Jornalismo, mídia social, TV, streaming, opinião, humor, variedades, publicidade, fotografia, cultura e memórias da imprensa. ANO XVI. E, desde junho de 2009, um espaço coletivo para opiniões diversas e expansão on line do livro "Aconteceu na Manchete, as histórias que ninguém contou", com casos e fotos dos bastidores das redações. Opiniões veiculadas e assinadas são de responsabilidade dos seus autores. Este blog não veicula material jornalístico gerado por inteligência artificial.
Mostrando postagens com marcador smartphones. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador smartphones. Mostrar todas as postagens
sábado, 5 de novembro de 2016
Mídia: a atual ofensiva contra Mossul é a guerra da rede social, do smartphone e da Go Pro. Com um clique você entra no campo de batalha. Basta digitar Mossul, no You Tube...
Durante a Segunda Guerra, apesar da precariedade das radiofotos, imagens dos combates eram vistas em jornais um dia ou dois depois do fato, dependendo do tempo gasto em revelação, deslocamento e transmissão.
Já as revistas ilustradas, como a Life e a Look, perdiam em atualidade para os jornais mas eram favorecidas ao receber material de melhor definição, via postal, a ainda pela boa qualidade do papel e da impressão. Também com um delay, os cinemas exibiam cinejornais dos campos de batalha. E lotavam salas. Os filmes eram oficiais, ufanistas, claro, mas atraiam multidões.
A Guerra do Vietnã foi a da TV, essencialmente, embora tenha produzido clássicas e dramáticas fotografias. Ao levar cenas de combates à mesa de jantar dos americanos, a TV influenciou a opinião pública e, embora não fosse a intenção das corporações da mídia, ajudou a fortalecer o movimento pacifista. A cobertura da TV não era ainda ao vivo, mas quase isso: as primeiras redes de satélites aceleravam a veiculação do material.
No Vietnã, a imprensa trabalhou sem maiores restrições, a não ser aquelas decorrentes dos riscos nas batalhas. O enorme impacto que tal cobertura provocou nos corações e mente da opinião pública parece ter servido de lição para os militares americanos.
E, na oportunidade seguinte, a da primeira guerra do Iraque, um pacote de restrições e controle foi imposto aos repórteres, fotógrafos e câmeras. Surgiu a figura do jornalista embeeded. A TV cobria batalhas ao vivo mas com os profissionais incorporados às tropas, sem autonomia para sair da rota. Em troca do acesso, a mídia submeteu-se a uma extensa lista de vetos e filtros.
Bem ao contrário da Guerra do Vietnã, as campanhas no Iraque foram editadas. O espetáculo - quem não se lembra das bombas caindo sobre Bagdá e da artilharia antiaérea rasgando os céus da cidade? Ou das imagens das bombas guiadas a laser atingindo seus alvos? - foi privilegiado. Foi uma guerra vista mais pela grande angular e menos pelos detalhes humanos que pudessem chocar ou assustar a opinião pública, com risco de comprometer o apoio popular à Tempestade no Deserto.
Nesse momento, tropas do Iraque, milícias xiitas e combatentes pershmergas curdos avançam sobre Mossul, última cidadela do Daesh, o autodenominado e terrorista Estado Islâmico.
Do ponto de vista da comunicação, essa é a guerra das câmeras GoPro e dos smartphones. Além da cobertura profissional, os próprios soldados, agora com a mídia social à disposição, especialmente o You Tube, estão compartilhando on line cenas impressionantes da ofensiva.
Muitas vezes, com a crueza da guerra, sem censura nem photoshop.
Com direito a curtidas e seguidores.
Assinar:
Postagens (Atom)