quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Newsweek: edição especial com Hillary Clinton na capa foi para as bancas. Editores recolheram 125 mil exemplares e pediram desculpas: "Como todo mundo, nós erramos"

Capa com Hillary Clinton "vitoriosa" foi distribuída
nas bancas. E, em seguida, recolhida. 
Para chegar às bancas em questão de horas após a definição do resultado das eleições americanas, a Newsweek não tinha alternativa a não ser preparar duas edições especiais, desenhar capas, a bio de cada um dos candidatos e aguardar o factual.

A maioria das revistas adota essa estratégia para ganhar tempo.

Mas alguém na Newsweek se precipitou e, em algum momento, liberou para a gráfica e para os postos de venda a edição com Hillary Clinton na capa.

O New York Post apurou que foram impressos, distribuídos e depois recolhidos 125 mil exemplares.

O vexame maior é que os textos analisam e explicam a vitória da "Madame Clinton" e celebram a primeira mulher a chegar ao maior posto do país.

"A presidente eleita Hillary Clinton"  - diz o texto - "manteve o alto nível enquanto seu oponente foi cada vez mais baixo". E mais adiante: "Os americanos em todo o país rejeitaram rotundamente o tipo de medo e o ódio baseado no conservadorismo vendido por Donald Trump".

Isso mostra apenas que as palavras existem para uso e usufruto e o jornalismo é capaz de explicar qualquer coisa.

Mais ou menos como bem define a velha piada sobre o editor que entregou uma bíblia a um redator e pediu-lhe que resumisse tudo em cinco mil caracteres. O redator apenas perguntou: "Contra ou a favor"?

Trump na capa: a edição que
corrigiu o vacilo editorial
Tanto que na edição que foi pra valer, com Trump na capa, a vitória do ex-apresentador do programa "Aprendiz" foi perfeitamente explicada.

Restou à Newsweek admitir o vacilo: "Como todo mundo, nós erramos".

Enquanto isso, logo após confirmação da vitória de Trump surgiram nas redes sociais relógios que fazem a contagem regressiva de quanto tempo falta para o republicano sair da Casa Branca.

Mais do que isso: internautas lançaram a candidatura de Michelle Obama em 2020. A mídia já levantou essa possibilidade impressionada com o protagonismo e o carisma da primeira-dama. Quando ela discursou na última convenção dos Democratas a plateia não só aplaudiu como fez o coro Michelle 2020.  Mas há poucos dias, em um programa de rádio, o presidente Barack Obama foi taxativo: "Ela nunca concorrerá para o cargo".

Deu empate: circulação digital de jornais cresce 20%. Impresso cai em 20%...

Após adotar paywall, jornais brasileiros batem recorde de audiência e vendem cada vez mais assinaturas digitais

por Marina Estarque (do blog Jornalismo nas Américas)
Ao contrário do que se podia imaginar, a implementação do paywall -- barreira que restringe o acesso dos usuários não pagantes aos sites -- contribuiu para disparar a audiência dos grandes jornais brasileiros, que têm registrado também um significativo aumento na venda de assinaturas digitais.

Segundo executivos de jornais entrevistados pelo Centro Knight, a adoção deste "muro de pagamento" teve impactos na mentalidade e no funcionamento das redações, e tem alterado o modelo de financiamento do negócio e o perfil dos leitores, com reflexos na linha editorial das publicações.

De 2014 para 2015, a média das assinaturas digitais cresceu 27%, enquanto a média de circulação paga dos jornais impressos caiu 13%, de acordo com o Instituto Verificador de Comunicação (IVC), que há décadas certifica a tiragem dos jornais e mais recentemente começou a conferir também a circulação digital.

Em setembro de 2016, as assinaturas digitais de 33 jornais com edições online monitoradas pelo IVC chegaram a 818.873, um número 20% maior do que a média de 2015. No mesmo período, a circulação impressa caiu quase 20%, chegando a cerca de 2,6 milhões de exemplares vendidos no Brasil.

A Folha de S. Paulo, um dos primeiros jornais brasileiros a implementar o paywall, em 2012, anunciou, em agosto de 2016, que a sua circulação digital ultrapassou a impressa. Em setembro de 2016, o jornal vendeu 164 mil edições digitais e 151 mil impressas. O Globo também está bem próximo dessa transição: com 150 mil de circulação digital e 163 mil impressa, de acordo com o IVC.

"Essa é a tendência. Para todos os jornais, mesmo os regionais", disse ao Centro Knight o presidente do IVC, Pedro Silva. De fato, jornais como Correio Braziliense e o O Tempo (de Belo Horizonte) tiveram crescimentos de circulação digital de 76% e 87%, respectivamente, entre 2014 e 2015.

A implementação do paywall é uma das principais explicações para o aumento do número de assinantes digitais, segundo especialistas. "Ele incentiva o leitor a se tornar cliente", afirmou Silva.

Segundo o diretor de circulação e marketing da Folha, Murilo Bussab, o jornal tinha 297 mil assinaturas, somando impresso e digital, em 2012, quando o paywall foi instalado. Em setembro de 2016, esse total chegou a 315 mil, apesar da queda de circulação do impresso.

"Tem gente que deixa de assinar o impresso permanentemente, tem gente que sai do impresso e vai para o digital, e tem outros que começam já direto pelo digital. Então conseguimos manter a circulação, e ter um pequeno ganho, de 18 mil assinantes, desde 2012", afirmou Bussab ao Centro Knight.

Além de aumentar a circulação digital paga, o paywall gerou também um aumento da audiência. De acordo com presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, que é também o vice-presidente Editorial do Grupo RBS, os jornais brasileiros têm hoje a maior audiência da sua história. "Quando somamos circulação digital e impressa, a audiência mobile e desktop, nunca se leu tanto jornal no Brasil", disse Rech ao Centro Knight.

Modelo poroso

O modelo de paywall adotado pela maioria dos jornais brasileiros é conhecido como "poroso" ou "flexível", pois permite ao usuário não-assinante ler um número restrito de matérias por mês de forma gratuita. Caso queira ler mais textos, o usuário precisa pagar a assinatura.

É considerado um modelo inteligente, por não afastar totalmente os leitores (como um paywall rígido ou hard wall) e garantir, assim, uma audiência significativa para anúncios.

"Houve várias experiências que fracassaram de hard walls, de fechar 100%. E foi um desastre porque não permitia uma convivência com o conteúdo. O New York Times deu projeção a esse paywall poroso, que possibilita gerar o hábito da leitura e ir convertendo aos poucos os assinantes, à medida que eles vão batendo no muro", disse Rech, da ANJ.

Para Bussab, o paywall foi "um divisor de águas" da indústria brasileira. "O paywall tem uma história muito boa. Quando instalamos, na Folha, tudo levava a crer que perderíamos audiência, porque, por mais flexível que seja, o paywall é um limitador. A pessoa pode pensar: 'se tem que pagar eu vou deixar de ler'. Só que, quando colocamos o paywall, aconteceu uma coisa absurda, cresceu a audiência", disse. exemplo, bate recordes de audiência desde que implementou o paywall. "Maio foi o pico da história, com o impeachment (da presidente Dilma Rousseff). Mas mesmo em períodos mais tranquilos, como agora, a audiência de outubro de 2016 é maior do que a de qualquer outro outubro", disse Bussab.

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quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Capa do Charlie Hebdo: Obama que se cuide...


Capa da edição especial do Daily News


Rindo da desgraça não tão alheia: a internet desabafa em memes...

A COINCIDÊNCIA INVERTIDA

BEM FEITO! EMPATAMOS

DEU BRANCO: ORANGE IS THE NEW BLACK

UM FORCINHA DO PÉ FRIO

ENSAIO PARA A CERIMÔNIA DE POSSE EM WASHINGTON
VERGONHA ALHEIA

Capa da edição especial do Libération...

A capa da edição especial do Libération, hoje nas bancas de Paris, replica o...

...design da capa da New York que há uma semana cravou um 
"Perdedor" sobre o close de Donald Trump.

Donald Trump presidente: um bom dia para ouvir Raul Seixas...


 OUÇA NO YOU TUBE, CLIQUE AQUI

Allan Richard Way acerta previsão feita há 10 meses: Donald Trump é eleito presidente dos Estados Unidos



Em janeiro de 2016, o astrólogo Allan Richard Way II enviou para este blog as suas tradicionais previsões. Entre 60 indicativos do que aconteceria ao longo do ano, está lá, no número 44, a confirmação, com dez meses de antecedência, de que Donald Trump seria presidente do Estados Unidos. ARWII não nega o DNA do pai que, durante anos, emplacou suas profecias na revista Manchete

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Em governo FHC, jornais defendiam participação estrangeira na mídia do Brasil

(do Jornal GGN 

A mesma Associação Nacional dos Jornais que entrou com uma ADIN contra a participação estrangeira na comunicação social aos portais de internet, como forma de sufocar o jornalismo produzido pela BBC Brasil, The Intercept Brasil, El País Brasil e Deutsche Welle Brasil, entre outros, em 2001 reunia-se com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para defender a participação de capital estrangeiro em jornais, revistas e emissoras brasileiras.

A informação é de notícia do Estado de S. Paulo, datada de 20 de novembro de 2001. O jornal anunciava que dirigentes da ANJ e também da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) e da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) defendiam a entrada de 30% do mercado estrangeiro na área.

"De acordo com o presidente da ANJ, Francisco Mesquita Neto, Fernando Henrique disse ser favorável à proposta e prometeu apoio na votação em plenário, na Câmara dos Deputados, prevista para a próxima semana. (...) Aos dirigentes da ANJ, Abert e Aner, o presidente disse que vai pedir a Aécio agilidade na votação", diz o jornal.

"As três entidades têm posição favorável à PEC, que altera o artigo 222 da Constituição. A atual redação impede grupos estrangeiros de terem participação na posse de jornais, revistas e emissoras de rádio e TV", seguia a reportagem.

Naquele encontro com FHC, participaram Francisco Mesquita Neto, então presidente da ANJ e diretor-superintendente do Grupo Estado; o presidente do Conselho de Administração das empresas Grupo Folha, Luiz Frias; e o então presidente do Grupo Abril, Roberto Civita.

Na época, Civita disse que a alteração com a PEC seria fundamental para permitir a capitalização das empresas via bolsa de valores. "Hoje o único jeito é tomando empréstimo", afirmava. "O artigo 222 é arcaico e vem prejudicando os meios de comunicação tradicionais", dizia Mesquita Neto.

LEIA O GGN, CLIQUE AQUI


Deu na revista New Scientist - Tecnologia sexual - Quem tem boca vai a Londres...

por Jean-Paul Lagarride 

Deu na revista New Scientist: laboratório da escola de odontologia do King's College de Londres
desenvolve prótese de alta tecnologia para aprimorar e intensificar o popular fellatio.

Na verdade, o nome do estudo é The Fellatio Modification Project.

Antes que você faça qualquer crítica, lembre-se de que tanto a revista quanto o centro de estudos gozam (desculpem o trocadilho) da maior reputação científica.

E mais, a Science Gallery, também de Londres -  um espaço focado em arte e ciência promove uma exposição denominada "Mouthy: Into the Orifice", destinada a explorar o mundo oral-maxilar, muito além da mera mastigação.

Melhor você ler mais no site da revista New Scientist, clicando AQUI


Ou ir ao site da Science Gallery, clicando AQUI

Politização do jornalismo: no dos outros é refresco




por Flávio Sépia
O texto acima foi publicado na Istoé "Independente", com informações do Estadão. É sobre a primeira exposição realizada por coletivos fotográficos, que acontecerá em São Paulo, no Red Bull Station, entre os dias 11 e 13 de novembro. A mostra, chamada de Foto Invasão, reunirá fotos de profissionais independentes.

O último parágrafo do texto que ambos os veículos publicam, literalmente, e que transcrevo a seguir, ou é um primor de cinismo e hipocrisia ou trata-se de uma tardia autocrítica do jornalão e da revista. Eu, hein? Na maior desfaçatez, sugerem que a "politização" faz "estrago" no jornalismo e esquecem que "partidarizam" o "jornalismo" que praticam.

"A politização dos coletivos, inevitável por surgirem no bojo de um contexto politicamente histórico, é tema que pode ser debatido na mesa redonda de sexta-feira (11). A tomada de posição do olhar talvez seja mais radical e poderosa do que o engajamento das ideias no texto. Imagens falam mais e suscitam menos contestações. 

Mas será um tiro no pé se essa politização fizer o estrago que tem feito no jornalismo. Quando o partidarismo do jornalista o cega para qualquer um dos lados, suas ideias ficam amarradas a um conceito falho:o outro é o ruim e os meus são bons. 
É aí que a beleza da profissão começa a morrer." 

Tá explicado o golpe. Eles querem é voar!




por Omelete

Em cinco meses, os ministros de Temer viajaram 781 vezes nos aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Se o Brasil tiver que declarar guerra a Bolívia, Venezuela, Equador e Rússia, como querem um jornalista da Veja e a advogada musa do Impeachment, segundo nota e post públicos, há o risco de faltar combustível.

Segundo o Estadão, um voo entre Brasília e São Paulo com um jato semelhante aos utilizados pela FAB custa cerca de R$ 76 mil. De Brasília e Porto Alegre, 136 mil; de Brasília e Salvador, R$ 143 mil.

Um sinal de que o "ajuste fiscal" vai dizimar políticas sociais, tesourar aposentadorias e direitos trabalhistas aqui embaixo mas não vai atingir mordomias lá em cima.

Alguns desses ministros foram denunciados por caguetas da Lava Jato mas ainda não fizeram check-in para outra conexão: a do jatinho da PF. Esse voo tem sido adiado e a companhia aérea não informou ainda o motivo.

Encontro no Rio: As poderosas da fotografia


Foto de Julio Cesar Guimarães/Reprodução Facebook

Fotógrafas brasileiros promoveram encontro no Rio de Janeiro, ontem, e posaram para foto histórica nas escadarias do Theatro Municipal.

São Muitas, como diz o flyer digital ao lado.

A matéria está no site Conexão Jornalismo e a foto acima é de um post no Facebook da fotógrafa Wania Corredo.

Como tantas que posaram aí para o fotógrafo Julio Cesar Guimarães, Wania coleciona prêmios.

Veterana de cobertura de escolas de samba na passarela carioca, ela é autora da foto "Execução numa rua em Benfica", com a qual ganhou os prêmios Esso, Embratel e Líbero Badaró de Jornalismo.

A foto das meninas, no alto, mais do que simbólica, documenta uma bela realidade: o espaço que as fotógrafas conquistaram no Brasil, na última década, principalmente.

Há cerca de dois anos, um exposição ("As donas da bola"), em São Paulo, reuniu profissionais especializadas em cobrir jogos de futebol, aquelas quatro linhas que já foram território masculino.

Quer uma prova melhor de que elas estão em campo? Em todos os campos?

E nesse jogo quem sai ganhando é a Fotografia.

domingo, 6 de novembro de 2016

Curiosidade, direto de Miami: Emigrou, virou Manchete USA



A Manchete USA, que circula na Flórida. Reprodução

Memórias da redação: quando o clique e o zummmm de motor da câmera da Manchete vazaram no Jornal Nacional, ao vivo.

(do Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou - 2 (versão virtual)

Em entrevista a Amaury Jr., Cid Moreira revelou que até hoje tem pesadelos com falhas técnicas do Jornal Nacional.

Pois a Manchete foi responsável por uma dessas falhas.

Nos distantes anos 70, uma dupla da revista foi ao estúdio do JN na sede da TV Globo, no Jardim Botânico, para fazer uma matéria com Cid e Sérgio Chapelin.

A entrevista já havia sido feita, mas o editor queria fotos dos dois apresentadores na bancada. Uma das fotos, em ângulo lateral, deveria mostrar ambos de corpo inteiro: uma brincadeira para desmentir que Cid e Chapelin apresentavam o JN de bermudas. Naquele noite, pelo menos, usavam paletó, gravata e jeans.

Os tempos eram outros, o prestígio da Manchete pesava e fotógrafo e repórter foram admitidos no estúdio poucos antes do JN entrar no ar. Hoje tal concessão é inimaginável.

Uns dois minutos antes, o diretor pede silêncio absoluto e ainda alerta pelo sistema de som que as fotos só poderão ser feitas nos intervalos. Óbvio, o som do disparador e do motor da câmera vazariam na transmissão ao vivo.

Infelizmente, a audição do fotógrafo - um grande e querido fotógrafo, por sinal - que se posicionou no lado oposto ao do repórter, não captou o aviso. Não deu outra. Logo no primeiro bloco, ele acionou a câmera. O clique e o zummmmm do motor, com um agudo no final, foram ouvidos no estúdio e, claro, em rede nacional. Mais de uma vez.

Não havia muito a fazer, não dava para interromper. Olhares furiosos miraram a dupla da Manchete.

No primeiro intervalo, a bronca do diretor explodiu no sistema de som e fotógrafo e repórter foram não muito gentilmente convidados a se retirarem do recinto.

Deve ter sido o pesadelo, ao vivo, do âncora Cid Moreira.

sábado, 5 de novembro de 2016

Mídia: a atual ofensiva contra Mossul é a guerra da rede social, do smartphone e da Go Pro. Com um clique você entra no campo de batalha. Basta digitar Mossul, no You Tube...




Durante a Segunda Guerra, apesar da precariedade das radiofotos, imagens dos combates eram vistas em jornais um dia ou dois depois do fato, dependendo do tempo gasto em revelação, deslocamento e transmissão.

Já as revistas ilustradas, como a Life e a Look, perdiam em atualidade para os jornais mas eram favorecidas ao receber material de melhor definição, via postal, a ainda pela boa qualidade do papel e da impressão. Também com um delay, os cinemas exibiam cinejornais dos campos de batalha. E lotavam salas. Os filmes eram oficiais, ufanistas, claro, mas atraiam multidões.

A Guerra do Vietnã foi a da TV, essencialmente, embora tenha produzido clássicas e dramáticas fotografias. Ao levar cenas de combates à mesa de jantar dos americanos, a TV influenciou a opinião pública e, embora não fosse a intenção das corporações da mídia, ajudou a fortalecer o movimento pacifista. A cobertura da TV não era ainda ao vivo, mas quase isso: as primeiras redes de satélites aceleravam a veiculação do material.

No Vietnã, a imprensa trabalhou sem maiores restrições, a não ser aquelas decorrentes dos riscos nas batalhas. O enorme impacto que tal cobertura provocou nos corações e mente da opinião pública parece ter servido de lição para os militares americanos.

E, na oportunidade seguinte, a da primeira guerra do Iraque, um pacote de restrições e controle foi imposto aos repórteres, fotógrafos e câmeras. Surgiu a figura do jornalista embeeded. A TV cobria batalhas ao vivo mas com os profissionais incorporados às tropas, sem autonomia para sair da rota. Em troca do acesso, a mídia submeteu-se a uma extensa lista de vetos e filtros.

Bem ao contrário da Guerra do Vietnã, as campanhas no Iraque foram editadas. O espetáculo - quem não se lembra das bombas caindo sobre Bagdá e da artilharia antiaérea rasgando os céus da cidade? Ou das imagens das bombas guiadas a laser atingindo seus alvos? - foi privilegiado. Foi uma guerra vista mais pela grande angular e menos pelos detalhes humanos que pudessem chocar ou assustar a opinião pública, com risco de comprometer o apoio popular à Tempestade no Deserto.

Nesse momento, tropas do Iraque, milícias xiitas e combatentes pershmergas curdos avançam sobre Mossul, última cidadela do Daesh, o autodenominado e terrorista Estado Islâmico.

Do ponto de vista da comunicação, essa é a guerra das câmeras GoPro e dos smartphones. Além da cobertura profissional, os próprios soldados, agora com a mídia social à disposição, especialmente o You Tube, estão compartilhando on line cenas impressionantes da ofensiva.

Muitas vezes, com a crueza da guerra, sem censura nem photoshop.

Com direito a curtidas e seguidores.

Não está fácil pra ninguém. É treino livre! Atletas posam para calendário pra pagar dívidas de time de rugby



Fotos: Reproduções/Divulgação
por Omelete
De no Mail on Line. A equipe de rugby feminina do Hitchin Ladies, de Hertfordshire, na Inglaterra, anda precisando de grana para a temporada do ano que vem.
Uniformes, passagens, departamento médico, tudo isso ajuda a levar a contas para o vermelho.
Daí, as jogadoras tiveram um ideia nada original mas que tem tirado alguns clubes da zona de rebaixamento financeira.
Sem photoshop e sem experiência em posar, elas fizeram um treino especial, nuas, para ilustrar um calendário para 2017, com renda para o clube. Uma delas confessou que o time estava tímido, no início, mas aos poucos foi se soltando.
"Nós certamente não somos supermodelos, mas nos divertimos e espero que possamos ganhar algum dinheiro e ajudar ao rugby feminino". O calendário está à venda no site do clube por 10 libras (em torno de 40 reais).

José Serra: petição no Avaaz pede afastamento do ministro do Exterior após denúncia de "tiro-liro-ló' de 23 milhões de reais em conta secreta na Suíça


Serra canta para governante português e...


é alvo de petição bota-fora no site Avaaz


por Ed Sá

Assim como no filme "O Ditador", o general Shabazz Aladeen, interpretado por Sacha Baron Cohen, transforma um regime de ficção em piada, José Serra concorre para ser a comédia do governo que se apossou do Planalto. Há pouco, ele foi visto durante uma entrevista participando de um hilário "soletrando" ao tentar decifrar o que diabos significa a sigla Brics.

Um colunista ligado a Temer - o que, no caso deve lhe dar alguma credibilidade - contou que, na ONU, durante encontros com mandatários de vários países, Serra cochichava seguidamente no ouvido de Temer querendo saber quantos habitantes tinha cada país. Talvez, quem sabe, por achar que se tivesse menos gente do que a cifra que ele tinha lá sob a careca não valia nem a pena perder tempo conversando com aqueles sujeitos desimportantes.

Hoje, o Globo registra que em jantar com o primeiro-ministro português António Costa, Serra deu-se a cantar musiquinhas como se fosse um concorrente do The Voice. E os jornais portugueses, como li ontem, achando que o seu governante havia se despencado da Terrinha para conversar sobre importantes acordos comerciais. Serra, diz a nota, quis lembrar o ditador Salazar, que morreu há 46 anos, e o seu próprio tempo de UNE, que foi há 56 anos. Relevantíssimo. Aliás, após o jantar, Serra teria levado jornalistas ao seu gabinete para conhecer uma das suas providências à frente do Itamaraty: mandou botar uma cama, pijama e chilenos em uma sala ao lado do seu gabinete para cochilos restauradores após bater um cansaço.

Um gaiato saiu dizendo que o "puxadinho" deve ser até agora sua maior realização à frente do Ministério do Exterior.

O que não é piada é o abaixo-assinado que corre no Avaaz pedindo o afastamento de José Serra após a denúncia de que teria recebido um tiro-liro-ló de 23 milhões de reais em uma conta não declarada na Suíça.

A Nova República Policial brasileira em ação. Invasão a mão armada repercute no mundo

VEJA O VÍDEO


O mundo contra a criminalização do MST 
e o Estado de Exceção


(do Jornal GGN)

Renomados acadêmicos, pesquisadores, figuras políticas, sociólogos, magistrados, procuradores e cadedráticos do Brasil e do mundo manifestaram-se em repúdio à violenta ação da polícia contra lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), nesta sexta-feira. Acompanhe alguns relatos:

"A invasão policial, sem mandado judicial, da Escola Florestan Fernandes, do MST, constitui não só um dos mais graves dos muitos episódios recentes tendentes à instauração  de um regime de exceção, como a evidente tentativa de criminalizar os movimentos sociais e todos os segmentos que não concordam com os rumos autoritários que vem tomando conta do nosso país." (Ricardo Lodi Ribeiro, professor adjunto de Direito Financeiro da UERJ).



"Se havia alguma dúvida, agora na há mais: já estamos vivendo sob o estado policial" (Wadih Damous, Deputado Federal).

"É exceção a pleno vapor, exibindo as suas garras, depois da forte agressão à soberania popular no golpe contra Dilma" (Tarso Genro).

"O avanço do estado policial como consequência do golpe vem atropelando os direitos e garantias fundamentais a serviço do Estado de exceção" (Leonardo Isaac Yarochewsky).

"Esta manhã, a polícia atacou uma escola do @MST_Oficial no Brasil. Desde a BCN, condenamos a violência e exigimos respeito aos Direitos Humanos" (Gerardo Pisarello, Coprefeito de Barcelona-ES).

"Estamos vendo o nascimento de uma ditadura. O golpe vai se consolidando como um Estado de Exceção que enterrou a Constituição democrática e não respeita os direitos fundamentais." (João Ricardo Wanderley Dornelles, Professor de Direito da PUC-Rio).

"Maquiavel fez escola. Toda a maldade de uma Vez. Estado aparelhado. População com medo. O cotidiano militarizado. Resistir até o fim." (Alexandre Morais da Rosa, Juiz de Direito e Professor da UFSC).

"A ilegal invasão da Escola Florestan Fernandes em Guararema-SP, de forma irresponsável e com munição letal, mergulha ainda mais o Brasil nas sombras do Estado Policial, onde a seletividade e ilegalidade determinadas ações (tanto policiais como judiciais) voltaram a ser a regra, bem ao estilo das ditaduras latinoamericanas chefiadas por Washington." (Ricardo Franco, advogado junto ao Tribunal Penal internacional).

"O assalto armado policial à Escola Florestan Fernandes é mais um assalto a nossa jovem democracia, que vem sofrendo rápido processo de degeneração. O ameganhamento da política e das instituições constitui um assustador sinal do avanço do fascismo no Brasil. Fiquemos alertas." (Eugênio de Aragão, Professor da UnB, Subprocurador-geral da República e ex-Ministro da Justiça do governo Dilma Rousseff).

"Essa é a sua maneira de assentar as bases do autoritarismo antidemocrático, criminalizando os conflitos socieconômicos, tornando questões de ordem pública e manipulando um medo induzido aos cidadãos" (Maria José Fariñas Dulce, Catedratica de la Universidad Carlos III - Madrid Y Miembro del Tribunal Internacional por lá Democracia en Brasil).

"O poder político e o poder econômico agem sem limites. Os direitos fundamentais são afastados sem pudor. Vive-se a era pós-democrática" (Rubens Casara, Juiz de Direito).

"Se havia alguma dúvida quanto ao golpe, estamos agora vivendo o que sempre ocorre pós-golpe: tudo é possível em nome da manutenção da ordem estabelecida pela força." (Rômulo de Andrade Moreira, Procurador de Justiça /BA e Professor de Direito Processual Penal da Faculdade de Direito da Universidade Salvador - UNIFACS).

"Contra as ideias da força, a força das ideias! (FLORESTAN FERNANDES)

"O Brasil obscurece e estarrece o mundo com o injustificável e ilegal abuso de autoridade contra a Escola Nacional Florestan Fernandes, já não faltam motivos para a sociedade se levantar contra o Golpe fragrante e sistemático que viola a Constituição e todas as Cartas de Direitos Humanos" (Carol Proner, Professora de Direito Internacional da UFRJ).

"Voltamos aos velhos tempos do Estado policial." (Adílson Rodrigues Pires, Professor Adjunto de Direito Financeiro da UERJ),

"A democracia derrete rapidamente no Brasil Agora, as vitimas das medidas de exceção são os movimentos sociais. Toda solidariedade ao MST " (Pedro Estevam Serrano - Professor da PUC/SP),

"O Golpe de Estado evidencia seu caráter antipopular por meio de sua agenda econômica associada ao rentismo parasitário e por meio da escalada criminalizadora dos movimentos sociais. O Estado de Exceção confirma a regra histórica do autoritarismo das classes dominantes no Brasil. O ataque à Escola Nacional Florestan Fernandes atinge a todos que lutam por um país mais justo e igualitário. Resistir às arbitrariedades é a mais importante tarefa dos defensores do Estado de Direito." (Gabriel Sampaio, ex-secretário de assuntos legislativos do Ministério da Justiça, no Governo Dilma Rousseff, advogado e membro do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária).

"O ataque à Escola Nacional Florestan Fernandes coroa um processo crescente de criminalização dos movimentos sociais. A cada dia nos distanciamos dos parâmetros que devem reger uma democracia constitucional. Nenhum democrata pode ficar calado." (Gustavo Ferreira Santos, Prof. de Direito Constitucional da Unicap e da Ufpe).

"A invasão da Escola Florestan Fernandes é ilegal e autoritária, unicamente cabível em regimes de exceção. A naturalização de atos de violência ao arrepio da lei e da Constituição é grave risco para a democracia." (João Paulo Allain Teixeira, Professor de Direito UNICAP / UFPE).

"É não apenas direito de todo cidadão brasileiro, mas também seu dever, defender a Constituição de toda forma de usurpação e desconstrução.  A violência que se pratica sobre nossos jovens que, corajosamente, defendem a Constituição de 88 contra tentativas de desconstitucionalização, pela via da erosão dos direitos sociais, é uma das consequências do Golpe de 2016. Em defesa da sociedade e da Constituição pedimos: parem o Golpe!" (Juliana Neuenschwander Magalhães, Professora da Faculdade Nacional de Direito da UFRJ).

"Quando membros do MP e do Judiciário começam a ostentar publicamente um discurso punitivista ao arrepio da lei e das garantias constitucionais, assistimos a ações arbitrárias como a que lamentavelmente ocorreu no dia de hoje, 04/11/2016, com a invasão violenta e ilegal de uma Escola, a Escola Nacional Florestan Fernandes, exemplo internacional de educação para a cidadania. São práticas típicas de Estado de Exceção. Perseguição política e criminalização de movimentos sociais em estado puro." (José Carlos Moreira da Silva Filho - Professor no Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais e na Graduação em Direito da PUCRS / Ex-Conselheiro e Vice-Presidente da Comissão de Anistia).

"A PM de SP, ao invadir sem mandado judicial a Escola Florestan Fernandes, deu sinais claros de que vivemos um regime de exceção, em que as garantias individuais estão sendo violadas por um estado policialesco." (Nasser Ahmad Allan. Doutor em Direito pela UFPR, advogado em Curitiba).

"A truculenta e descabida invasão policial à escola Florestan Fernandes, sem mandado judicial e com uso efetivo de armas letais, é um dos mais graves episódios da escalada de violência e autoritarismo pela qual vem passando o Brasil desde o golpe de abril de 2016. A maioria da sociedade brasileira não pode mais ficar assistindo impassível a esse tipo de acontecimento." (Ronaldo Campos e Silva, Presidente da Comissão de Advocacia Pública da OAB/RJ e Professor de Direito do Ibmec-Rio).

"Impossível que em um dito Estado Democrático de Direito ainda ocorram violências e ações desmedidas contra manifestações, sejam de estudantes ou de trabalhadores. Qual a vergonhosa lição de democracia e de justiça que deixarão após estes tempos terríveis?" (Flávio Martins, Diretor da Faculdade Nacional de Direito - FND-UFRJ).

"A invasão da Escola Florestan Fernandes é mais um episódio que traduz a escalada da violência do estado de exceção que se instalou no Brasil com o golpe parlamentar de abril de 2016". (Gisele Cittadino PUC-Rio).

"Criminalizar os movimentos sociais e impor medo às pessoas que pretendem resistir. São esses os objetivos da invasão ilegal à Escola Florestan Fernandes. Esquecem, porém, que todos(as) que ali estamos, fisicamente ou não, fomos formados(as) na luta." (André  Carneiro Leão, Defensor Público Federal)

"O MST não é organização criminosa. Muito pelo contrário, é um movimento que luta pela democratização do acesso a terra, o que deve ser considerado elogiável e salutar para a ordem democrática e constitucional do nosso país" (Cezar Britto* e Paulo Freire**, da Página do MST).

“Recebemos com enorme preocupação as notícias vindas do Brasil. Esse comportamento da polícia de São Paulo é típico de ditadura e de governos autoritários. Se o Brasil é de fato uma democracia tem que estar à altura. O que pode estar havendo no Brasil é um desmantelamento do Estado Democrático de Direito". (Juan Carlos Monedero, fundador do Podemos, na Espanha).

"A invasão da Escola Florestan Fernandes pela polícia militar de SP foi a prova de que estamos em um Estado de Exceção, uma ditadura. As instituições devem repelir a agressão e devemos repensar o papel da polícia militar na sociedade". (André Tredinnick Juiz de Direito, Coordenador da AJD Rio).

"A invasão policial da escola Florestan Fernandes é exatamente o motivo pelo qual os estudantes devem continuar a ocupação de todas as escolas possíveis para denunciar o fascismo que avança sobre o país". (Marcio Tenenbaum - advogado).

"Os mecanismos de exceção que incendeiam e se espraiam nos mais variados campos, são centelhas de algo verdadeiramente abjeto que assola o cotidiano das populações mais afetadas pela anencefalia do poder. As sombras das injustiças, a segregação espacial dessas populações ou mesmo a autorização judicial para o uso de tortura contra pessoas apeadas de seus direitos, é a pedra angular de algo mais grave e dramático. É o encontro da imoralidade, travestida pelo bem comum, com a desonestidade escondida pela carcaça carcomida da legalidade imposta pela elite fascistas brasileira. A invasão da Escola Florestan Fernandes é a fratura exposta da ditadura que ainda não nos desvencilhamos." (Sergio Graziano, advogado e professor da Universidade de Caxias do Sul).

"A ação violenta e ilegal da polícia contra a escola Florestan Fernandes arremata o golpe na nossa democracia e revela sua faceta mais perversa: a desconsideração institucionalizada dos direitos fundamentais e a manifesta intenção de criminalizar os movimentos sociais! O Estado se posicionando como inimigo do povo e a serviço dos interesses oligárquicos numa reprise deplorável dos anos de chumbo que vivemos tão recentemente!" (Simone Nacif - Juíza de Direito).

"Pagar os juros da dívida para com o mercado financeiro é o valor supremo do sistema capitalista, sobretudo em sua versão neoliberal, há décadas mundialmente hegemônica. Se o custo disso for a falência de Estados, a supressão dos direitos trabalhistas e previdenciários, o sucateamento da saúde e da educação, a multiplicação da exclusão e da miséria, nada disso tem importância perante o imperativo de 'honrar' o pagamento da dívida. Quando os milhões de prejudicados começam a insurgir-se contra isso, criminalizam-se os atos de protesto, suspendem-se garantias constitucionais, põe-se em vigor um estado de exceção não declarado expressamente como tal. Para dar efetividade a tudo isso, o Executivo impõe seu poder de polícia, o Legislativo, acuado, aprova o que lhe exigem e o Judiciário dá a benção final. É nesse mundo que vivemos". (Agostinho Ramalho Marques Neto, Psicanalista e Professor de Filosofia do Direito).

"O fascismo testa os nossos limites todos os dias, e a tática é sempre dar um passo mais adiante para ver se a linha que separa o lícito e o ilícito se dissolve. Quando a polícia, sem mandado, invade a tiros uma escola onde há jovens e crianças e não sofre as consequência de seus atos, é porque essa linha já não existe mais. Já não há mais direito, se é que ainda há estado". (Thomas Bustamante, Professor de Filosofia do Direito da UFMG).

"A invasão à escola Florestan Fernandes é o sinal de que querem matar o último suspiro da democracia: a consciência crítica." Frederico Riani (Prof. Associado II UFJF. mestre e doutor em direito do estado pela PUC-SP).

"O Estado Democrático de Direito,  consagrado no texto constitucional de 1988, foi enterrado.  Vivemos num Estado de Exceção com a participação, infelizmente,  de setores do Poder Judiciário e do Ministério Público." (Sérgio Sant'Anna, Professor da UCAM, Procurador Federal e Conselheiro da OAB-RJ).

"O Estado policial, a serviço de uma ditadura ideológica de cunho fascista, decretou com a proposta de Emenda constitucional de congelamento dos investimentos na educação, saúde e assistência social, por vinte anos, o fim do Homo sapiens no Brasil" (Xico Celso Calmon, advogado).

"Resta-nos pouco a dizer e muito a fazer quando um Estado 'em armas' invade uma escola, exercendo indiscriminadamente o poder de polícia. Toda nossa solidariedade à Escola Nacional Florestan Fernandes. (Renata Nóbrega Juíza do Trabalho e membra da AJD).

"Invadir uma escola sem mandado judicial é uma marca dos regimes de exceção . Esse retrocesso não passará impune . Não aceitaremos a tentativa de criminalizar os movimentos sociais !" (Roberto Cupolillo professor e vereador pelo PT de Juiz de Fora).

"Reivindicar direitos e um mundo mais justo não é crime.Toda solidariedade ao MST." (Juanito Alexandre Vieira, Professor de História do CA João XXIII/UFJF).

"A Escola Nacional Florestan Fernandes é um patrimônio da classe trabalhadora, espaço de luta e de esperança, de formação política e de aprendizado dos valores da solidariedade socialista.  Ali me formei como militante,  como professora,  como educanda,  mas principalmente como lutadora.  A ação da Polícia hoje foi algo arbitrário e desmedido.  Aos companheiros e companheiras que constroem a ENFF,  toda nossa vida de resistência." (Cristina Simões Bezerra, professora da Faculdade de Serviço Social da UFJF,  coordenadora da parceria entre a UFJF e a ENFF).

"Resta-nos pouco a dizer e muito a fazer quando um Estado 'em armas' invade uma escola, exercendo indiscriminadamente o poder de polícia. Toda nossa solidariedade à Escola Nacional Florestan Fernandes. (Renata Nóbrega Juíza do Trabalho e membra da AJD).

"A ilegal, autoritária e grave invasão policial da Escola  Florestan Fernandes, sem mandato judicial, simboliza o retorno do autoritarismo que se pretendia extirpado da nossa História. Criminalizar os que lutam por Reforma Agrária atenta contra a democracia e traz de volta o repulsivo Estado Policial." (A Frente Brasil de Juristas para Democracia presta sua solidariedade ao MST, vítima da violência e do preconceito estatal).

"Não há democracia sem luta social. Invadir a sede um dos maiores movimentos sociais da América Latina é, antes de tudo, uma ofensiva autoritária que merece ser duramente reprimida." (Manuela Abath,  Professora, UNICAP/UFPE).

"Criminalizar os movimentos sociais e impor medo às pessoas que pretendem resistir. São esses os objetivos da invasão ilegal à Escola Florestan Fernandes. Esquecem, porém, que todos(as) que ali estamos, fisicamente ou não, fomos formados(as) na luta." (André  Carneiro Leão, Defensor Público Federal).

"A invasão policial sem mandado da Escola Florestan Fernandes do MST é um deplorável exemplo dos métodos de governança que as oligarquias econômicas e financeiras internacionais estão impondo em estados formalmente democráticos, criminalizando a manifestação e tornando vulnerável a soberania popular. Avançar nos processos de crescente desigualdade e de concentração da riqueza e o poder em poucas mãos, que organizam as regras do jogo em seu próprio benefício, requer democracias de baixa intensidade, impondo um estado penal sobre o estado social. Eles querem tudo e estão dispostos a fazer qualquer coisa, para que tenham a garantia de uma cidadania submissa, assustada e colaborativa com o seu modelo explorador e predatório." (Lina Galvez Catedratica de Historia e Instituciones Economicas Y co-directora del master de DDHH de la Universidad Pablo de Olavide).

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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

25 anos depois de Demi Moore...


Vinte e cinco anos depois da  Vanity Fair, que fez uma célebre capa com Demi Moore grávida e nua fotografada por Annie Leibovitz, uma revista das Filipinas, a Metro, provoca polêmica no país ao destacar a atriz e VJ britânica-filipina Georgina Wilson celebrando a maternidade, com fotos de BJ Pascual. (CSB)

Site americano elogia capa da Elle brasileira com modelo transgênero


por Clara S. Britto 
O site Adweek elogiou a capa da revista brasileira da Elle de outubro. Fotografada por Gui Paganini, a modelo transgênero Valentina Sampaio ilustra a edição. O Adweek lembra que em 2011 a Elle brasileira também mostrou sua visão moderna ao fazer um ensaio de capa com outra famosa transgênero, Lea T.

Mídia brasileira estigmatiza luta de estudantes


(do site Midia Ninja) 
Em artigo publicado pela revista francesa Basta! com a manchete "Milhares de escolas e universidades ocupadas, no Brasil, contra as políticas de austeridade", jornalista afirma que quando o mainstream da mídia fala, é para estigmatizar os estudantes.

No último dia 3 de outubro, em São José dos Pinhais, no Estado brasileiro do Paraná (sul do Brasil), um grupo de secundaristas decidiu ocupar sua escola. Eles contestam as políticas do governo de direita de Michel Temer. O movimento ganhou força rapidamente. Em todo o Brasil, cerca de 1.200 escolas públicas estão atualmente ocupadas por alunos, e também uma centena de universidades. A maioria está no Estado do Paraná onde ocupam a metade das escolas, cerca de 800 colégios.

Os alunos e os estudantes se opõem ao projeto de reforma da educação pensado pelo atual governo de direita, mas também à reforma constitucional que prevê o congelamento dos gastos públicos por vinte anos, incluindo os da educação e da saúde (ver artigo do BastaMag 14/10). Este novo movimento estudantil também desafia o projeto dito da "Escola Sem Partido" iniciado pelos conservadores, que visa eliminar todas as formas de pensamento crítico, rotulados de esquerda, na educação.

Uma escola sem um partido é uma escola sem senso crítico, é uma escola racista, é uma escola homofóbica (…) Estamos aqui por ideais falou corajosamente uma estudante de 16 anos, Ana Júlia Ribeiro, no dia 31 de outubro. Ela falava na frente dos deputados do Paraná para explicar as razões do movimento.

Nas escolas ocupadas, jovens trabalham em comissões e fazem assembleias para decidir de suas ações. No dia 26 de outubro, representantes de cerca de 600 escolas ocupadas no Paraná, se reuniram em assembleia geral conjunta para decidir sobre a continuidade do movimento pela "educação pública gratuita e de qualidade", como o defende a União Brasileira Estudantes. O movimento se afirma com forte independência a qualquer partido político, mesmo que seja oposição ao governo de Michel Temer. Ele escapa até agora das tentativas de recuperação pelos sindicatos e os partidos da esquerda institucional.

Os estudantes brasileiros já se mobilizaram massivamente no ano passado, especialmente no Estado de São Paulo. Centenas de escolas públicas foram ocupadas por seus alunos, dia e noite durante várias semanas, em oposição ao projeto do governador de fechar vários estabelecimentos de ensino.

"Marcado pela espontaneidade e pelo seu caráter essencialmente horizontal, sem hierarquia, esse movimento está na vanguarda da luta contra o governo federal, do conservadorismo das camadas superiores e da nova onda de políticas de austeridade”, analisa de Glauber Aquiles Sezerino, sociólogo, administrador da associação Autres Brésils. “Em junho de 2013 durante protestos contra o aumento da tarifa do transporte, ou os "rolêzinhos" esses "passeios" de jovens da periferia em centros comerciais destinados às camadas mais privilegiadas, já eram movimentos espontâneos e autônomos. Mas, até então, os protestos se focalizaram numa reivindicação limitada, como a tarifa do transporte, a repartição das escolas ou o acesso a lazeres. Agora, as palavras de ordem são mais amplas, e visam diretamente as políticas de austeridade econômica e a falta de diálogo do governo federal."

Diante dessa nova dinâmica, o governo federal, os governos estaduais e vários partidos de direita estão pouco abertos ao diálogo. As autoridades não hesitam em chamar a polícia militar para reprimir violentamente as ocupações, como na semana passada no Estado de Santa Catarina (Sul), onde a polícia apontou armas para os alunos. Em São Paulo, a polícia evacuou pelo uso da força as ocupações que apenas começavam, como no dia 25 de outubro, no norte da capital econômica do país. Apesar da importância do movimento, a grande imprensa mainstream levou semanas para se interessar. Na maioria das vezes, para estigmatizar estes estudantes.

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Normal. Saiu da balada, entrou no carro, botou pra tocar a música "Loquita", fez top less e bombou na web...



por Omelete
Dá para entender. A argentina saiu da balada, dia claro, sozinha, nada pra fazer enquanto dirigia. Botou pra tocar a música 'Loquita", da banda Marama e, sem blitz de Lei Seca à frente - a Argentina também tem - resolveu fazer um topless básico. E gravou o vídeo viraliza na internet.
VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Quem bate? É a crise... Versão impressa do The Wall Street Journal faz lipoaspiração jornalística para se tornar mais "digestível".

por Niko Bolontrin

O Wall Street Journal muda de formato na edição impressa. Com a queda das vendas, os jornais tentam medidas desesperadas para sobreviver.

Essa é mais uma.

Não está fácil. Mudar formato equivale ao caso do folclórico corno que surpreende a mulher com o Ricardão no sofá e e parte para um completo reposicionamento: tira o sofá da sala.

Tanto que a reforma, a julgar pelas declarações do editor do WSJ, claramente vai tornar o produto bem pior: seções serão fundidas, diminui o número de páginas, será reduzida a cobertura de cultura, notícias locais etc.

Ou seja: menos conteúdo.

Quando reformas são impostas por falta de dinheiro e não pela busca da excelência jornalística, o leitor sai perdendo.

O mais incrível nessa crise de identidade é que os anunciantes ainda parecem apostar mais no meio impresso do que as próprias editoras de jornais e revistas. Muitos jornais estão investindo em eventos como maneira de faturar verbas privadas e públicas. Só que a contrapartida é a publicação de páginas e páginas sobre o tal evento, que nem sempre será de interesse do leitor. O branded content, uma espécie de nova e pernóstica vestimenta da matéria paga, o jabá, também contamina o editorial.

Muitas marcas não abrem mão de ver suas mensagens em páginas duplas vistosas em vez de circular apenas no "mercado persa" da internet. É o que está sustentando ainda o impresso, mais do que as trôpegas soluções editoriais. É o caso de perguntar: a crise é do meio impresso? Do modelo? Do jornalismo? A indefinição e a busca enlouquecida de alternativas que levam a situações equivocadas como essa do WSJ, a de piorar para sobreviver, estão acelerando ainda mais a fuga dos anunciantes para o mundo digital.

Diz o editor do WSJ que o leitor quer hoje jornais mais "digestíveis".

Se é para fazer "digestível", melhor engarrafar limoncello amalfitano.

Quando o impresso de torna igual ao site, melhor eliminar o intermediário e ir de vez para o digital.

Ou para o limoncello.


Nem toda instância é imperial. Conheça o site "Juízes para a Democracia"




VISITE O SITE DA ASSOCIAÇÃO JUÍZES PARA A DEMOCRACIA, CLIQUE AQUI

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Corporações da mídia brasileira vão contra a Constituição e o Marco Civil da Internet e ameaçam tirar do ar versões nacionais de sites jornalísticos estrangeiros. É o AI-5 ressuscitado como um zumbi do monopólio...

O baronato da mídia conservadora gosta de falar em globalização e livre mercado, mas pratica uma absurda concentração de meios e parece detestar concorrência. E não hesita em usar todas as suas armas, especialmente após o golpe que patrocinou, para tentar barrar qualquer obstáculo ao monopólio jornalístico que impõe ao Brasil.

A notícia abaixo é simplesmente espantosa. É o AI-5 ressuscitado como um zumbi a atacar de uma só vez a liberdade de imprensa, o direito à informação, o Marco Civil da Internet e a própria Constituição.

Como se fosse um regime autoritário - do tipo que a Turquia põe em prática para controlar a Internet ou à maneira das ditaduras islâmicas, incluindo o intolerante e violento Estado Islâmico que amordaça a comunicação - grandes corporações da mídia querem tirar do ar versões nacionais de sites jornalísticos que atuam livremente em todos os países democráticos.
Imaginem se a ação que a ANJ (Associação Nacional de Jornais) patrocina fosse assinada pelo governo Maduro, da Venezuela, diariamente combatido pela rede de publicações representadas? Nem mesmo Maduro, em meio ao clima de conflagração no seu país, ousou tanto.

A ANJ e a mídia dominante vão acabar pedindo a volta da lei que vigorou até a ditadura militar e que obrigava todas as publicações a obterem um registro no DPF (Departamento da Polícia Federal) e DCDP (Divisão de Censura e Diversões Públicas). Era isso ou não podia ir para as bancas.

Leia a matéria abaixo publicada no site Pragmatismo Político 





(do site Pragmatismo Político)

Com medo de perder a hegemonia, mídia brasileira vai à Justiça para tirar do ar versões nacionais de sites estrangeiros como a BBC Brasil, o El País, o DW e o The Intercept

Sites estrangeiros com conteúdo nacional estão ameaçados

 O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou na última quinta-feira (27) que a Associação Nacional de Jornais (ANJ), representante das empresas do setor, entrou com a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.613, reivindicando que portais de notícias tenham de respeitar a mesma regra de limite de participação do capital estrangeiro – de até 30% – aplicada a jornais, revistas, rádios e televisões.

A medida pode colocar na ilegalidade a atuação de portais estrangeiros que atuam com equipes brasileiras produzindo conteúdo sobre o país, como a BBC Brasil, o El País, o DW e o The Intercept.

A Lei Federal 10.610, de 2002, define que “a participação de estrangeiros ou de brasileiros naturalizados há menos de dez anos no capital social de empresas jornalísticas e de radiodifusão não poderá exceder a trinta por cento do capital total” e só poderá ser realizada por “intermédio de pessoa jurídica constituída sob as leis brasileiras e que tenha sede no país”.

A ANJ quer que o STF considere que a expressão “empresas jornalísticas” inclua os veículos de comunicação constituídos unicamente na internet.

“A internet tem um potencial multiplicador de informação muito maior do que os tradicionais meios de comunicação, porque todo conteúdo pode ser imediatamente compartilhado e replicado em blogs, redes sociais etc. e ser repercutido por dias ou meses, por meio de comentários, novos compartilhamentos e afins. Essa realidade justifica, com ainda maior razão, a preocupação de que as notícias dirigidas ao público brasileiro preservem os valores e a cultura nacional, respeitem a soberania nacional e possam ensejar a responsabilização da empresa e de seus responsáveis, nos casos de violação a direitos subjetivos”, argumentou a associação.

A entidade defende que o modelo de negócios de veículos de comunicação estrangeiros deve seguir o exemplo da parceria entre os jornais Valor Econômico, brasileiro, e The Wall Street Journal, dos Estados Unidos.

“O jornal brasileiro possui em seu portal eletrônico uma seção exclusiva com notícias do jornal estrangeiro, traduzidas para o Português e disponibilizadas para o público brasileiro. As notícias produzidas pelo jornal americano, disponibilizadas por meio da referida parceria, passam pelo crivo editorial da empresa jornalística brasileira, que decide se elas são relevantes, ou não, para o público brasileiro, sem interferir em seu conteúdo”, defendeu.

No entanto, o parágrafo 3º do artigo 222 da Constituição Federal, originado pela Emenda Constitucional 36/2002, definiu que os meios eletrônicos de comunicação social, independentemente da tecnologia utilizada para a prestação do serviço, devem ser regidos por lei específica, que observe os princípios enunciados no artigo 221 da Carta Magna.

Esse entendimento já foi reafirmado pelo Conselho Institucional Ministério Público Federal, em inquérito civil sobre o mesmo tema proposta pela ANJ na ação de inconstitucionalidade. O conselho decidiu que os portais de notícias não estariam sujeitos às regras do artigo 222 do texto constitucional.

A ADI ainda está em fase de instrução e tem como relator o ministro Celso de Mello.

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