quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

O concessionário gosta de moleza. E o contribuinte ou usuário que pague a conta...


Os defensores da "privatização do fim do mundo", ou seja, de tudo, alegam que só dessa maneira o Estado economizará e sobrará dinheiro para investimentos em educação, saúde, segurança etc.

Não é o que a realidade mostra.

Como parte dos dogmas neoliberais, São Paulo anunciou que concederá presídios à iniciativa privada. Empresários vão construir presídios? Claro que não, seria pedir demais. Assim como não construíram os aeroportos, as vias e estradas e os gasodutos ou os metrôs que assumiram, vão normalmente gerir o que já está feito.

Infelizmente, de um jeito ou outro, sobra para o populacho que paga o novo "custo Brasil", o privado. Se a coisa é estatal, o contribuinte comparece com os seus impostos. Se é privada, "morre" em taxas as mais diversas em forma de pedágios, altas contas de gás, energia elétrica, de embarque, de ingresso em estádios , em subvenções com que o poder público continua premiando os concessionários ou certas OS, Ongs e entidades que o povão chama de pilantrópicas e que administram serviços públicos significativamente encarecidos.

No caso da privatização dos quatro presídios em São Paulo, inclusive unidades recentemente construídas, o Ministério Público de Contas afirma que o custo de manutenção de cada preso aumentará em R$1.500. Em 15 meses, o governo de São gastará 58% a mais após a privatização, o que significa um acréscimo de R$75 milhões apenas nesses quatro presídios.

É mole ou quer mais?

3 comentários:

J.A.Barros disse...

Temos na sociedade brasileira dois lados , ou duas opinões, sobre privatização ou estatização de serviços públicos. Nessas opiniões prevalece o lado político delas. A esquerda política defende com unhas e dentes a estatização de todos os órgãos públicos e enquanto o lado político da direita ou extrema direita defende a privatização de todos esses órgãos com exceção da Saúde e Educação, passando pelo Transporte público. A estatização pública praticada há séculos, neste país já demonstrou a sua incapacidade de gerir esses órgão públicos . Sendo assim porque não tentar uma solução com a privatização desses ineficientes órgãos públicos.

Norões disse...

A privatização é uma realidade no Brasil desde Collor de Mello e mais aceleradamente a partir do anos 90, senhor. Até a esquerda privatizou aeroportos e estradas. O que falta Petrobras, Banco do Brasil, Caixa etc será privatizado em breve.
A discussão é sobre outra realidade: para o usuário ou contribuinte, a privatização e a terceirização em hospitais e escolas, por exemplo, tem significado forte aumento de taxas e tarifas, além do Estado continuar botando dinheiro nesses casos. Isso é verdade que não pode ser desmentida. Ao mesmo tempo, o senhor não viu empresários construindo estradas, metro, gasodutos, hidrelétricas, serviços de esgotos, aeroportos etc, como diz aí. O que preferem é assumir o que está pronto.
Em breve não haverá mais o que privatizar e como vão ficar e quem vai fazer os investimentos em transporte, infraestrutura, obras urbanas?
A privataria, independentemente de ideologia, só fez aumentar o custo Brasil. Outra coisa, se as estatais davam prejuízo e foram vendidas porque o governo não está com dinheiro em caixa? Ao contrário, vendeu bens e está sem verbas para saúde, educação, segurança, além de não ter mais condição de investir em qualquer tipo de obra.

Anônimo disse...

O que tem nas privatizações é muita roubalheira, nunca que ia sobrar dinheiro