quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Data vênia: advogada é criticada por postar fotos de biquini

Reprodução


A advogada israelense Yarden Haham foi advertida por colegas por postar fotos sensuais em redes sociais.  O "crime" foi cometido em fins do ano passado mas continua repercutindo. A doutora é sensação na web e multiplicou o número de seguidores. Um internauta diz que planeja ser preso apenas para tentar que a exuberante causídica o represente.

Crise do meio impresso: pesquisa do IBGE mostra grande queda de consumo de jornais, revistas, livros e papelaria



Segundo Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) de dezembro de 2016, setor editorial registra queda de 16,1% na vendas em relação a 2015. É a maior queda da série histórica. O declínio é atribuído à expansão dos meios eletrônicos.


Universidade da Pensilvânia oferece curso gratuito on line de inglês para jornalistas

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Doce balanço a caminho do mar: Estadão se livra da gravata e faz uma primeira página que é a cara do velho JB...



O Conexão Jornalismo repercutiu a foto de capa do Estadão na quarta-feira. O autor da matéria do site, Fábio Lau, comentou que a foto tem "a cara do Rio" .

Certíssimo.

E Fábio foi exato também ao revelar que ao ver a foto na rede social ligou para Sérgio Moraes, o fotojornalista que capturou a cena, para lembrar ao amigo que aquela fotografia daria primeira página no velho JB.

Horas mais tarde, Morais encaminhou ao Fábio o print do Estadão: a foto estava lá, de fato, na primeirona.

"Orgulho pelo brilho do profissional que sacou a sua "arma" e registrou a cena. E muita emoção por rever o quanto é bonito o trabalho do fotojornalista no impresso: a precisão da imagem, a luz recortando a história e o prestígio de ocupar a capa", diz ele no Conexão Jornalismo.

No fecho do texto, Fábio Lau constatou: "O Estadão foi, portanto, JB por um dia".

NOVA YORK: ONU OFERECE BOLSAS PARA JORNALISTAS BRASILEIROS



O Dag Hammarskjöld Fund para Jornalistas, instituição da ONU, está oferecendo bolsas para jornalistas de países em desenvolvimento. As inscrições estão abertas a profissionais com idades entre 25 e 35 anos e que estejam vinculados a rádio, televisão, veículo impresso ou internet e tenham autorização das suas empresas para passar três meses em Nova York, de setembro a novembro próximos.
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A política do ajuste fiscal selvagem agora é coisa nossa. Lembra do FMI? Eles estão morrendo de inveja...

Durante muitos anos, o Brasil, representado por alguns líderes e tecnocratas, andava de quatro para o FMI, de orifício traseiro alegremente exposto aos ventos.

A mídia dominante ficava nervosa, hiperativa, e comemorava junto com o "mercado" cada vez que aqui aportava uma das tais "missões do FMI" que vinham, na prática, dar esporro em ministros e presidentes. Era um circo, um circo vexatório, na verdade.

Diziam os amestrados que o FMI vinha atuar para estabilizar o país, conter a crise no Terceiro Mundo. Ironicamente ou previsivelmente, as grandes crises, aquelas que dizimaram riquezas e provocaram terremotos globais, foram geradas por especuladores desembestados que atuaram nas instituições do Primeiro Mundo nas fraldas do FMI.

O que o FMI fazia aqui com grande competência era produzir uma rigorosa estagnação, com altos custos sociais. Se a pobreza aumentava, se a fome batia às portas de milhões de brasileiros, se crianças morriam por "contingenciamento" de verbas para programas de vacinação, de promoção de queda de mortandade infantil e de manutenção de hospitais públicos, dos sistemas de educação, segurança e de obras de infraestrutura, dane-se, desde que o mercado financeiro faturasse bilhões com taxas de juros nas alturas.

Nos anos 00, o Brasil livrou-se do FMI.

Curiosamente, hoje, aquelas missões imperiais que agitavam o país tornaram-se dispensáveis. O trabalho sujo passou a ser feito aqui mesmo, sem a necessidade de componentes importados, a não ser a "filosofia".

Só se fala no "ajuste fiscal". É um dogma, talvez um deus para os especialistas. Não há políticas, há o fanatismo pelo ajuste, a obra única, a patologia que começa e acaba em torno de si mesmo.

Os burocratas do FMI, com sangue nos dentes, talvez morressem de inveja dos seus equivalentes do atual e ilegítimo governo brasileiro.

O ajuste fiscal e a aprovação de leis que vão engessar dispositivos sociais por décadas é algo selvagem. Sem falar que o foco dos cortes aponta dramaticamente para as faixas mais pobres da população. Privilégios não serão afetados.

O Rio de Janeiro vive uma enorme crise. Isso é fato. Políticos e empresários em ativa parceria desviaram bilhões, segundo apontam investigações. Vários estão presos, provavelmente suspenderam as operações. Mas outras causas do rombo nas contas do estado continuam ativas e operantes. A política suspeita de incentivos fiscais, por exemplo. Hoje mesmo o Diário Oficial revela que o mesmo governo que não consegue pagar funcionários continua abrindo mão de milhões em impostos. Calcula-se que, nos últimos anos, empresas deixaram de pagar mais de 150 bilhões de reais em impostos aos cofres do Rio de Janeiro.

Outro rombo, quase incalculável tamanha é a precariedade da fiscalização, é atribuído à terceirização e a certas "organizações sociais" e tipos de "ongs" que ocupam áreas de serviços públicos.

Mesmo diante da penúria que atinge hospitais, escolas e funcionários, entre outros setores, e de vários estados, o governo federal ilegítimo, agora com a ajuda do STF, quer apertar ainda mais o cerco e desaprova instrumentos que mantenham pelo menos os serviços essenciais em operação, além das obrigações salariais.

Ao mesmo tempo, com espantosa desfaçatez, prepara a doação de 100 bilhões de reais para teles no embalo de revisão de concessões e outras metáforas.

Você deve estar lendo com frequência matérias e artigos que forçam a privatização da Cedae. Provavelmente a empresa será vendida. Não se chegou ainda a um valor exato mas há estimativas de que o estado arrecadará 1,5 bilhão de reais com a privatização dos serviços de água e esgoto no Rio.

Mas você não lê nenhum "formador de opinião" que denuncie a farra de incentivos e peça investigações, CPIs, operações do tipo Lava Jato ou assemelhadas para estancar a sangria.

Leia de novo: a venda da Cedae renderá 1 bilhão e meio de reais, aproximadamente. E a mamata dos incentivos custou nos últimos anos 150 bilhões de reais em impostos que viraram nuvens. E se, em alguns poucos casos, não viraram fantasia nem as autoridades sabem já que não se sabe sequer se a contrapartida aos incentivos é comprovada ou fiscalizada.

É mole, quer mais ou você tem inveja dessa festa?

O FMI deve estar doido para voltar ao Brasil. Mas, dessa vez, os gringos virão aprender como se faz um ajuste fiscal sem escrúpulos e sem vergonha.

Foto de Cléo Pires nua quebra a internet...

Cléo  postou a foto acima, ontem. A internet pirou. Reprodução

Leila Diniz aos 23 anos na capa
 da Fatos & Fotos (1968) 
por Ed Sá 

Há algo de Leila Diniz em Cléo Pires. Em atitudes, fotos e entrevistas Cléo exibe a energia libertária que caracterizava Leila.

Suas opiniões são de uma franqueza desconcertante por contrastar com a contidas entrevistas de outras atrizes de sua geração, que costumam repetir frases inodoras filtradas por assessoria de comunicação.

Cléo, como Leila, deixa claro que antes da atriz vem a mulher consciente, livre, contemporânea.

Leila estaria hoje com quase 72 anos. Cléo fará 35 no fim deste ano. As duas parecem se encontrar na linha do tempo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

‘Trabalhando a qualquer hora, em qualquer lugar’: novo relatório destaca oportunidades e desafios na expansão do trabalho a distância

Foto Unsplash

(do portal da ONU Br)

Novo relatório da OIT e do Eurofund mostra que o uso das novas tecnologias de comunicação abre caminho para um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal, mas também diminui as fronteiras entre trabalho e casa.

O relatório destaca uma série de efeitos positivos do trabalho a distância, como maior autonomia do tempo de trabalho, que leva a mais flexibilidade em termos de organização do tempo de trabalho.

A expansão do uso de tecnologias digitais, como smartphones, tablets, laptops e computadores desktop para trabalhar a distância (seja em casa ou em outros lugares) está rapidamente transformando o modelo tradicional de trabalho.

Essa tendência pode melhorar o equilíbrio entre a vida profissional e a pessoal, reduzir o tempo de deslocamento e aumentar a produtividade, mas também pode resultar em horas de trabalho mais longas, maior intensidade de trabalho e interferência no trabalho e em casa, segundo um novo relatório lançado hoje (15) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pelo Eurofound.

O novo relatório ”Trabalhando a qualquer hora, em qualquer lugar: os efeitos no mundo do trabalho” sintetiza uma pesquisa realizada pelas duas organizações em 15 países, incluindo Brasil, Estados Unidos, Argentina, Índia, Japão e dez Estados-membros da União Europeia: Bélgica, França, Finlândia, Alemanha, Hungria, Itália, Holanda, Espanha, Suécia e Reino Unido.

O estudo identifica vários tipos de funcionários que utilizam novas tecnologias para trabalhar a distância, ou seja, fora das instalações de seus empregadores. As subcategorias desse grupo incluem pessoas que trabalham de casa regularmente, pessoas que trabalham de casa ocasionalmente e pessoas que trabalham de outros lugares com frequência [1].

O relatório destaca uma série de efeitos positivos do trabalho a distância, como maior autonomia do tempo de trabalho, que leva a mais flexibilidade em termos de organização do tempo de trabalho. Outro efeito positivo é a redução do tempo de deslocamento, que resulta em maior produtividade e melhor equilíbrio entre o trabalho e a vida pessoal. O estudo também identifica várias desvantagens, como a tendência em trabalhar mais horas e uma sobreposição entre trabalho remunerado e vida pessoal – o que pode levar a altos níveis de estresse.

O relatório traça distinções claras entre pessoas que trabalham de casa e parecem desfrutar de um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal e pessoas que trabalham de outros lugares com frequência, mas correm um risco maior de sofrer resultados negativos em termos de saúde e bem-estar.

“Este relatório mostra que o uso de tecnologias modernas de comunicação facilita um melhor equilíbrio entre vida profissional e pessoal mas, ao mesmo tempo, diminui os limites entre o trabalho e a vida pessoal, dependendo do local de trabalho e das características das diferentes ocupações”, disse o especialista da OIT sobre condições de trabalho e coautor do relatório, Jon Messenger.

O relatório fornece recomendações para lidar com essa disparidade, como a promoção do trabalho a distância formal em tempo parcial, com o objetivo de ajudar as pessoas que trabalham em casa ou em outros lugares a manter vínculos com seus colegas de trabalho e melhorar seu bem-estar, e restringir o trabalho a distância informal e suplementar envolvendo longas horas de trabalho.

“É particularmente importante abordar a questão do trabalho suplementar realizado através das tecnologias modernas de comunicação, como por exemplo o trabalho adicional feito em casa, que pode ser visto como horas extras não remuneradas. Nesse caso, também é importante garantir que os períodos mínimos de descanso sejam respeitados, a fim de evitar efeitos negativos sobre a saúde e o bem-estar dos trabalhadores”, disse Oscar Vargas, da Eurofound.

Atualmente, apenas a União Europeia possui um acordo para regular a mudança digital relacionada ao trabalho a distância (European Framework Agreement on Telework). No entanto, a maioria das iniciativas existentes está relacionada com o trabalho a distância formal, baseado no domicílio, enquanto os problemas parecem ser mais recorrentes com o trabalho a distância informal e ocasional.

À medida que o trabalho a distância se torna mais proeminente, também aumenta a necessidade de se desconectar para separar o trabalho remunerado da vida pessoal. França e Alemanha já começaram a analisar acordos negociados dentro das empresas e a legislação, tanto existente quanto nova, como o “direito de se desconectar” na revisão mais recente do Código de Trabalho francês. No futuro, isso pode resultar em medidas concretas para tornar a vida profissional menos difusa, como desligar servidores de computadores fora do horário de trabalho para evitar e-mails durante os períodos de descanso e feriados, o que já está acontecendo em algumas empresas.

Fonte: ONU Br/Nações Unidas no Brasil

ACESSE O RELATÓRIO COMPLETO, CLIQUE AQUI

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

Série sobre assassinato de embaixador russo ganha o World Press Photo 2017. Brasileiro Lalo Almeida, com imagem dramática sobre vítimas de zika vírus, fica em segundo lugar


Foto de Burhan Ozbilici, vencedor do World Press Photo 2017.

por Jean-Paul Lagarride

Entre quase noventa mil fotografias inscritas por profissionais de 125 países, a 60ª edição do concurso World Press Photo apontou como Fotografia do Ano a série de imagens capturadas por Burhan Ozbilici, da Associated Press (AP), focalizando o assassinato do embaixador russo Andrei Karlov, na Galeria de Arte Contemporânea de Ancara, na Turquia em dezembro do ano passado. A série denominada "Um Assassinato na Turquia" mostra o terrorista islâmico Mevlüt Mert Altintas, um policial que fazia parte do dispositivo de segurança, com arma na mão, logo após disparar contra o embaixador.

A escolha da foto vencedora provocou polêmica até entre o júri que se dividiu entre a crueza de um fato jornalístico que não se pode ignorar e a publicidade que se dá indiretamente a um cruel ato de terrorismo.

Além de Ozbilici, 45 fotógrafos de 25 países foram premiados este ano.

Foto de Lalo Almeida, segundo lugar na categoria Prize History do World Press Photo. 

O fotojornalista brasileiro Lalo Almeida, colaborador do New York Times e da Folha de São Paulo no Brasil e na América do Sul, ficou em segundo lugar na categoria Prize History com a foto "Vítimas do Zika Vírus".

VEJA A GALERIA COMPLETA NO SITE DO WORLD PRESS PHOTO, CLIQUE AQUI

Revista Playboy americana só ficou um ano vestida. Vai tirar a roupa de novo...

por Niko Bolontrin

Faz parte da síndrome da Internet que assola o meio impresso. Muitas revistas tradicionais não sabem bem o que fazer e executivos estressados não param de anunciar novos modelos e ferramentas que, aliás, implantam e abandonam com velocidade de Fórmula 1.

Há um ano, a edição americana da Playboy decidiu acabar com a nudez em suas páginas sob a alegação de que os tempos e o mercado eram outros, a expectativa do leitor diversa etc etc.

Não deu certo. O faturamento caiu e a receita das versões digital e impressa não correspondeu às metas do grupo.

Muitas edições da Playboy franqueadas para outros países mantiveram a nudez, o que também não significa que levem vida boa nas vendas. A edição brasileira, por exemplo, que no ano passado deixou de ser da Abril para ser bancada pela PBB Editora, perdeu fôlego e passou sua periodicidade a bimestral, em vez de mensal. E acaba de determinar que a nudez frontal não será mais "obrigatória" nas suas páginas. Isso, antes de da Playboy americana revisar sua política de anti-nudez.  

Ontem, Cooper Hefner, 25, filho do fundador da Playboy, Hugh Hefner (atualmente com 90 anos) admitiu que vestir as playmates foi um erro. A Playboy está divulgando a edição de março já com a hastag #NakedIsNormal (nu é normal).

Outra mudança de conceito: a revista retira da capa o rótulo "Entretenimento para homens". Isso significa que os editores agora reconhecerão a diversidade de gêneros na publicação.

Cooper mantém, contudo, a opinião de que a nudez publicada pela Playboy era "antiquada". Supõe-se que ele deverá "modernizá-la". Seja lá o que isso significa tratando-se de atributos milenares desde que Eva comeu a maça ou foi comida por qualquer outro fruto ou hortaliça bíblicos.
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O JB vai voltar? Empresário Omar Peres adquire a marca Jornal do Brasil. O objetivo seria relançar versão impressa .


Segundo o colunista Maurício Lima, da Veja, o empresário Omar Peres adquiriu de Nelson Tanure a marca Jornal do Brasil. O titulo do jornal carioca foi a leilão há alguns meses por determinação da Justiça do Trabalho: uma das sessões acabou sustada e outra não teria obtido lances mínimos.

A renda do leilão frustrado deveria ser destinada ao pagamento de indenizações trabalhistas devidas pelo antigo proprietário aos ex-funcionários do JB.

A nota da Veja não entra em detalhes da operação de venda agora anunciada e nem de como ficarão os interesses dos jornalistas que levaram calote de gestões anteriores.

Nos últimos anos, Peres adquiriu algumas marcas-símbolo do Rio, como os restaurantes Fiorentina e Bar Lagoa. Ele é também sócio de Ricardo Amaral no projeto de reabertura mítico Hippopotamus. E constrói o Rian na Av. Atlântica, no Leme. O nome remete ao de um cinema que era point nos anos 1950 e 1960 na mesma avenida.

Desde agosto de 2010, o JB se mantém em versão digital. Omar Peres, que ainda não confirmou a notícia, teria planos de relançar a edição impressa do Jornal do Brasil.


A pedido de Michel Temer, Justiça passa a tesoura no jornalismo. Os golpistas de hoje imitam os golpistas de ontem...

Teoricamente, a Constituição de 1988 acabou com a censura instituída no Brasil pela ditadura militar. Teoricamente porque alguns juízes de vários estados passaram a acolher ações  - geralmente movidas por políticos - para censurar meios de comunicação ou mandar retirar conteúdo que supostamente atingem autoridades ou pessoas a elas ligadas.

O atual e ilegítimo governo Michel Temer parece estar com saudades da ditadura militar.

A pedido da Presidência da República, um juiz de São Paulo acaba de passar a tesoura em reportagens da Folha de São Paulo e do Globo sobre o rumoroso caso envolvendo troca de mensagens entre Marcela Temer e um hacker, já condenado, que tentava chantageá-la usando informações e fotos roubadas do celular e do email da primeira-dama.

Não cabe à Justiça impedir a publicação de uma reportagem. Isso aí é censura prévia. Qualquer pessoa tem direito a processar meios de comunicação caso se sinta ofendida ou difamada por conteúdos publicados. Mas a censura prévia não está entre esses direitos.

Várias entidades manifestaram repúdio à censura judicial.

Vai ver Temer é seguidor do twitter de Donald Trump, que mete o pau na mídia post sim, post não.

Na semana passada, ele baixou portaria restringindo a circulação de jornalistas no Palácio do Planalto. Repórteres e fotógrafos agora devem ser contidos no Comitê de Imprensa. Antes, os jornalistas credenciados tinham acesso aos andares, com exceção do terceiro piso, onde fica o gabinete presidencial.

O Planalto anda tão frequentado por figuras citadas em delações da Lava Jato que, provavelmente, a turma precisa de um pouco de privacidade para pensar na vida pregressa.


Checagem de notícias na velha mídia: falso ou verdadeiro?

A mídia digital alternativa incomoda a velha mídia. Simplesmente porque expõe fatos que por interesses empresariais e políticos são omitidos ou apenas parcial e seletivamente abordados pelos veículos do main stream.

Daí, empreende uma espécie campanha para desmoralizar a mídia independente buscando confundi-la como derrame de falsas notícias que circulam em redes sociais ou em correntes de emails.

Foi a mídia independente que criou ferramentas e processos para checar a veracidade de informações nos vários meios. Daí, surgiram as agências de checagem que se proliferam e se propõem a confirmar com várias fontes notícias e dados oficiais ou privados manipulados por políticos em empresários. Essa, a checagem criteriosa, deveria ser um premissa do jornalismo mas alega-se, hoje, falta de tempo ou de pessoal para cumprir esse paradigma da profissão.

Com isso, a velha mídia aderiu ao formato inovador e passou a utilizar serviços de agências de checagem, o que é saudável, mas a honestidade precisa se confirmar na prática ou não passará de um louvável intenção.

Um mero exemplo: os principais veículos do país apregoam há meses que Alexandre de Moraes, indicação política de Temer para o STF, é um "respeitado constitucionalista" lotado de títulos e autor de vários livros sobre o tema. Coube ao site Jornalistas Livres revelar que os livros têm trechos plagiados. Moraes não negou, apenas botou a culpa em um coautor.

Agora, descobre-se que o futuro ministro do STF, ao contrário do que informa seu currículo Lattes, não tem doutorado pois não chegou a fazer a dissertação de mestrado obrigatória. Há sinais também de que o ministro da Justiça licenciado do atual e ilegítimo governo mostrou velocidade incomum no cumprimento de etapas da carreira. Seria uma espécie de Usain Bolt do Direito. Moraes não negou, apenas botou a culpa em uma secretária.

Nos dois casos, a velha mídia limitou-se a reproduzir passivamente a "notícia alternativa" e não foi capaz de checar o currículo e a autenticidade absoluta da obra do citado personagem. Mal comparando, embarcou amadoristicamente na "corrente de email".

domingo, 12 de fevereiro de 2017

Jornal publica foto do ator Alec Baldwin, que imita Trump, como se fosse imagem do presidente americano...




por Jean-Paul Lagarride

O jornal El Nacional, da Republica Dominicana, confundiu política com humor, o que quase sempre dá no mesmo. O jornal publicou na última sexta-feira uma foto do ator Alec Baldwin, que faz uma elogiada caricatura de Donal Trump no programa Saturday Night Live, como se fosse o presidente americano.
A foto foi enviada ao jornal pela AP, mas estava identificada corretamente. Na edição, o estagiário trocou as bolas. El Nacional pediu desculpas. E as redes sociais se encarregaram de divulgar a mancada.


Deu no MSN Esportes: circula na internet um vídeo inédito do GP de San Marino, em Ímola, gravado no fim de semana em que Ratzenberger e Senna morreram

Senna pouco antes da corrida fatal, em Ímola. Reprodução de vídeo inédito (link abaixo)

O fim de semana de 29, 30 de abril e 1° de maio de 1994 marcou tragicamente a história da Fórmula 1. Ainda durante os treinos, na sexta-feira, Rubens Barrichelo capotou como seu carro, feriu-se sem gravidade mas ficou fora da corrida no domingo.

No sábado, um acidente matou o piloto austríaco Roland Ratzenberger.

No domingo, na largada, os carros de J.J. Lehto e Pedro Lamy se chocaram, sem gravidade, mas dois pneus de um dos carros foram arremessados em direção às arquibancadas e feriram espectadores..

Naquele GP, Senna liderou movimento dos pilotos que reivindicaram revisão de normas de corrida e pretendiam restaurar uma extinta Comissão de Segurança onde eles tinham participação e voz. Apesar de identificarem problemas no circuito, os pilotos, inclusive Senna, decidiram correr no domingo.

As imagens do vídeo inédito feitas por um espectador que estava posicionado em frente aos boxes mostram que na F1 a fria norma daquele domingo foi fazer o show continuar, mesmo após Ayrton Senna bater no muro de concreto da curva Tamburello (o brasileiro foi declarado morto poucas horas depois, no hospital, embora paramédicos que o atenderam no local tenham afirmado que Senna faleceu ainda no carro). Os organizadores teriam adiado a confirmação das mortes, tanto no caso de Ratzenberger quanto no de Senna, para evitar o cancelamento das provas. A FIA desmentiu essa informação.

O link do vídeo foi enviado ao Panis por Roberto Muggiati. 

- "É uma visão caótica, ao contrário daquela pasteurizada exibida pelas Globos da vida, mostra o lado sujo e barulhento da Fórmula-1 e a morte sempre rondando o espetáculo (me deu um pouco a impressão de uma tourada...).

E a lembrança do jornalista: nove horas da manhã, assistindo a TV deitado no sofá em minha casa, acontece aquilo e eu vou correndo para a Manchete para fechar a edição naquele domingo mesmo e sair de lá na madrugada de segunda.

A correspondente Ivy Fernandes foi acionada em Roma e partiu para Bolonha, a 30 km de Ímola", recorda o ex-diretor da Manchete.

VEJA O VÍDEO, CLIQUE AQUI

Com o tema "Imprensar-te-ei" bloco Imprensa Que Eu Gamo 2017 trola os corruptos do poder e da cadeia






Fotos bqvMANCHETE
Com o samba "Imprensar-te-ei", uma referência ao linguajar pernóstico e brega do presidente ilegítimo, o "Imprensa que eu gamo" animou Laranjeiras, ontem. Foi o vigésimo-terceiro desfile do bloco. "Primeiramente, diretamente se escolhia o presidente/Seu editor, o que aconteceu/Entrei no Uber e a gente se perdeu/ Ai, ai, Eike confusão/Bangu é o novo point de grã-fino no verão/ tá virando lema, a sacanagem suprema/ e eu que sempre trabalhei, sei lá se aposentar-me-ei", cantava o samba do Imprensa. Em outra estrofe, mais recados: "Ó seu Cabral.../ Ganhou anel, perdeu a nau/ Tá esculachado/ Réu e juiz até parecem namorados/ Tenho convicção, não precisa delação, é fato/ Eles afogam o ganso/O povo é quem paga o pato".


sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Fotomemória da redação - Gal Costa em dois cliques da Fatos & Fotos. Com Caetano e Gil, em Londres, e com Guilherme Pereira e Cláudio Segtowich em Ipanema

Gil, Gal e Caetano, Londres, 1970. Reprodução/Fatos & Fotos


Gal, Guilherme Pereira e Cláudio Segtowich, Ipanema, 1976. Foto Arquivo Pessoal

Em 1970, Gal Costa visitou Caetano e Gil. Tempos de chumbo, os dois estavam então exilados em Londres, onde moraram de 1969 a 1971, após terem sido presos pela ditadura militar.

A Fatos & Fotos registrou com exclusividade o momento Tropicália no terreiro de Elizabeth, mais precisamente em Chelsea, rua Redesdale, endereço da dupla, uma casa simples com móveis de brechó. Na foto, vê-se uma máquina de escrever, algo inusitado para as novas gerações, mas provavelmente foi daquele "aplicativo" diluviano que saiu a letra da antológica 'London, London", de Caetano

Seis anos depois, a FF reencontrou Gal, de visual novo, dessa vez em Ipanema, onde ela morava. O famoso Pier, do qual foi musa, havia sido desmontado um ano antes. A foto em P&B é de bastidores, foi feita na Rua Saint Romain, logo após Gal Costa dar uma entrevista e posar para a Fatos & Fotos.

Um trio bem humorado - a cantora, seu maquiador Guilherme Pereira e o produtor Claudio Segtowich - foi fotografado ao lado da "viatura", uma Rural da frota da Bloch.

Gal vivia um grande momento. Poucos meses antes, de abril a outubro de 1975, sua voz abriu a novela 'Gabriela', um dos maiores sucessos da TV. Com Gal, o Brasil cantou "Modinha para Gabriela", de Dorival Caymmi. A matéria da FF tinha a ver com esse fenômeno musical da época: naquela semana, era lançado o LP  "Gal canta Caymmi", com dez faixas de autoria do genial compositor.

Gal continua na estrada. Neste domingo, 17, se apresenta em São Bernardo do Campo. Guilherme Pereira morreu em 2008. Claudinho Segtowich, produtor de dezenas de capas para revistas da Bloch como Manchete, Fatos & Fotos, Amiga e Desfile mora em Búzios, onde é atuante em eventos e em movimento de defesa e preservação do balneário.

O tempo rodou num instante, como diz o poeta Chico Buarque.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Meme resume o Brasil: tá tudo dominado...

Reprodução Instagram

A meme acima está dando o seu recado a milhares na web. É precisa, mas não faz rir. Diante de um rolo compressor do atraso manejado por políticos denunciados, por podres poderes econômico e financeiros, sob a claque da velha mídia, parece dizer que os brasileiros pouco podem fazer para reagir a não ser desabafar com memes. E constatar o óbvio.
Além disso, a imagem desmente a teoria de evolução das espécies.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Capa de revista abala legiões Trumpianas do coração da América... O motivo é a área sul de uma foto ousada


por Clara S. Britto
A supermodelo americana Grace Hartzel, 19, provoca polêmica na terra de Donald Trump em capa e ensaio para a revista Purple, de fevereiro.

O motivo da reação está, claro, na região sul da foto revelada por um macacão de jeans. Tal detalhe é algo inédito em capas de revistas que não são exatamente do segmento editorial masculino. Até publicações como a Playboy já abriram mão do explícito.

O detalhe é que Hartzel, top em ascensão que já fez campanhas para Saint Laurent e posou para editoriais e matérias na Vogue francesa, Interview e Love, nasceu e cresceu no rígido e conservador Meio-Oeste americano. E teve infância tão certinha e puritana quanto a "América profunda" impõe.

Beckileaks: vazamento de milhares de emails de David Beckham é gol contra a imagem do ex-jogador


por Jean-Paul Lagarride

O assunto do momento nos jornais ingleses é o chamado Beckileaks: o vazamento de milhares de emails da caixa postal do jogador David Beckham. O conteúdo do pacotaço atinge em cheio a imagem do ex-jogador.

A troca de mensagens em Beckham e seus assessores expõe suas supostas tentativa de usar trabalhos de caridade para alavancar sua campanha para se tornar Cavaleiro do Império Britânico (o nome do jogador foi recentemente bloqueado no último minuto com base em objeções levantadas a propósito da sua participação em um sistema controverso de investimentos financeiros). Antes disso, comentando rumores sobre uma possível homenagem oficial que receberia, ele foi curto e grosso: "se não for o título de Cavaleiro, foda-se".

Até agora, apenas parte do material foi vazada.

Nos emails, Beckham, que é Embaixador da UNICEF, também se queixa de que a organização lhe pediu dinheiro. Ele diz que não vai dar qualquer ajuda com seus próprios recursos.

Porta-voz da UNICEF tuitou afirmando que por mais de 15 anos "David Beckham tem sido um embaixador @UNICEF dedicado e apaixonado, ajudando milhares de crianças". Representantes do ex-jogador dizem que os emails foram editados e divulgados depois que ele se recusou a ceder a uma tentativa de chantagem de milhões de dólares.