sexta-feira, 26 de março de 2021

Doutora Carolina Maria de Jesus: a glória que faltava

Carolina de Jesus, 1960. Foto de Gervásio Baptista/Manchete


Favelada, catadora de papel, uma das escritoras mais lidas do Brasil e, agora, Doutora Honoris Causa. Carolina Maria de Jesus recebeu ontem homenagem póstuma da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). 

Em 1958, o jornal A Noite publicou trechos do diário que a catadora anotava em cadernos. Ela escrevia romances e poemas desde que morava em Minas Gerais, bem antes de se mudar para a favela do Canindé, em São Paulo.   Em seguida, a revista O Cruzeiro apresentou a escritora ao Brasil. Dois anos depois, Carolina de Jesus lançou seu primeiro livro, Quarto de Despejo, que vendeu 3 milhões de exemplares em 16 idiomas. 

A escritora embarca para a França, um dos 16 países
onde Quarto de Despejo foi lançado. Foto Correio da Manhã/Arquivo  Nacional

Em vida, uma das primeiras escritoras negras do Brasil publicou Quarto de Despejo, Casa de Alvenaria, Pedaços de Fome, Provérbios, Depois da sua morte aos 62 anos, em 1977, foram editados Diário de Bitita, Um Brasil para Brasileiros, Meu Estranho Diário, Antologia Pessoal, Onde Estaes Felicidade, Meu sonho é escrever,  Contos inéditos e outros escritos.

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