por Ed Sá
A Justiça permite em algumas situações e sob justificativas aceitáveis que uma pessoa peça a mudança do seu nome. Imagine: se um pai desnaturado batiza o filho ou a filha de Bolsonaro, Donald Trump, Hitler, Mussolini, Pinochet, Crivella, Flodelis, Janaína Paschoal, Damares ou qualquer outro nome que por acaso ofenda o rapaz ou a moça ao crescer, é justo que ele tente se livrar do peso. Há toda uma burocracia, mas a lei permite a mudança em casos pontuais.
Para empresas, é mais fácil. Se, por algum motivo, a imagem da marca foi enlameada, os marqueteiros passam um pano no passado, desenham novo logotipo e vida que segue.
A Odebrecht acaba de passar por uma dessas crises de identidade. Com o nome associado à corrupção desembestada, a holding quer ser chamada agora de NOVONOR. A marca escolhida estimulou especulações nas redes sociais. Há quem diga que é NOVONORMAL, uma tentativa de esquecer o antigo anormal. Também pode ser NOVONOR...BERTO, alusão sutil ao fundador do grupo, Norberto Odebrecht. Ou o ONOR seria uma insinuação da raiz latina para HONOR? Uma busca inconsciente da honorabilidade perdida?
Entendi. Só não ficou claro se Marcelo Odebrecht, Emílio Odebrecht e Maurício Odebrecht, da família que controla o grupo, passarão a se chamar Marcelo Novonor, Emílio Novonor e Maurício Novonor.
Um comentário:
Como sempre, grupos empresarias beneficiados pela lava jato segue me frente. Aliás, li que o ex-juiz Moro, tão exaltado pela baixa mídia vai dar "consultoria" para esse grupo.
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