Sinal dos tempos e um alerta para quem se diverte com a ascensão da ultradireita. Por orientação do magnata Trump, os Estados Unidos votaram contra uma resolução apresentada na ONU para combater "a glorificação do nazismo e do neonazismo”.
Em vários países, o neonazismo é uma assustadora realidade. Parece a volta do parafuso na história. Remete à Alemanha e Itália dos anos 1920/1930, quando o vertiginoso crescimento da direita radical também foi "normalizado" por figuras como Churchill, Chamberlain, Pétain etc.
Estados Unidos e Ucrânia foram os únicos a votar, na prática, a favor da "glorificação". Brasil votou contra, não se sabe ainda se com a concordância ou não do Planalto. Rússia, China e maioria dos países pobres também aprovaram a resolução contra a "exaltação" do nazismo.
O justificativa da diplomacia americana defende o direito de expressão dos nazistas. Inacreditável. Vejam:
"Os Estados Unidos devem expressar oposição a esta resolução, um documento mais notável por suas tentativas veladas de legitimar narrativas de desinformação russas de longa data denegrindo nações vizinhas sob o pretexto cínico de impedir a glorificação nazista. A Suprema Corte dos Estados Unidos tem afirmado consistentemente o direito constitucional à liberdade de expressão e os direitos de reunião e associação pacíficas, incluindo nazistas declarados, cujo ódio e xenofobia são amplamente desprezados pelo povo americano. Ao mesmo tempo, defendemos firmemente os direitos constitucionais daqueles que exercem seus direitos para combater a intolerância e expressamos forte oposição ao odioso credo nazista e outros que defendem ódios semelhantes".
Preocupante também foi a posição de vários países da UE que optaram pela cínica abstenção.
Ficar em cima do muro contra o nazismo também ajudou a impulsionar uma das maiores tragédias da humanidade.
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