitirá que familiares de jogadores, como estava sendo cogitado, se hospedem no mesmo hotel que sediará a concentração da seleção. Quer garantir o máximo de privacidade aos jogadores. Apesar disso, ninguém estará muito longe dos craques. A bela cidade de Sochi, que sediou as últimas Olimpíadas de Inverno, é candidata a receber o Brasil. Tem menos de 400 mil habitantes, é um balneário de clima ameno às margens do Mar Negro e limitada pelas montanhas do Cáucaso. Um convite à perdição.  "Ajustar para uma outra possibilidade dos familiares estarem próximos a quem quiser, aí é um outro fator, uma outra circunstância. No núcleo seleção brasileira, não”, disse Tite ao R7. O treinador também promete que excessos por parte da mídia serão evitados. Na Granja Comary, até treinos foram interrompidos para gravações privilegiadas de matérias para a TV Globo.

Se Tite vai segurar esse foguete só o tempo dirá.


sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Polícia do pensamento ? Folha enquadra atuação dos seus jornalistas e colaboradores até em contas privadas das redes sociais

Quase chegando lá. Polícia do Pensamento, sabe-se, é a instituição do país fictício criado por George Orwell no livro 1984. Uma espécie de força-tarefa do MP da Oceânia, Lestásia e Eurásia destinada a antecipar o controle de idéias, pensamentos e abortar ações subversivas quando ainda gestadas no cérebro.

Quando o humorista Danilo Gentili reclamou de uma critica ao seu filme "Como se tornar o pior aluno da escola", a Folha demitiu o autor da entrevista, o repórter Diego Bargas. Coincidentemente, o jornal anuncia parceria de marketing em torno da obra que originou o longa-metragem, na base do compre o livro e veja o filme. Mas isso não deve ter nada a ver.

Diego dançou e a Folha alegou que opiniões antigas emitidas pelo jornalista nas redes sociais estariam em desacordo com as normas da redação.

Daí, danem-se os escrúpulos, o jornalão dos Frias baixou o que a redação está chamando de AI-5. Digamos que no "decreto" há itens aceitáveis em relação à responsabilidade profissional sobre informações internas da redação, bastidores de reportagem, sigilo sobre conteúdos, matérias exclusivas etc. O problema é quando o documento amplia o AI-5  e veta pensamentos ou atitudes como um jornalista da Folha, imagine, "apoiar um dos lados em uma controvérsia", isso mesmo, até fora do horário de trabalho e nas redes sociais privadas.

A linguagem do AI-5 da Folha parece detalhada, como se fosse uma peça jurídica, mas tem brechas de imprecisão. Quer ver? Teoricamente, se a mulher de um repórter tiver uma desavença com a sogra e este apoiar um dos lados da "controvérsia" e publicar isso no seu Face, estará infringindo a lei de segurança da Folha. Se vibrar Facebook ou no Instagram com a vitória do Palmeiras será chamado aos costumes. Se postar um vídeo de uma "controvérsia" nas ruas, por exemplo, um magistrado dando carteirada e ofendendo um guarda municipal poderá ser enquadrado. Mas há também trechos de puro bom humor, como o que diz que a da Folha "tem o apartidarismo como princípio editorial".

O que o jornal botou no papel é o seguinte; a Folha acredita que ao pagar um salário aos seus funcionários e remunerar seus colunistas e colaboradores está comprando também suas ideias e pensamentos fora do horário de trabalho e fora das funções de cada um. E deixa isso bem claro para quem manda e para quem obedece.

Curiosamente 1: o manual vazou. O que já implica em um "infração" por parte de quem divulgou um "documento interno" da empresa. Mas a Folha não deve reclamar disso, já que legitimou tantos vazamentos nos últimos anos.

Curiosamente 2: a Folha enquadra a rede social quando demissão do repórter Diego Borges não teve a ver com internet mas com matéria publicada no impresso. E aí fica a pergunta: a "sharia" da Folha não vai inibir críticas ou aguçar instintos de sobrevivência? Vai que o dono do filme, do livro, da empresa, do museu, do ministério, da prefeitura não goste do que for publicado?  Vai valer a "jurisprudência" do caso Diego Borges?

Melhor o pessoal criar avatares para suas contas pessoais na rede. E avatares acima de qualquer suspeita. "Gentili do Morumbi", "Bolsonaro do Tatuapé", "Temer do Jaburu" e "Kataguiri da Vila Matilde" são boas sugestões.

Conheça ato institucional da Folha

1. A Folha encoraja seus profissionais a manter contas em redes sociais. Podem ser ferramentas úteis para fazer novos contatos e cultivar antigos, pesquisar pautas, tendências e personagens, agilizar apurações e promover conteúdo próprio e de colegas de jornal, expandindo o alcance do material publicado;

2. Nas redes sociais, a imagem pessoal tende a se misturar com a profissional. Parcela do público pode pôr em dúvida a isenção daquele que, na internet, manifesta opiniões sobre assuntos direta ou indiretamente associados a sua área de cobertura, especialmente as opiniões de cunho político-partidário e em áreas de cobertura de tópicos controversos;

3. Mesmo que o faça fora do horário de trabalho e ressalve que aquela é uma posição pessoal, o jornalista fica sujeito a suspeição, assim como o veículo. Revelar preferências partidárias e futebolísticas ou adotar um lado em controvérsias tende a reduzir a credibilidade do jornalista e a 
da Folha, que tem o apartidarismo como princípio editorial;

4. A melhor maneira de evitar armadilhas é assumir que conteúdo postado na internet é público, nunca desaparece e pode ser facilmente descontextualizado. O alerta também vale para ferramentas de comunicação privada nas redes sociais ou aplicativos de mensagens;

5. A responsabilidade pelos comentários em página pessoal nas redes sociais é exclusiva do jornalista, mas uma manifestação imprudente, mesmo que não diga respeito a sua área de cobertura, pode dificultar o trabalho de colegas de Redação e, eventualmente, sua própria atuação futura. Assim como repórteres acompanham as redes sociais de pessoas públicas, as fontes, os possíveis entrevistados e grupos de pressão também consultam o perfil digital de jornalistas;

6. Tenha cuidado ao compartilhar conteúdos externos. O ato pode ser interpretado como endosso à opinião ou à veracidade da notícia. Ao postar conteúdo opinativo ou polêmico de terceiros, adicione uma introdução neutra. Exemplo: Dilma atacando o ex-vice. @dilmabr: A onda regressiva do governo golpista vai se agravando;

7. Além de seguir as orientações acima, o profissional não pode:

— antecipar reportagens e colunas que serão publicadas (incluindo teasers), mesmo as de sua autoria, salvo com autorização de seus superiores ou, se colunista, da Secretaria de Redação;
— divulgar bastidores da Redação ou dados e documentos internos da empresa, a menos que seja decisão do jornal;
— divulgar informação que o jornal decidiu não publicar por colocar em risco pessoas ou empresas (como sequestro em andamento ou boatos de falência, por exemplo);
— emitir juízos que comprometam a independência ou prejudiquem a reputação, a isenção ou a linha editorial da Folha ou de seus jornalistas;
— utilizar contas da Folha nas redes sociais em desacordo com os procedimentos e as condutas prescritas no Manual;
— destratar quem quer que seja. Em caso de insultos ou ofensas pessoais, responda educadamente ou ignore, mas jamais troque desaforos com quem quer que seja. Se pertinente, os superiores hierárquicos devem ser informados da altercação. Esse comportamento também é esperado de colunistas;
— postar conteúdo integral de reportagens e colunas. Em vez disso, deve-se publicar um link para a Folha, de preferência com uma amostra do material jornalístico. Na publicação de conteúdo jornalístico, incluindo imagens, o profissional da Redação deve dar prioridade às plataformas da Folha. O mesmo vale para análises e opiniões, dado que o jornal cultiva uma política de exclusividade;

8. A Empresa Folha da Manhã S.A. oferece serviço de assistência jurídica aos profissionais que dela necessitem em decorrência de sua atuação na Folha. Além disso, consultores jurídicos ajudam a esclarecer questões legais relacionadas a conteúdos jornalísticos que a Redação queira publicar.

Memória da propaganda: o "inimigo" estava chegando...

por Flávio Sépia 
Esse anúncio institucional da Veja é de 2001.
Embora as redes sociais ainda estivessem a anos-luz do impacto atual como veículos pessoais de comunicação a Internet não abalava a maioria dos jornais e revistas, mas já assombrava o futuro desses meios impressos.

Surgiam os primeiros smartphones e, três anos depois da publicação dessa mensagem, o Brasil atingia 30 milhões de internautas e o Orkut era uma febre.

A Veja publicava uma edição especial sobre Vida Digital, mas não deixava de mandar um recado em defesa do meio revista. A ameaça que na década seguinte se tornara crítica era antevista.

Em 16 anos de tempestades, o fim das revistas foi muitas vezes decretado. Com esforço e criatividade de alguns veículos, o desfecho tem sido adiado e, embora o próprio mercado o considere inevitável, o enterro não tem data marcada. O sinal mais recente é a política de integração das redações e plataforma com um indesejado mais visível esvaziamento do meio impresso, até pelas sua velocidade obrigatoriamente mais baixA

Muitos títulos sumiram no Brasil e no mundo desde 2001.A frase que, na época, tentava motivar o leitor a ir logo às bancas comprar um produto exclusivo e que estaria disponível por apenas uma semana, ganhou, ao longo do avanço das mídias digitais, um sentido mais apocalíptico: "já a revista só fica na banco por pouco tempo".

Se lesse tal anúncio, hoje, quando o Brasil tem ceca de 130 milhões de internautas, restaria ao leitor repetir o bordão do Chico Anysio: "captei vossa mensagem astrológico guru".

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Deu no Mirror: fotógrafo brasileiro faz o "paparazzo" do prazer feminino...


O fotógrafo brasileiro Marcos Alberti quis ter o prazer de "quebrar barreiras em torno da sexualidade feminina". E assim define o seu projeto que captura rostos de mulheres fotografados antes, durante e depois do orgasmo.

O jornal Mirror publica uma matéria sobre "The O Project" que reúne cerca de 20 mulheres americanas, francesas, chinesas e cingapurianas e suas expressões reais estimuladas por vibradores.

No seu book, Alberti tem um trabalho similar, no caso, fotografou uma série de pessoas antes e depois de consumirem três copos de bebida alcoólica.

Você pode saber mais no Mirror e ver outras imagens e um vídeo de bastidores no site 
do fotógrafo paulista Marcos Alberti, 




quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Mais uma onda de demissões. No jornalismo, "integração de redações", "sinergia", "reestruturação", "ajustes em função do desenho ideal" e "readequação" têm o mesmo significado: o RH te chama...

Nas últimas semanas, era tenso e triste o clima nas redações do SporTv. Havia sinais de que o tempo ia fechar. Desde o ano passado, falava-se em enxugamento da estrutura e gestão integrada dos eventos esportivos veiculados pela Globo, SporTV e Globoesporte.com e Globosat.

Pois essa águia pousou. A tendência de agrupar todas as mídias de veículos de um mesmo grupo tritura centenas de empregos. Só nessa semana, calcula-se em 40 o número de jornalistas demitidos.

Se financeiramente caem os custos das operações, o que se vê onde foi implantada a sinergia levada ao ponto crítico é uma perda de conteúdo. As plataformas excessivamente integradas tendem a replicar os mesmos assuntos, geralmente em prejuízo do meio impresso cujos processos são naturalmente mais lentos. Confira: a maior parte do conteúdo do jornal do dia seguinte pode ser lida na internet cerca de 12 horas antes.

Uma alternativa para valorizar o impresso seria um jornalismo crítico, de análise. Frequentemente,  isso é prometido, mas não é o que acontece na prática. As "análises" ficam a cargo de colunistas e articulistas convidados, com quase todos pensando da mesma maneira, e acabam se tornando meras opiniões sem base confiável em fatos ou distorcendo estes.

As emissoras de rádio do mesmo grupo, a partir de mudanças recentes e ainda em curso, demitem profissionais de longa atuação para absorver nomes da TV e dos canais por assinatura. Para o leitor, telespectador ou ouvinte, fica a impressão de um jogral jornalístico de repetição. Parodiando a famosa frase de Churchill, nunca tantos ouvirão as mesmas notícias na voz de tão poucos.

Em 2013, quando milhares de postos de trabalho foram extintos em jornais e revistas, o jornalista Bruno Torturra criou a figura do "ficaralho". Define, como o nome diz, os que ficam após os voos dos "passaralhos". Preservam os empregos, mas acumulam dupla ou tripla função e suprem cargos e funções vaporizados e que jamais voltarão.

Que jeito?

Fotografia: a persiana da vergonha...







O fotógrafo Luís Nova, da D.Press-Brasil, fez uma foto especial para o Correio Braziliense e emplacou espaços nas capas de quatro jornais, hoje. 

A imagem de Aécio Neves, em casa, em Brasília, ontem à noite, após sua esmagadora vitória no Senado, é a mais representativa da derrota da ética em um jogo de cartas mais do que marcadas desde que o STF abriu a porteira para a impunidade dos políticos. 

É o retrato simbólico de um sujeito privilegiado que sabe que foi posto acima da sociedade e dos demais cidadãos e, mesmo assim, não tem coragem de encará-los. 

É a tradução mais perfeita do político que vê o Brasil apenas pela fresta dos seus interesses pessoais. 

Além do Correio Braziliense, o jornal O Povo, de Fortaleza, e O Globo destacaram a foto. O Estadão também a usou, em segundo plano.

A foto de Luís Nova é uma dessas que resume para a história um instante significativo da deformação de um sistema que produz castas privilegiadas. 

Seus favorecidos estão tão à vontade nas suas torres de luxo que dispensam a sociedade. O máximo de satisfação que dão dos seus atos é uma persiana entreaberta por alguns segundos.  

ATUALIZAÇÃO EM 19/10/2017 - 

  
A foto que ganhou primeira página de vários jornais, ontem, distribuída como sendo de Aécio Neves, após a votação que devolveu ao mineiro investigado por corrupção o cargo de senador, não seria do politico do PSDB. O staff de Aécio informa que o homem da fresta é um dos seus assessores. O Globo de hoje publica a correção. Não foi revelado até o momento o nome do assessor. 

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Jornalista que investigava o escândalo Panama Papers morre em atentado


A jornalista Daphne Galizia, de Malta, que investigava em seu blog (Running Commentary) o envolvimento do governo local no escândalo Panama Papers, morreu ontem em explosão que destruiu seu carro. A explosão ocorreu perto da residência da jornalista, na aldeia de Bidnija. Na véspera, ela denunciou ter recebido ameaças. Malta, como o Panamá, é conhecido paraíso fiscal.



Uma das matérias publicadas em maio desse ano no blog da jornalista Daphne Galízia.
A página foi atualizada até ontem.

Parentes da jornalista culpam o governo, segundo o jornal El País. Daphe Galizia, de 53 anos, estava à frente das denúncias que atingem autoridades. Apesar disso, o partido do governo acaba de obter expressiva vitória nas urnas.

O caso que ficou conhecido como Panama Papers também atingiu o Brasil, segundo documentos vazados do escritório de advocacia Mossack Fonseca, que intermediava abertura de contas e empresas de fachada. Dezenas de pessoas físicas e poderosas corporações brasileiras foram citadas como titulares de contas suspeitas de terem sido abertas para evitar pagamento de impostos.

Um pool global de jornalistas - foram mais de 300 repórteres em quase 80 países -  publicou, no ano passado, uma série de reportagens sobre os Panama Papers. No Brasil, o jornal O Estado de S. Paulo, o portal e a RedeTV! representaram o pool, que foi vencedor do Prêmio Pulitzer de Jornalismo de 2017. Aqui, houve críticas à "seleção" dos temas abordados entre os milhares de documentos do Mossack Fonseca. Na época, a Agência Brasil informou que a Receita Federal e a PGR "estavam atentas" às denúncias. Após a repercussão inicial, o caso foi perdendo destaque e acabou abafado e teve o destino de outro rumoroso escândalo, o do esquecido e chamado Swissleaks:  virou "notícia velha".

Aparentemente, mídia e Justiça tinham mais o que fazer.

Fotografia: bombeiro faz imagem dramática de incêndio florestal

O bombeiro português Hélio Madeiras trabalhava na contenção do fogo em Vieira de Leiria quando tirou essa foto impressionante e postou em sua conta no Facebook. Ele revelou ao jornal Público que pretendia alertar amigos e parentes para a assustadora extensão do incêndio florestal em Portugal. No mesmo momento em que a Califórnia também é devastada por incêndios na mata, a ONU republicou a foto em seus portais, com a informação de que as mudanças climáticas têm a ver com a intensificação desse tipo de tragédia.

O intelectual que se deu bem...


por Jean-Paul Lagarride 

No ano passado, a bela modelo paquistanesa Padma Lakshmi lançou seu livro de memórias, Love, Loss, and What We Ate: A Memoir (Amazon). Ela foi casada com o escritor Salman Rushdie.

Durou três anos o romance. Lakshimi não foi muito generosa ao descrever Rushdie: "ansioso, inseguro, queria sexo até quando eu estava com cólicas e me humilhava intelectualmente". A modelo conta que o escritor tinha inveja da sua fama e das capas de revistas que a estampavam.


Marilyn Monroe também tentou essa difícil fusão - ainda vista por muitos com preconceito e tida como o encontro de formas exuberantes e conteúdo intelectual -  ao se casar com o dramaturgo Arthur Miller. O casamento resistiu por mais de cinco anos. E o motivo do rompimento é conhecido: MM achou em uma gaveta o diário pessoal de Miller e leu que ele ficava com vergonha dela quando na presença dos seus amigos intelectuais.

A Paris Match dessa semana publica uma matéria com a lindíssima top model Adriana Lima. A brasileira aposta em um desses relacionamentos e tornou pública sua união com o escritor turco Metin Hara. O que dizer? Que sua história desminta a lenda.
A matéria completa está na Paris Match, clique AQUI

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Federação Nacional dos Jornalistas divulga nota repudiando demissão de repórter da Folha após reação do humorista Danilo Gentili, que não gostou de crítica de filme...

"O Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo (SJSP) e a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) repudiam veementemente a perseguição contra o jornalista Diego Bargas, por incitação do humorista Danilo Gentili, e, em seguida, a sua demissão do jornal Folha de S.Paulo.

A demissão ocorreu poucas horas depois de Gentili, em rede social, ter incitado a perseguição ao jornalista, após a publicação de matéria assinada por Bargas, “Comédia juvenil ri de bullying e pedofilia”, sobre filme concebido e estrelado por Gentili. A matéria foi publicada nesta sexta-feira (13 de outubro), na Folha de S.Paulo. Após a publicação, no início da tarde, o humorista reagiu incitando o ódio na internet e estimulando seus mais de 15 milhões de seguidores no twitter a perseguir Bargas. O jornalista passou a sofrer ofensas e xingamentos em todos os seus perfis em rede social.

É mais um grave caso de perseguição e intimidação a jornalistas, o sexto ocorrido em São Paulo nos últimos meses, e que mostra uma escalada contra a liberdade de expressão e de imprensa em nosso país. O texto de Bargas é uma reportagem correta, que analisa o filme e reproduz pontos de vista de Gentili e do diretor Fabrício Bittar expressos em entrevista ao jornalista. Gentili, porém, decide massacrar o jornalista em rede social, mostrando sua intolerância à atividade jornalística, e manipular o episódio para tentar melhorar o resultado comercial de seu produto.

A situação agravou-se, pois, poucas horas depois de Gentili ter iniciado sua ação intimidatória, o jornalista foi comunicado, no início da noite de sexta-feira, de sua demissão pela chefia. A Folha de S.Paulo, ao tomar tal atitude, demonstra não ter o mínimo compromisso com princípios como a liberdade de imprensa, de expressão e com a pluralidade, dos quais a empresa se reclama em suas campanhas de marketing.

O Sindicato se coloca à disposição do jornalista e, junto com a Fenaj, continuará defendendo os profissionais de todo e qualquer tipo de assédio, intimidação ou perseguição, e lutando pela liberdade de imprensa e pelo respeito às condições fundamentais para o exercício de um jornalismo de qualidade."

Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo

Federação Nacional dos Jornalistas

Dakota Johnson é vítima de bullying em capa de revista



por Clara S. Britto
Dakota Johnson está na capa da Vogue España, de outubro. Bem desconfortável. Espremida e comprimida. Bateram a porta na cara dela. A foto de Emma Summerton não rendeu provavelmente
o efeito esperado.
Para o site Fashion Spot, há algo ridículo na imagem, a cabeça parece que foi adicionada e as sombras dão impressão de falsas. O layout não ajudou. Nas páginas internas, o ensaio expressa melhor a beleza da atriz  de "50 Tons de Cinza". Veja o vídeo AQUI