por Flávio Sépia
Tão logo o jogo Lula X Lava Jato foi zerado no STF, as palavras polarização e suspeição se espalharam nas redes sociais e nos comentários de 11 em cada 10 analistas políticos. Falam em polarização - e repetem à exaustão o vocábulo - como se fosse o apocalipse, a oitava praga do Egito, caso Lula e Bolsonaro sejam adversários nas próximas eleições. Diante de um governo desastroso e criminoso como esse atual, quem tiver algum apreço pela democracia tem mais é que polarizar. Lembrando que alguns dos antônimos de polarização são concordância, conformidade e compatibilidade. Dá para encarar?
A outra palavra, suspeição, está ligada ao julgamento do ex-juiz Sergio Moro, agora indigitado por evidências de que a parcialidade era seu código venal na Lava Jato. Nas últimas semanas, jornalistas gastaram a sola do dito termo.
Ao declarar seu voto, ontem, o ministro Gilmar Mendes ampliou o alcance do conceito e colocou a mídia sob suspeição. Segundo as mensagens vazadas por hackers e publicadas pelo Intercept, que revelaram os intestinos em pleno funcionamento da Lava Jato, houve uma nada ética parceria entre os principais veículos e a Lava Jato. Jornais e TVs foram pautados por Moro e procuradores. Os "vazamentos" eram uma estratégia política da força-tarefa. O "jornalismo investigativo" era combinado. Até o fluxo de publicação dos "vazamentos" era comandado. Além disso, jornalistas prestavam uma espécie de "assessoria" aos procuradores. Gilmar Mendes citou várias vezes no STF um dos mais ativos deles e sempre à disposição. Era Vladimir Netto, o mesmo que escreveu um livro sobre a Lava Jato, na verdade uma declaração de intensa admiração ao juiz Sergio Moro. A histórica revelação do modus operandi da força-tarefa, expôs, ao desmoralizar, o conteúdo-propaganda do tal livro e tornou suspeito o derrame laudatório. O mesmo aconteceu com o "documentário de ficção" do cineasta José Padilha. Ambas as obras, coitadas, morreram na contramão da verdade atrapalhando o tráfego da história.
Um comentário:
Independente de qualquer outra referencia política aos senhor ex–presidente, se Lula, se candidatar à presidência e for eleito, tenho certeza absoluta, de que ele assumirá a liderança do combate ao Covid–19, empenhando todo seu governo, nessa luta desesperada contra esse vírus, que o atual governo por incompetência ou desprezo à vida humana, nunca esboçou um gesto de apoio e de soluções para diminuir o efeito devastador e mortal desse vírus. Sei também e com certeza de que o candidato do PT, Haddad, se eleito presidente, o quadro de desespero de contágios e mortes pelo novo coronavírus, seria evitado e essa pandemia, aqui no brasil, estaria sob controle. Hoje, os jornais estão noticiando 2.349 mortes pelo Covid–19 e credito essas mortes, claro pelo vírus, mas principalmente ao presidente deste país, Bolsonaro, que nada fez e nada faz para deter o avanço do vírus. Na minha opinião este senhor presidente é um criminoso e como tal deve ser tratado, como foram os criminosos da Segunda Guerra e julgados nos tribunais de Nuremberg.
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